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Amigos de Raoull Follereau

por Zulmiro Sarmento, em 31.01.12

 

http://www.aparf.pt

No último domingo de janeiro, celebramos a cada ano o dia Mundial dos Leprosos, assim sendo, como forma de chamarmos a atenção para esta celebração, sugerimos uma visita ao sítio da Associação Portuguesa Amigos de Raoull Follereau (APARF). Esta IPSS sem fins lucrativos, tem por objetivo “prestar assistência material, sanitária e moral às pessoas afetadas pela doença de Hansen; promover, ações de luta contra a doença de Hansen e outras causas de marginalização social; colaborar com as organizações congéneres existentes noutros países e celebrar em Portugal o dia mundial dos leprosos, sensibilizando a opinião pública para a situação dos doentes de lepra em Portugal”.

Neste espaço virtual poderemos ficar “a conhecer a associação, saber quem é o seu fundador, ver os seus projetos e ainda consultar a versão online do jornal da associação”. Pois bem, é acima de tudo à vertente da consulta da versão online da publicação periódica intitulada “O Amigo do Leproso”, que é dado destaque na página inicial. Isto porque, todas as opções de menu lateral, são precisamente as secções que a publicação possui.

Além da consulta do jornal, podemos no menu superior, descobrir quem é esta associação e o que faz, em “quem somos”. No item “Raoull Follereau”, acedemos à biografia deste grande homem, que nasceu em França no ano de 1903 e veio a morrer em Paris em dezembro de 1977. A sua vida mudou, após um contacto com os leprosos durante um safari em África. Posteriormente, com o surgimento da II guerra mundial teve de se esconder num convento de religiosas, onde a Madre Maria Eugénia, tinha o sonho de criar a cidade dos leprosos. Raoull Follereau disse à religiosa “avance com o projeto, que no dinheiro penso eu”. E assim foi, decidiu percorrer o mundo a fazer conferências para sensibilizar as pessoas para esta doença. O sonho das religiosas tornou-se realidade em 1953. Caso pretendamos aceder às publicações anteriores, basta clicar em “arquivo”.

Por último, apenas referimos que de acordo com “os dados da Organização Mundial de Saúde de 2010-2011, o número de contágios está a diminuir e atualmente situa-se em 200 mil”.

Fica então aqui a sugestão de visita para sabermos mais acerca do enorme trabalho que é feito por esta organização, pois como dizia este grande filantropo, “Ser feliz é fazer os outros felizes”.

Fernando Cassola Marques

ECCLESIA

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publicado às 12:19

Crianças apadrinham os mais velhos

por Zulmiro Sarmento, em 30.01.12

No ano passado havia – segundo dados das forças de segurança – cerca de dezasseis mil velhos, em Portugal, a viver sozinhos ou isolados. Embora estejam, por estes dias, a ser atualizados os dados, através da ‘Operação censos sénior’, poderemos tentar encontrar algumas das causas deste fenómeno de ‘abandono’ dos nossos mais velhos, queremos sugerir breves desafios...

Recorrendo, novamente, aos dados publicados, os distritos onde há mais velhos sós ou abandonados são: Santarém, Porto, Castelo Branco, Braga, Bragança, Vila Real e Aveiro... com mais de mil velhos em situação de abandono total ou parcial, em cada um dos distritos. Por seu turno, a ilha do Corvo, nos Açores, é o distrito onde este fenómeno tem menor expressão, somente catorze!
Quais são as causas mais profundas para que os mais velhos sejam, deste modo, abandonados e/ou neglicenciados? Com que fatores (internos, exteriores, culturais ou mesmo espirituais) temos de contar para tentarmos explicar o agravamento deste abandono? Será isto resultado de um estilo de vida ou de uma vida sem estilo humano? Como podem ter contribuído os mais velhos para que este fenómeno se tenha generalizado? Como serão tratados os filhos que assim abandonam os pais? Serão os (ditos) cristãos diferentes no seu comportamento?
Estas e muitas outras perguntas nos assaltam ao vermos o tratamento dado a tantos dos nossos mais velhos, andando em busca de propostas que possam atenuar esta chaga da nossa sociedade, cada vez mais materialista. Por isso, a proposta que apresentamos tem tanto de simples quanto de circunstancial, pois, tendo nós a responsabilidade – em razão do ofício e do ministério – dum lar de idosos e, conjuntamente, de um jardim-de-infância, queremos tão simplesmente deixar pistas neste ‘ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações’.

= Diálogo entre crianças e velhos: lições e projetos
Certamente já teremos visto um avô ou uma avó em conversa um neto ou uma neta ou vice-versa. O momento é ainda mais enternecedor quando o mais novo é muito pequeno, pois a distância física – pelo tamanho, pela diferença e até pel linguagem – se atenua nas condições psicológicas.
Quando assistimos à saída das crianças do jardim de infância e são os avós quem os procura podemos viver toda uma ressonância de mensagens mais ou menos perceptíveis... entre comunhões de sangue.
Sabemos como hoje muitas das nossas crianças são – agradavelmente – a companhia para os seus avós e estes sentem-se úteis pela ajuda que prestam a seus filhos/as... pais. Felizmente nem distinguimos a atitude de avô ou de avó... ambos sentem-se colaboradores nas dificuldades. Vivendo nesta sintonia vamos humanizando as relações entre gerações... onde os pais correm o risco de serem menos interventivos e até participantes no processo de educação.

= Crianças apadrinham/amadrinham... os mais velhos
Partindo das respostas sociais dos nossos centros paroquiais poderemos criar sinergias entre estas duas etapas do desenvolvimento humano: as crianças (tanto da creche como do jardim-de-infância ou mesmo do centro de atividades de tempos livres) poderiam assumir algum cuidado para com os mais velhos... muitos deles acima dos oitenta anos e, por isso, no estádio de ‘grandes velhos’, quais bisavós ou tetravós sociais e espirituais.
Se cada sala assumisse o cuidado de um certo número – entre seis e oito, num leque de vinte e cinco crianças – de velhos do lar ou de centro de dia poderíamos ir humanizando as nossas respostas sociais, envolvendo nessa aproximação os pais e outros participantes no processo educativo, bem como gerando proximidade e tempo de escuta para com muitos dos nossos velhos, que se vão fechando no seu mundo ou até são relegados para o limbo do esquecimento... mesmo que estejam com outros ao seu lado.
Numa espécie de contestação às vozes agoirentas que semeiam sinais da desgraça e do desespero, queremos lançar pétalas de boa harmonia entre os mais novos e mais velhos, tentando fazer com que adolescentes, jovens e adultos façam parte da solução positiva entre o berço e a bengala, aconchegando uns e amparando outros... terna e fraternamente.
Luz de serenidade e de ousadia a quanto obrigas... sempre em fidelidade ao Espírito de Deus em cada tempo e nos mais diversos lugares!

António Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)
ECCLESIA

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publicado às 15:52

VIVA A CRISE

por Zulmiro Sarmento, em 05.01.12

Isso mesmo, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.


VIVA A CRISE

Só assim mesmo, um imperativo. Um imperativo de consciência.


VIVA A CRISE

Só assim mesmo, uma interrogação. Uma interrogação, de dignidade.

VIVA A CRISE

Assim sem mais, sem glosas nem variações do politicamente correcto.


VIVA A CRISE

Neste novo ano que agora se inicia. Neste 2012 com tudo por inventar. Neste 2012, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE.


VIVA A CRISE

Isso mesmo, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.

VIVA A CRISE

Neste 2012, o ano de recriar a aritmética do tempo novo e do Novo Tempo. Tempo de DIVIDIR para MULTIRPLICAR e de ADICIONAR sem SUBTRAIR nada a ninguém.

Se assim for,

VIVA A CRISE, vivamos a CRISE, neste imperativo de consciência, que mudará a história na medida em que as nossas consciências se mudarem, na medida em que formos capazes de entender que se não vivermos a vida, seremos vividos por ela e eu, não quero, não tenho tempo, tenho mais que fazer…

Há mais apressados por aí?

Então vamos a isso, vamos juntos, vamos todos, vamos pegar nisto, vamos pegar em nós e fazer a revolução. Pode ser?

Vamos mandar os senhores do tempo, os senhores da política do partidarismo bacoco, da economia que faz de nós carne para canhão, da finança que só sabe entender a linguagem da especulação criminosa, vamos mandá-los à mera… isso mesmo, à mera consideração das suas ideias.

Este tempo é o nosso de inventar a matemática da SOLIDARIEDADE. Este tempo é o nosso de dar a volta a isto. Não podemos parar os comboios, não podemos parar os aviões, não temos sucatas para negociar, nem robalos, nem alheiras, nem títulos de participação, nem sub-primes, nem primos nem primas… a que nos agarrar… mas temo-nos a nós, inteiros, vivos, com esta raiva que nos corre nas veias e que ninguém tem o direito de manipular ou de se “assenhorar”.

Não temos nada, mas temo-nos a nós! Por isso, senhores, temam-nos a nós!

Somos mais que números a contar no final das vossas manifestações.

Somos mais do que gente para mandar gritar na rua, mas depois de enrolarmos as bandeiras… não temos onde as meter…

Somos mais do que pagadores das asneiras que nos fizeram e que nos fizeram fazer.

Somos mais do que exercícios contabilísticos de ignomínia e discórdia.

Somos MAIS, muito mais… somos muitos mais, por isso temam-nos a nós que nos temos a nós.

E não estamos de férias como os nossos parlamentares, de todos os partidos, que foram para casa mais cedo. Não estamos de férias, não temos férias nem subsídios, nem feriados, nem dinheiro, mas temo-nos a nós; por isso temam-nos a nós.

Nós, sem vós e sem voz daremos a volta a isto. A revolução está na rua! Em tantas iniciativas que um pouco por todo o lado estar a ver gente a dar a mão a gente para que cada vez mais gente seja gente e para que nunca ninguém perca a dignidade de ser pessoa.

Nós estamos aqui. Não estamos de férias. Estamos na luta, na exclamação e na interrogação. Na indignação pelo direito à dignidade.

VIVA A CRISE, VIVAMOS A CRISE
Bom Ano 2012

Frei Fernando Ventura
AGÊNCIA ECCLESIA

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publicado às 04:13

Esta é a hora dos bons interromperem o seu silêncio!

por Zulmiro Sarmento, em 05.12.11

Bernardino Silva, Caritas Portuguesa

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos,

nem dos corruptos,

nem dos desonestos,

nem dos sem caráter,

nem dos sem-ética.

O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

Martin Luther King

 

Vivemos, hoje, momentos complexos que ao longo dos anos não quisemos admitir que era o tempo da mudança. A mudança do mundo a que João XXIII foi sensível aprofundou-se e acelerou. A Gaudium et Spes assumiu-o claramente: “verificam-se transformações profundas nos nossos dias, nas estruturas e nas instituições dos povos, que acompanham a sua evolução cultural, económica e social” (G.S. nº 73).

Meio século depois, os efeitos da mudança contínua alteraram o rosto da humanidade, mudaram os valores das civilizações e traçaram um novo quadro para o sentido da vida, individual e coletiva. E os cristãos não ficaram imunes a esta transformação, mudaram ao ritmo da sociedade, encontrando, em geral, a chave da interpretação da vida e da história, na mudança da sociedade, e não no Evangelho e na fé como fonte de uma compreensão global da existência.

A transformação tornou-se mais solidária e interventiva, daí a vasta rede de instituições de solidariedade social existentes no nosso País, muitas das quais situadas na área de influência da Igreja Católica, contribuindo para a mudança de paradigma e seu enorme impacto na erradicação da pobreza. Contudo, sabemos que não chega fazer mudanças particulares se vivemos num Estado que gere o dia a dia dos cidadãos, criando-lhes dificuldades de acessos básicos do viver, em vez da melhoria do bem-estar individual e coletivo.

Exemplo disso é o novo imposto extraordinário, aprovado recentemente e, que irá incidir sobre o subsídio de Natal, afetando milhares de pessoas, nomeadamente os dependentes e pensionistas. Entre tantas outras medidas de austeridade, esta é mais uma grave decisão governamental que coloca as famílias numa situação ainda mais complicada.

É neste contexto, que as ações desenvolvidas pela Caritas Portuguesa (atuando através das Caritas diocesanas), na conceptualização e na inovação da intervenção social, surgem com particular relevo.

Em concreto, a Operação 10 Milhões de estrelas – um Gesto pela Paz, apresenta-se como uma resposta na promoção da justiça social e da solidariedade, num momento complexo e ímpar das famílias portuguesas. O apelo à importância das verbas recolhidas por cada Caritas diocesana reforça a eficácia que cada um de nós poderá ter na divulgação e promoção desta ação, contribuindo para o pleno sentido do agir humano tendo em vista o bem comum.

Através da iniciativa Operação 10 Milhões de estrelas – um Gesto pela Paz, a Caritas Portuguesa lança uma mensagem clara de solidariedade e apela aos cidadãos, em particular aos cristãos, para se mobilizarem em torno dos mais carenciados contribuindo com a compra de uma vela pelo preço de 1 euro.

Diante do quadro atual de crise, ninguém pode permanecer passivo, como se as soluções para os problemas pessoais e coletivos pudessem vir dos outros, sem o contributo de cada um. O debate que é preciso fazer não deve situar-se apenas ao nível das premissas e dos valores, mas deve igualmente sugerir ações que possam promover a solidariedade.

A hora difícil que estamos todos a viver ao nível dos valores humanos, requer uma profunda reflexão e o envolvimento alargado da sociedade portuguesa, na resposta aos desafios que se colocam. E dessas respostas sairá a possibilidade de construir, em consenso, uma Economia ao serviço do ser humano e uma Política que a ajude a encontrar-se e a cumprir as tarefas de uma civilização que tem de ser cada vez mais humana.

Porém, a força e a potência criadora, Deus, é sempre a mesma. Por conseguinte, é no encontro com Deus que os homens e mulheres se transformam fazendo uma história de vida humana em comunhão com uma história divina. Esta é a hora dos bons interromperem o seu silêncio!

Bernardino Silva, Coordenador nacional da Operação 10 Milhões de estrelas – um Gesto pela Paz

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publicado às 13:06

Fim das ilusões... chegou a austeridade

por Zulmiro Sarmento, em 27.10.11

 

“Acabaram os tempos de ilusões. Temos um longo e árduo caminho a percorrer, para o qual quero alertar os portugueses de uma forma muito directa: a disciplina orçamental será dura e inevitável, mas se não existirem, a curto prazo, sinais de recuperação económica, poder-se-á perder a oportunidade criada pelo programa de assistência financeira que subscrevemos”, afirmou Cavaco Silva nas comemorações do 101.º aniversário da implantação da República.

Vindo de quem vem e na data que lhe é apropriada, temos de levar muito a sério esta prevenção... não aconteça de ontem já ter sido tarde começarmos a viver na contenção e sob a regra da temperança pessoal, familiar, social e política.
Respigando alguns excertos do discurso presidencial, tentaremos abordar aspetos de provocação cristã à nossa quase inconsciência de gastadores sem crédito.

= Letargia do consumo fácil
“Durante alguns anos foi possível iludir o que era óbvio... Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado. Acomodámo-nos em excesso”, salientou o Presidente da República.
Agora é mais difícil aferirmos os nossos comportamentos, pois nos habituámos – depressa demais no tempo e excessivamente na mentalidade – a viver como se fôssemos ricos, embora só éramos subsidiados para que não invadissemos os países do norte da Europa. De fato, quisemos equiparar-nos na bastança com quem nos deu a mão para entrarmos na Comunidade Europeia, mas esquecemo-nos de viver na dinâmica de trabalho que esses países e culturas viviam e continuam a viver... para gerarem riqueza.
Ainda estamos a tempo de evitar a bagunça que vamos percebendo na Grécia. Por isso, precisamos que nos falem verdade e que vivamos na coerência sem falsos profetas da contestação a troco de maior miséria... a curto prazo. Nem a ditas ditas greves – a Grécia já vai em onze greves gerais só este ano! – ou as manifestações setoriais nos podem fazer esquecer do caminho a percorrer em ordem a sermos – novamente – um país de sucesso, de paz e de trabalho digno e dignificador.

= Austeridade digna
“A crise que atravessamos é uma oportunidade para que os portugueses abandonem hábitos instalados de despesa supérflua, para que redescubram o valor republicano da austeridade digna, para que cultivem estilos de vida baseados na poupança”, referiu ainda o chefe de Estado.
- Para quantos se reclamam do espírito republicano de igualdade e sem mordomias é chegada a hora de deixarem cair as máscaras de benesses e de regalias... de regime instalado.
- Para quantos se dizem cristãos – onde o espírito de pobreza, que é muito mais do que a pobreza de espírito! – é chegado o momento de procurarem viver em conformidade com o essencial e sem coisas supérfluas.
- Para quantos se tentam afirmar pelo ter, é chegada a ocasião propícia de centrarem a sua vida no ser... autêntico e verdadeiro.

Nós que já fomos pobres e honrados podemos e devemos ser honrados embora um tanto mais pobres, temos de saber interpretar a redução de coisas materiais, reaqualificando a nossa vida à luz do essencial, abrindo-nos à partilha e à (verdadeira) caridade.

António Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)

AGÊNCIA ECCLESIA

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publicado às 04:00

Para Angélico, seus pais e amigos

por Zulmiro Sarmento, em 01.07.11
 

 

Angélico Vieira era uma estrela, sobretudo para milhares de adolescentes e jovens em Portugal. Cantor e actor, membro de um grupo musical de sucesso. Morreu dias depois de um trágico acidente de automóvel. Hoje, dia 30 de Junho, o seu corpo será cremado, no cemitério do Feijó, aqui na nossa Diocese.

 


Infelizmente, são muitos os jovens (e não só) que morrem em acidentes de viação; mas também de doenças incuráveis e de outros “acidentes” que não deviam acontecer.

 

 

 

Toda a morte parece prematura. Nascemos para viver, não para morrer. No entanto, quando ocorre em plena juventude, parece não haver resposta à inevitável pergunta: porquê? Não é previsível que os filhos partam antes dos pais. E são tantos os que partem e deixam sem resposta a dor dos pais, dos irmãos, dos amigos.

 

 

 

Angélico não é, para os seus, mais um. Ele é único, como todos são únicos para os seus.

 

 

 

Esta dor tem de ser chorada, apertada num coração que parece despedaçar-se. Uma dor que parece não ter fim.

 

 

 

E, no entanto, a morte, mesmo quando nos parece mais inesperada, como acontece nas crianças e jovens, não é o fim da vida. Na imensidão do mar, o que fazem duas ou três gotas a mais? Assim, a vida humana. Não nascemos para viver uns tantos anos. Mesmo cem ou mais anos de vida terrena são as tais duas ou três gotas a mais no oceano. O que conta é o oceano. E esse ninguém nos tira, nem a morte por mais prematura ou violenta que ela seja.

 

 

 

Deus criou-nos para a vida e não para a morte. Se esta põe termo ao prelúdio da nossa existência, para uns mais longo, para outros muito breve, a meta da nossa vinda a este mundo, a eternidade, não está em causa. Nascemos para sermos eternos. Deus ama-nos com um amor a sério, infinito, a toda a prova. Foi assim com Cristo: foi gerado no seio da sua mãe, Maria. Nasceu, cresceu, morreu tragicamente, violentamente, mas ressuscitou. Está vivo! Na sua morte, a nossa morte transforma-se em vida. Com Ele morremos, com Ele ressuscitamos. O Angélico, o teu filho, o teu irmão, o teu amigo. Eu. Talvez amanhã. Talvez daqui a uns anos. Mais ou menos umas gotas e mergulharemos, quando Deus quiser, no grande oceano da vida plena, onde hão há dor nem morte. Choramos, contorcermo-nos de dor, mas não desesperamos. Angélico, Hélio e tantos outros, amanhã ou depois voltaremos a encontrar-nos.

 

 

 

Pe. José Lobato

 

30 de Junho de 2011
 
Página da Diocese de Setúbal

 

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publicado às 02:13

Comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa a propósito do momento presente da Sociedade Portuguesa

por Zulmiro Sarmento, em 15.06.11

 

Os cristãos e todos os portugueses sabem que nós, Bispos e sacerdotes, evitamos tomar posição sobre as questões da política direta, preservando o nosso ministério espiritual, da polémica que naturalmente acompanha o debate partidário. Foi por isso que não respondemos às diversas solicitações que nos foram feitas para que falássemos no período que antecedeu as últimas eleições legislativas.

E se o fazemos hoje, depois do Povo Português ter indicado, pelo seu voto, o rumo que deseja para Portugal, não é para comentarmos politicamente os resultados, mas porque achamos que a Palavra da Igreja pode ajudar a discernir o caminho da salvaguarda do “bem-comum” de toda a sociedade, no momento difícil que Portugal atravessa.

Verificámos que alguns líderes políticos, no calor da disputa eleitoral, referiram a Doutrina Social da Igreja para secundar as suas propostas políticas. Tinham o direito de o fazer, pois a vastíssima doutrina da Igreja sobre a sociedade pode, realmente, inspirar programas de governação. É nessa perspetiva que ousamos, neste momento particularmente delicado do nosso País, sublinhar os seguintes aspetos:

1. A prioridade do “bem-comum” de toda a sociedade sobre interesses individuais e grupais é um dos pilares da doutrina da Igreja sobre a sociedade e que pode, neste momento, inspirar as opções governativas. Vamos pôr o bem da sociedade em primeiro lugar. Isso exige generosidade de todos na colaboração e aceitação dos caminhos necessários, na partilha de energias e bens, na moderação das opções ideológicas e estratégicas. Partidos, sobretudo os seus representantes que o Povo elegeu, as associações laborais, empresariais e outras, são chamados à generosidade de defenderem os seus direitos e interesses, dando prioridade total ao bem de toda a sociedade.

2. Além de generosidade, este momento exige, de todos os portugueses, grande realismo. A situação diminui a margem, legítima em democracia, para utopias. É este sentido de realismo que nos indica que devemos procurar soluções para Portugal no quadro social, político-económico em que está inserido: União Europeia, zona da moeda única, conjunto de países que se estruturam na base do respeito pela pessoa humana e pela sua liberdade, concretamente da liberdade de iniciativa económica.

Isto não pode resignar-se ao inevitável. Portugal tem de dar o seu contributo à evolução positiva, concretamente da União Europeia e da zona Euro, e só o fará se resolver positivamente, reconquistando a credibilidade, o momento que passa. Deve fazê-lo procurando que o esforço de equilíbrio financeiro não prejudique a economia, e que não se relativize a importância da saúde, da cultura e da educação.

3. A Doutrina Social da Igreja baseia a prioridade do “bem-comum” na vocação comunitária da sociedade. Esta não é um agregado de “indivíduos”, mas tende a ser comunidade, onde cada um se sente corresponsável pelo bem de todos, onde cada homem e mulher é nosso irmão.

Esta dimensão comunitária é prioritária na visão da Igreja. O amor fraterno, com a capacidade de dom, é o valor primordial na construção da sociedade. Sempre, mas de modo especial neste momento que atravessamos, os pobres, os desempregados, os doentes, as pessoas de idade, devem estar na primeira linha do amor dos cristãos. Este é um dever prioritário da Igreja, que ela quer realizar pelos seus meios próprios, mas em colaboração com todos os que procuram o “bem-comum”. Esta atitude exige generosidade e capacidade de dom, de que o voluntariado é uma expressão nobre. Os próximos tempos vão exigir partilha de bens. Mas não é a mesma coisa partilhar generosamente, e ser obrigado a distribuir. Temos de criar um dinamismo coletivo de generosidade e de partilha voluntária, fundamentada no amor à pessoa humana.

4. Há ainda na nossa sociedade muitas expressões de egoísmo, que vão desde a corrupção ao enriquecimento ilícito, a uma visão egocêntrica do lucro, etc. Uma ética da generosidade, da honestidade e da verdade tem de fazer parte da cultura a valorizar. O próprio sistema de justiça tem de ser um serviço que combata os atropelos à generosidade, à honestidade e à verdade. Sem um bom sistema de justiça, nenhuma sociedade será verdadeiramente justa.

Este momento de crise pode levar-nos a todos a lançar os dinamismos para a construção de uma sociedade mais fraterna e solidária. A Igreja quer, não apenas pela sua palavra, mas pelo seu compromisso na ação, ser a afirmação da esperança.

Fátima, 14 de junho de 2011

ECCLESIA

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publicado às 10:52

Solidariedade cresce (mesmo) na proporção da crise?

por Zulmiro Sarmento, em 08.06.11

Decorreu no fim-de-semana de 28 e 29 de Maio passado, a campanha de recolha do Banco Alimentar contra a Fome (BA), tendo recebido mais de 2.300 toneladas de alimentos.
Percorrendo vários distritos do país esta iniciativa do BA – que contou com mais de 30 mil voluntários – dará ajuda a cerca de mil e novecentas instituições de solidariedade social, que, por seu turno, farão chegar suporte alimentar (cabazes e refeições) a mais de 390 mil pessoas.

De referir ainda que, este ano, decorre uma outra forma de participação através da doação de alimentos pela internet, convertíveis em pagamento – para leite – pelo multibanco.
No ano de 2010, os catorze centros do BA distribuíram mais de 26 mil toneladas de alimentos, num valor calculado de 37,7 milhões de euros, numa média estimada de mais de noventa toneladas por dia.

Num tempo em que diz mal de tudo e de (quase) todos, esta onda de solidariedade terá algum significado mais do que estatístico? Num país descrente em si mesmo e (particularmente) naqueles que o conduzem, esta onda solidariedade valerá como projecto no nosso futuro próximo? Num momento assaz confuso e (razoavelmente) controverso, esta onda de solidariedade revelará o nosso coração ou a nossa razão... colectiva? Nesta época de miserabilismo, esta onda de solidariedade pode ser (verdadeiramente) um sinal profético para uma nova crença patriótica e cristã?

= Dar sem esperar em troca?
Nós, portugueses, somos dos povos da Europa que mais fortemente têm a capacidade de reagir às desgraças alheias. Às vezes damos até mais do que nos pedem. Somos um povo solidário, sobretudo, nas desgraças dos outros. Da mesma forma que vivemos numa espécie de preguiça acomodada, assim damos largas à benemerência, fazendo saltar a nossa generosidade  sem rédeas.
Quantas vezes tentamos dar aos outros para que, quando chegar a nossa hora de precisar, possamos recolher o dado... com juros em boa maquia. Se bem que vivamos ainda da hospitalidade e do sol que nos visita, temos uma noção de partilha com quem sofre quase a roçar a fraternidade mais radical... A desconfiança ainda não assentou – total e definitivamente – arraiais em nossa casa!

= Unidos venceremos?
Muito mais do que as campanhas dos partidos políticos, esta onda do BA pode fazer pelo nosso país o que os nossos emprestadores internacionais do dinheiro não conseguem ver e, tão pouco, viver: o povo português pode ser pobre de dinheiro colectivo, mas é rico de sentimentos de solidariedade... particularmente na desgraça.
Podemos até nem trabalhar muito e tão pouco bem, mas ainda vamos tendo laivos de consideração pelas misérias alheias, sobretudo as que nos são mais próximas. Com efeito, esta cultura da vizinhança é-nos muito útil, embora talvez fosse necessário alargá-la à dimensão do país e não à mera conflictualidade... de maledicência.
Unidos venceremos as agruras. Unidos faremos um país mais próspero. Unidos seremos capazes de voltar a ser ‘bons alunos’ da União Europeia. Queira Deus dar-nos dirigentes à altura desta tarefa nacional, que desenvolvemos, suficientemente, no bairrismo... eleitoral!

= Razão sem coração ou coração com razão?
De facto, razão e coração precisam de estar em consonância... na nossa cultura portuguesa. Ora, na personalidade dos portugueses, estes dois elementos nem sempre se conjugam correcta, harmoniosa e sensatamente. Com efeito, somos – como povo e como nação – dados mais ao exagero: ora exaltando a emoção sem rigor intelectual, ora racionalizando excessivamente sem comoção. Há como que em cada português alguém que tem dificuldade em pensar e em actuar, seja à luz da inteligência, seja na emotividade plena de discernimento e avaliando as consequências dos seus actos.
Esta vaga de solidariedade está como que mais ao ritmo das lamúrias do coração do que ao sabor da lógica intelectual. Como é difícil ser equilibrado como português... cristamente!

= Quando a caridade se faz partilha!
Não se pode esquecer a matriz cristã do BA, pois isso como que seria ofender os seus promotores e até os executores... conhecidos ou anónimos. Este projecto do BA só se compreende à luz da solidariedade cristã e católica em concreto. Para quem usufrui deste serviço, o BA pode e deve ser apresentado como um produto da fé, tornado acção em favor dos mais desfavorecidos...
- Quem duvida de que os milhares de voluntários só o são/vivem porque há uma fé que a isso os impulsiona?
- Quem porá em causa que esse exército de voluntários tem alicerces na Igreja católica – paroquial, de movimentos e de centros paroquiais, etc. – mais activa em favor dos outros?
- Quem pretenderá esquecer ou ofuscar esta força de bem para dar o mínimo de dignidade aos mais pobres?

Por favor: não tentem aproveitar-se da fé com caridade, pois a caridade só é possível com fé.
Obrigado BA pela vossa força de caridade feita partilha de fé, hoje!

A. Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)

 

ECCLESIA

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publicado às 10:51

Relançar o voluntariado em Portugal

por Zulmiro Sarmento, em 13.01.11

No Ano Europeu do Voluntariado, Fernanda Freitas, coordenadora nacional da iniciativa, fala à ECCLESIA dos projectos para os próximos meses

 

No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Europeia declarou oficialmente 2011, Ano Europeu das actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa. Em Portugal, a coordenadora nacional é a jornalista Fernanda Freitas, que em entrevista à ECCLESIA fala dos projectos para os próximos meses e da intenção de promover o que chama de “voluntariado de proximidade”.

 

Ecclesia (E) - Depois de um ano marcado pela Luta contra a Pobreza e Exclusão Social, sucede um ano dedicado ao Voluntariado. Há uma complementaridade entres estes dois temas? É importante estimular o voluntariado, neste quadro social e económico que vivemos?

Fernanda Freitas (FF) - É interessante o facto de o ano europeu do Voluntariado suceder ao ano de combate à pobreza e exclusão social. No ano passado, fizemos o que eu chamo um diagnóstico. Este ano iremos encontrar parte das respostas, não digo todas. Uma delas pode ser o voluntariado. Há acções, não apenas no voluntariado social e assistencialista, que podem ser desenvolvidas em prol da sociedade.

O povo português é muito generoso, gosta de ajudar. Penso que falta compromisso, ou seja, ser generoso mas numa lógica de compromisso, não apenas quando se é solicitado.

Quando o português assumir o compromisso de ser um povo voluntário, para além de solidário, estaremos no bom caminho para resolver grande parte dos problemas sociais, sobretudo de exclusão social.

 

E - O que vai caracterizar estes próximos meses?

FF - O Ano Europeu de Voluntariado começou oficialmente no mês de Dezembro, mas cada país europeu marca o seu ritmo. Em Portugal, o ano começa, oficialmente, a 3 de Fevereiro com uma iniciativa – «A volta do voluntariado». É uma feira de voluntariado, que começa em Lisboa.

O desafio da Comissão Europeia é situar esta volta nas capitais, mas a comissão portuguesa de acompanhamento do ano, quis ser mais ambiciosa. Em Portugal esta iniciativa, em maior ou menor escala - dependendo do espaço onde se realize - vai espalhar-se pelo país, chegando também às ilhas.

Esta vai ser uma grande acção de voluntariado. Não pretendemos angariar fundos, mas voluntários. Estas «voltas» querem transmitir a disponibilidade que as entidades têm para receber, mas também provocar o inverso – as pessoas devem dirigir-se às entidades e oferecer-se como voluntários. O mais importante deste ano é divulgar o voluntariado e, sobretudo, o voluntariado de proximidade. Antes de atravessar o mundo, para desenvolver projectos em países em vias de desenvolvimento, pergunto se não deveríamos atravessar a rua e perceber o que podemos fazer pela comunidade, bairro ou prédio.

O grande desafio do ano vai ser lançar a semente do voluntariado, que pode estar no espírito dos portugueses, mas falta concretizar. Na comissão de acompanhamento estão representadas entidades de todo o país – paróquias, bombeiros, Juntas de Freguesia, Autarquias, Santas Casas – e vão espalhar a notícia. Acredito que vai ocorrer uma contaminação positiva do que é ser voluntário em Portugal.

 

E - Ser voluntário é um desafio íntimo que exige um compromisso?

FF - Ser voluntário é fazer a diferença, começando pela vida pessoal. Uma coisa é ajudar, outra é um compromisso. Quando se assume interiormente o voluntariado, está a assumir-se um compromisso de missão para concretizar uma ajuda que não é apenas espontânea. Quando fazemos uma acção de voluntariado ficamos mais cheios e felizes. Não há que ter medo de o assumir. É uma entrega extraordinária que nos torna diferentes e melhores pessoas, com mais competências sociais e afectivas.

 

E - A entrega ao voluntariado exige um passo diferente que os portugueses têm ainda de dar?

FF - Sinto que a grande lacuna está na educação. Estamos habituados a ver pais e amigos a ajudar no Natal, a participar com bens consumíveis, no multibanco através de transferências... mas, e depois? É importante ser solidário também em época de Natal, mas não exclusivamente. É importante ser generoso, solidário e voluntário o ano todo. Uma acção pontual surge numa época, mas no restante ano a instituição vai continuar a precisar de ajuda – não apenas de dinheiro ou de arroz, mas das nossas competências.

Ninguém é obrigado a fazer voluntariado. É legítimo pensar que se faz o que se deve – paga-se impostos e contribuiu-se com algo no Natal. Mas somar uns pontos à nossa capacidade de ser humano, encontrar um projecto que se adeque à nossa personalidade, estar feliz nesse projecto, é perceber que ser voluntário é um desafio.

 

E - As instituições têm também um caminho a fazer neste ano?

FF - As instituições têm um grande trabalho a fazer no campo voluntário, sobretudo no dar respostas. O que mais retenho nestes primeiros meses de trabalho, é que muita gente procura ser voluntário e não recebe resposta. Isto não pode acontecer. Não podemos desperdiçar potencial humano. As instituições precisam de abrir espaço ao voluntariado, saber que os voluntários não vão falhar e perceber que um voluntário não vai substituir um trabalhador. Há espaço para toda a gente.

Outro caminho a explorar este ano é o voluntariado empresarial. São muitas as empresas que procuram formação para constituir «Bancos» empresariais de voluntariado, ligando-se a uma instituição ou acção.

 

E - Como vive este desafio de somar este voluntariado a outro que já vinha fazendo?

FF - Em Agosto, o Ministério do Trabalho e Solidariedade Social desafiou-me a ser coordenadora nacional deste Ano Europeu do Voluntariado. É um prazer estar a trabalhar em prol do voluntariado, algo em que acredito piamente. Significa muito trabalho, mas também muito orgulho e, sobretudo, sentido de missão.

Quando as pessoas encontram respostas como «não tenho tempo ou dinheiro», costumo dizer «Quem quer fazer, arranja maneira. Quem não quer fazer, arranja desculpa».

 

in ECCLESIA

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publicado às 06:40

2011 - Ano Europeu do Voluntariado

por Zulmiro Sarmento, em 06.01.11

http://www.voluntariado.pt/

 

A 27 de Novembro de 2009, o “Conselho de Ministros da U.E., declarou oficialmente 2011, Ano Europeu das Actividades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Activa”.

Este “ano Europeu tem por objectivo geral incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela Comunidade, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais tendo em vista criar condições na sociedade civil propícias ao voluntariado na U.E. e aumentar a visibilidade das actividades de voluntariado na U.E.”

Assim, esta semana sugerimos uma visita ao sítio do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV), que é o organismo responsável pela organização da participação nacional no ano Europeu.

Ao digitarmos o endereço http://www.voluntariado.pt, entramos no espaço virtual da entidade a “quem compete desenvolver as acções indispensáveis à promoção, coordenação e qualificação do voluntariado em Portugal”.

No item “CNPV”, ficamos a saber o que é este conselho, qual o seu enquadramento legal e quais as actividades que desenvolve e apoia.

Na opção “voluntariado”, podemos consultar a legislação e as normas legais em vigor, quais os projectos em funcionamento, saber mais acerca do voluntariado empresarial, e ainda, por exemplo, obter a definição legal de voluntariado. O decreto de lei diz que, voluntariado “é o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas”.

Caso pretenda tornar-se um voluntário clique em “seja voluntário”. Aí pode descobrir onde é que se pode tornar voluntário, quais são os seus direitos e deveres e ainda obter alguns testemunhos interessantes, nomeadamente uma partilha bastante rica do Monsenhor Victor Feytor Pinto.

Estranhamente sobre o Ano Europeu do Voluntariado, não existe nenhuma área específica e os conteúdos que podemos encontrar sobre esta temática são ainda escassos.

No entanto, fica aqui lançado o repto de estarmos atentos aos eventos e actividades que certamente irão ser realizados ao longo de todo este ano.

Fernando Cassola Marques

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