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Eis-nos chegados, uma vez mais,
ao tempo da conversão,
ao tempo da mudança,
ao tempo da transformação.
Quaresma é tempo de penitência,
mas não é tempo de tristeza.
É oportunidade de sermos diferentes,
de nos abrirmos a Deus
e de pensarmos mais nos outros.
É convite a vencermos o egoísmo
e a partilharmos o que somos e o que temos
com os que mais sofrem.
É sermos o sorriso de Deus na penumbra triste do mundo.
É sermos o ombro onde repousam as mágoas de tantos corações.
É sermos o rosto onde desagua o pranto de tantas vidas.
A Quaresma não nos rouba a alegria
e até nos pode acrescentar felicidade.
Vamos fazer jejum e abstinência da comida e da bebida,
mas também das palavras agressivas e dos sentimos violentos.
Vamo-nos abster da superficialidade e do egoísmo,
dos juízos apressados e dos julgamentos implacáveis.
Vamos acompanhar Jesus pelo deserto e pelas ruas de Jerusalém.
Ele acompanha-nos em cada instante da nossa vida.
Vamos acolher o dom.
Vamos ser dom.
Vamos ser a ressonância do grande dom, do único dom:
JESUS!