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Afinal, uma vida tem preço? Qual é o preço de uma vida?
O absurdo das perguntas só é superado pelo contra-senso de algumas respostas.
Há dois mil anos, houve uma vida avaliada em 30 moedas (Mt 26, 15). Foi o preço acordado para que uma vida fosse eliminada.
Nos últimos dias, há várias vidas avaliadas em 42 mil euros. É o preço fixado para que tais vidas sejam salvas.
Havendo uma percepção clara da hierarquia de valores, não há lugar para qualquer hesitação.
Aprendemos, desde sempre, que uma única vida vale mais que todo o dinheiro do mundo.
Assim sendo, quando os dois valores estivessem em confronto, a opção deveria ser sempre pela vida.
Mais vale sacrificar o dinheiro pela vida do que a vida pelo dinheiro.
Só que nem sempre as palavras dos lábios estão em sintonia com as atitudes que se tomam.
É claro que é na vida que se ganha dinheiro. Mas é preocupante notar que se pretenda ganhar tanto dinheiro com a vida.
Dizem (embora, como é óbvio, não possa confirmar) que a produção do medicamento de que tanto se fala varia entre os 60 e os 120 euros.
Como entender que ele seja posto à venda por 42 mil euros?
Haverá muitas explicações plausíveis. Mas será que existe alguma justificação aceitável?
Uma coisa é pagar os custos. Outra coisa é alimentar o lucro.
Procuremos meditar e pôr as coisas no seu devido lugar.
Uma vida é uma vida. O seu valor está infinitamente acima de todos os valores!
Imagem de aqui
Sara Norte, foi condenada em Espanha a dois anos de prisão por tráfico de droga, Sara, que ficou conhecida pela sua participação nas series de televisão Médico de família e Morangos com Açúcar, é só mais um de muitos casos em que a fama precoce antecede a caída no abismo.
A televisão, o dinheiro, a fama, povoam os sonhos de muita gente, inclusivamente de muitos pais, é evidente que uma andorinha não faz a primavera, haverá muita gente que consegue lidar com tudo isto, acredito que por cada Sara Norte, por cada Tiago Fernandes, haverá muitos actores que conseguem viver com a fama e o que esta traz consigo, mas estes casos devem servir para chamar a atenção.
Há pais que começam a levar os filhos aos castings ainda antes da idade de lhes retirarem as fraldas, há quem olhe para a televisão como a saída mais fácil para uma vida sorridente, esquecem que tudo na vida tem um preço a pagar e nem todos estão preparados para enfrentar a realidade. A Fama como a beleza é efémera, e um dia estes adolescentes dão por si a sentir que o seu momento passou, era bom que a família que incentivou e aplaudiu quando se estava na mó de cima, soubesse estar lá para apoiar e encaminhar quando se está na mó de baixo.
A Sara é só mais um caso, será talvez o caso mais conhecido até porque é filha de actores, haverá de certeza muita mais gente que vê todos os dias a fama passar e os sonhos a ir pelo cano abaixo, talvez a maioria não caia tão fundo, mas muitos, principalmente aqueles que deixaram tudo para correr atrás da fama, encontram-se de um momento para o outro perdidos numa encruzilhada da qual não é fácil saír.. sem trabalho e sem perspectivas.
Por trás de tudo isto, de tantos castings, de tantos morangos, ídolos, reality Shows e programas de caça talentos, há uma enorme industria que vive dos 5 minutos de fama destes jovens, haverá sempre mais Saras e mais Tiagos para sorrir para as câmaras, era bom que houvesse também quem os alertasse para os perigos do caminho que teimam em escolher.....
Do blogue O que é o jantar
Há coisas muito curiosas na vida de alguns cristãos. Exemplificamos algumas dessas curiosidades, sem as aplicar a ninguém em concreto.
É curioso que os quarenta e cinco minutos da Missa dominical parecem tão longos, mas se passados num estádio de futebol parecem tão pouco tempo.
É curioso que temos tão pouco tempo para ler e meditar na Sagrada Escritura, mas não falte tempo quando se trata de ver a telenovela que está na moda.
É curioso que ocupemos na igreja o último banco, mas quando vamos ao teatro parar ver um espectáculo busquemos os lugares da frente.
É curioso que enviemos piadas por e-mail através do computador, mas não tenhamos coragem de enviar mensagens que podemos ir buscar ao Evangelho.
É curioso que não encontremos palavras para rezar, mas temos sempre palavras na ponta da língua quando se trata de falar dos outros e de os criticar.
É curioso que cinco euros nos parece tanto quando se trata de contribuir para uma campanha de fraternidade, mas é tão pouco quando vamos à pastelaria.
É curioso que exijamos ao bispo que envie um padre para a paróquia, mas as famílias não estão interessadas em que um filho vá para o seminário.
Se estas e outras curiosidades de facto existem, só servem para indicar que são necessários cristãos mais autênticos.
Pedrosa Ferreira