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Para os pais portugueses...

por Zulmiro Sarmento, em 24.05.11

Exortação do senhor Bispo de Santarém aos responsáveis pela educação das crianças, adolescentes e jovens:

 

 

Estão em curso as matrículas nas Escolas. Os pais e encarregados de educação, que são os principais e mais influentes educadores, mostram-se cada vez mais empenhados no desenvolvimento integral dos seus educandos.

Este crescimento harmonioso que todos desejamos não se realiza apenas através da inteligência, da aquisição de competências ou da obtenção de resultados; a educação do espírito, a educação para a beleza e para a cultura, para a ética e para a moral, a educação para os afectos, também concorrem para o desenvolvimento das potencialidades dos mais novos.

A educação para a ‘pessoa’ alcança-se com o conhecimento e com a aprendizagem de uma atitude interessada e construtiva, com o exercício da honestidade e da responsabilidade pelo bem comum, com o cultivo da alegria e da boa relação. 
Só conseguiremos alcançar uma educação integral e harmoniosa com o contributo conjugado de todas as forças vivas da sociedade: da família e encarregados de educação; das escolas; das comunidades cristãs; das associações culturais e desportivas; dos meios de comunicação social, etc. A educação global não se alcança apenas com os programas do “Ministério da Educação” - embora estes sejam fundamentais, mas com a colaboração empenhada e complementar de pessoas e instituições apostadas em construir uma sociedade mais justa e fraterna.

A Igreja Católica sempre se dedicou à educação de todas as idades (infância e adolescência, juventude, adultos e idosos) e ao desenvolvimento de todas as dimensões da pessoa humana: cognitiva, ética, afectiva, cultural, espiritual.

Esta preocupação pela plenitude da pessoa humana levou à criação do serviço de educação moral nas escolas públicas através da disciplina da “Educação Moral e Religiosa Católica” (EMRC). Não é ensino confessional, como a catequese, mas transmissão dos valores humanos e das referências que constituem o nosso património cultural de matriz cristã: compreensão do mundo e do homem, história e papel das religiões, participação activa na comunidade, promoção da solidariedade, educação para a responsabilidade, para a alegria e para a boa relação.

Procurem os pais exercer o seu direito de matricular os filhos na disciplina da educação moral (EMRC) desde os primeiros anos da escola. O primeiro ciclo do básico é muito importante por ser o alicerce do percurso escolar. Até aos dezasseis anos pertence aos pais fazer a matrícula. Após essa idade são os educandos que fazem a opção. A frequência é facultativa mas, quando pedida, a oferta é obrigatória da parte dos estabelecimentos de ensino. Se os pais desejarem as escolas não deixarão de responder.

A crise que nos preocupa não é só económica mas também ética. O egoísmo é maior, as fraudes aumentam, as desigualdades são mais gritantes, o respeito pela dignidade do outro parece diminuir. São os próprios fundamentos éticos da sociedade que estão hoje em questão. A educação moral e religiosa escolar pode ser um bom contributo para vencer a crise moral e incutir uma atitude construtiva e responsável perante a vida.

Santarém 12 de Maio de 2011

+ Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém
ECCLESIA

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publicado às 01:33

Deus criou o professor...DESCOBERTO, FINALMENTE, O PORQUÊ ...

por Zulmiro Sarmento, em 29.09.10

Se és professor ou tens professores na família deves ler atentamente.

 
 
E Deus criou o professor...
 
 
Conta a lenda que, quando Deus libertou o conhecimento sobre como ensinar os homensdeterminou que aquele "saber" ficaria restrito a um grupo muito seleccionado de sábios. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam "semi-deuses", alguém traiu as determinações divinas...

Aí aconteceu o pior!!!!!!........

Deus, zangado com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:



1º - Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.

2º - Não verás teu filho crescer.

 
3º - Não terás feriados, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.

4º - Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlceras.

5º - A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e a comida enlatada. 



6º - Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.

7º - Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho;

8º - Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.

9º - Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.

10º - As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que ensinam e as que não entendem. E verás graça nisso.

 
11º - A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.

12º - Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contacto com outras pessoas loucas como você.

13º - Terás sonhos, com cronogramas, planificações, provas,  fichas de alunos, provas e planos de recuperação e não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de sono.


14º - Exibirás olheiras como troféu de guerra.

15º - E, o pior........ inexplicavelmente gostarás de tudo isso...


 

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publicado às 10:21

Professores...professores...

por Zulmiro Sarmento, em 04.01.10

 

 

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publicado às 08:00

Depois da tempestade vem a bonança, pois claro, as eleições estão aí! São todos uns falsos, isso sim, e da fama de mações não se safam! No Ministério da Educação precisava de serem despejados milhares de doninhas fedorentas para afugentá-los!

por Zulmiro Sarmento, em 24.06.09

 

Igreja e governo esclarecem situação dos professores de EMRC
Partes acordam na necessidade de reafirmar que os docentes em causa gozam dos mesmos direitos dos demais professores
 Esta Quinta-feira, dia 18 de Junho de 2009, ocorreu uma reunião entre a Comissão Episcopal da Educação Cristã/Secretariado Nacional da Educação Cristã e o Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.
Depois de terem sido clarificados alguns aspectos referentes a uma informação oriunda da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, as duas partes acordaram na necessidade de ser enviado um documento oficial às Direcções Regionais de Educação e através delas às escolas, bem como à Inspecção-Geral de Educação, visando reafirmar inequivocamente que os professores de EMRC gozam dos mesmos direitos dos demais professores, nomeadamente no que se refere à distribuição do serviço docente e sobretudo à atribuição de cargos, funções, áreas curriculares não disciplinares e outras disciplinas para as quais tenham habilitação própria.
Quanto ao 1.º ciclo, será reafirmado o carácter curricular da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica. Assim sendo, apesar de ser de frequência facultativa é de oferta obrigatória. Terá também de ocorrer em continuidade com as outras actividades curriculares e não depois das áreas de enriquecimento curricular.
Os docentes de EMRC do 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário poderão também leccionar as aulas de EMRC do 1.º ciclo nas escolas do mesmo agrupamento, até por aplicação do que já está previsto no despacho de organização do ano escolar.
Departamento de EMRC do Secretariado Nacional da Educação Cristã

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publicado às 08:14

Professor de EMRC na Vida das Escolas

por Zulmiro Sarmento, em 23.06.09

 

O Ensino Religioso Escolar tem um papel essencial na educação integral da pessoa, na defesa da identidade nacional e no reforço da fidelidade à matriz histórica e cultural, bem como na promoção da compreensão dos fenómenos sociais e na descoberta do valor do outro, sendo a sua intervenção marcada pela visão cristã do mundo.
O professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) intervém num amplo espaço educativo, colocando-se numa posição privilegiada de serviço, disponibilidade e entrega à comunidade onde está colocado e na qual é chamado a servir. Deste modo, a disciplina de EMRC promove, obrigatoriamente, o envolvimento do professor da disciplina com a globalidade do Projecto Educativo da Escola, não se circunscrevendo apenas ao espaço da sala de aula. A transmissão e a aquisição das competências nesta disciplina são promovidas de forma integral dentro e fora da sala de aula, tendo a mesma um carácter interdisciplinar que integra, de forma activa e interventiva, o professor de EMRC no Projecto Curricular de todas as turmas, dando-lhe uma presença marcante na vida das escolas.
O funcionamento das escolas integra vários factores, desde o currículo nacional à diferenciação do currículo nas escolas, ao envolvimento com a comunidade local, passando pela gestão de projectos que colocam em interacção todos os actores da comunidade educativa. O actual quadro legal da gestão das escolas promove a abertura ao meio e a interacção e intervenção de todos os agentes educativos, procurando pautar-se pela avaliação do mérito e da qualidade.
É neste contexto que, todos os docentes, sem excepção, são chamados a participar na construção do projecto da sua escola. O reconhecimento do seu mérito pelos pares e a pertinência que é reconhecida aos projectos assumem-se como critérios para o reconhecimento e implementação dos mesmos nas diferentes escolas. O professor de EMRC, com o mesmo enquadramento legal que os demais docentes, intervém (e deve intervir!) de forma construtiva e valorativa nas escolas onde lecciona, sem qualquer factor de discriminação.
A intervenção dos professores de EMRC é valorizada e reconhecida, como acontece com os demais grupos docentes, pelos seus pares pedagógicos e pelas diferentes estruturas de gestão das escolas, que lhes reconhecem o mérito, o valor e a pertinência da sua intervenção. A acção e o desempenho dos docentes faz com que alguns se destaquem em outras funções para além das docentes, e este reconhecimento dá-se pela sua prática lectiva e pela sua participação na vida da escola.
O funcionamento das escolas regula-se, assim, pelo quadro legal e, particularmente, pela acção espontânea e participativa a que todos são chamados. Trata-se da regulação local do ensino, que reflectindo a realidade local das escolas, a formação do seu corpo docente e as suas potencialidades, manifesta práticas e características diferenciadas.
É neste contexto de reconhecimento do trabalho realizado, do mérito e da formação (em muitas circunstâncias através da especialização em diferentes áreas do ensino, de mestrados e doutoramentos que trazem um valor acrescentado à comunidade escolar e académica) que os docentes de EMRC têm vindo, de forma crescente a assumir nas escolas diferentes funções que dignificam e valorizam o ensino público e privado.
Um significativo número de professores de EMRC integram a gestão das escolas em diferentes órgãos, são coordenadores de projectos, leccionam nas Áreas Curriculares Não Disciplinares, assumem direcções de turma, dirigem Centros de Recursos Educativos, promovem iniciativas de acção social, de intervenção cultural e são, tendo em conta a especificidade da disciplina, imprescindíveis promotores da valorização dos projectos que dinamizam a formação dos alunos de forma global, enquanto educação integral da pessoa. Em suma, o melhor instrumento regulador da participação dos docentes de EMRC na vida das escolas deverá ser, como acontece com todos os docentes, o reconhecimento que a sua própria comunidade educativa faz do seu trabalho e intervenção nas escolas.
 
Sara Andrade e Guardado da Silva, Professora de EMRC
 
 

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publicado às 08:15

Este Manual deve funcionar...

por Zulmiro Sarmento, em 05.06.09

 

O manual mais pequeno do mundo sobre sobrevivência profissional.
Como ganhar a guerra que os pais e alunos ressabiados andam a fazer aos professores?
1. Não queira salvar o Mundo. O Mundo não tem salvação. Os humanos têm tratado tão mal a mãe natureza que ela vai agradecer quando os humanos derem cabo de si próprios.
2. Não entre na escola com a ideia peregrina de que a sua missão é salvar crianças e adolescentes. Há muitas crianças e jovens que não têm salvação. Quando chegam à escola já estão perdidas. Não se sinta culpado pela perdição dos outros. As culpas da perdição têm de ser distribuídas pelos políticos e pelos pais. Os primeiros porque não sabem governar o país; apenas sabem governar-se. Os segundos porque colocam o amor próprio e os interesses pessoais à frente dos interesses dos filhos. E vai daí, passam a vida a fazer asneiras.
3. Se vir uma criança com fome, compre-lhe uma sanduíche. Mas não tenha a pretensão de querer resolver o problema da pobreza.
4. Não fale nas aulas sobre sexo e política. Concentre-se nas suas matérias e lembre-se de que ensinar bem é a coisa que melhor pode fazer para ajudar as crianças e os jovens a serem bem sucedidos.
5. Não queira ser engraçado nas aulas nem queira passar por humorista. Lembre-se de que está a falar para 25 alunos que têm telemóveis com câmara fotográfica e gravadores de áudio e vídeo.
6. Não queira fazer-se passar por irmão mais velho, amigo, pai ou mãe dos alunos. Seja simplesmente professor: um profissional com elevada competência técnica e científica que é pago para ensinar. Quando se ensina bem, está-se a educar. A educação é uma camada que se sobrepõe à instrução. A sua tarefa principal é instruir. A educação vem por acréscimo. É um bónus.
7. Não fale sobre a vida privada com os alunos. Lembre-se de que você não é pai nem mãe deles. Tão pouco é irmão. Nem sequer é um amigo. Você é um profissional.
8. Não queira entrar na intimidade dos seus alunos. Ouça-os quando eles se dirigem a si para falar sobre os problemas pessoais, mas ouça apenas. Não diga nada. Se for caso disso, encaminhe-os para o psicólogo escolar. Se for assunto que possa ser tratado pela escola, mande-os falar com o director de turma.
9. Guarde a ternura para os seus filhos. Não caia na tentação de consolar as crianças e os jovens com carícias, ainda que inocentes. Seja cuidadoso. Há crianças e jovens que fazem uso da maldade pura.
10. Cuidado com as conversas com os pais. Trinque a língua antes de falar. Diga só o que for realmente necessário. Limite-se à descrição dos factos. Poupe nos adjectivos. Não faça juízos de valor. Nunca tenha a pretensão de pensar que os pais dos alunos são seus amigos. E nunca tome o partido dos pais contra os seus colegas. Lembre-se de que os pais passam, mas os seus colegas vão estar ao seu lado durante pelo menos 40 anos.

 

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publicado às 08:17

Atestado médico ... para reflectir

por Zulmiro Sarmento, em 06.03.09

Leiam este texto escrito por um professor de filosofia que escreve
semanalmente para o jornal O Torrejano.

Tudo o que ele diz, é tristemente verdadeiro...
O atestado médico por José Ricardo Costa


Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter
de fazer uma vigilância.
Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no
elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente,
pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta.
Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada,
por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la?
Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar
preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala
do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado
médico.
Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do
atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença
poderá  justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir
deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser
hilariante.
Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso
de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade
do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só
pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana.

Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi
ou o sucesso da TVI.
O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente.
O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional
sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está
doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador
apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca,
do  elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil
e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos
de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.

Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira
várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia
uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma
predisposição para sermos enganados. Mas isso é normal. Sabemos bem, depois
de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que
temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões. O problema é que em
Portugal a ficção se confunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma
produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me
perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos.
Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados. Aliás, em Portugal
é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que
significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num
ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá
levar a mal.
Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a
nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a
nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei
que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que
assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não
falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e
com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao
fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos
fingir que aquilo é tudo verdade.
Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e
culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos
malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a
Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias,
temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado,
entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com
chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.
Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o
mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar
preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa,
antes que comece a vomitar sobre si próprio.
-----------------------------------------

URGE MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS.
ESTÁ NA SUA MÃO, NA MINHA E DAQUELES A QUEM A MENSAGEM CHEGAR!

 

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publicado às 11:49

Professores: paus comandados!

por Zulmiro Sarmento, em 27.01.09

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publicado às 09:32

Os papás e as mamãs são quem mais ordena... pois claro!

por Zulmiro Sarmento, em 26.01.09

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publicado às 17:17

Muito bem escrita esta Mensagem por parte dos Professores!...

por Zulmiro Sarmento, em 21.01.09

 

MENSAGEM AOS PORTUGUESES
 
Os professores vêem-se na necessidade de proceder a formas de luta, depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração na elaboração de várias leis que estão a contribuir para que a confusão e o mal-estar se instalem nas nossas escolas: fizeram abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações – duas das quais com mais de 100 mil professores –, sendo estas formas de luta desenvolvidas ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos.
O que querem os professores?
- Querem que as escolas continuem a ser geridas democraticamente. Não querem voltar a ter um reitor à moda antiga; Só dando exemplo diário de democracia é possível formar consequentemente para a democracia.
- Querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional.
- Querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente, onde o mérito só é premiado em alguns casos.
- Querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo – em desprezo pelos que estão há anos no terreno – procura impor, ignorando todos.
- Querem leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas e não a sua constante desautorização e desvalorização por parte do ME.
- Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias.
- Não estão a reivindicar aumentos salariais – apesar de a crise ser profunda e o seu grupo profissional, desde há oito anos, ter vindo a ver decrescer o seu salário real.
Embora, pelas razões expostas, os professores se vejam obrigados a lutar, irão empenhar-se para garantir a leccionação das matérias previstas.
Os professores desejam salientar que não esquecerão os seus alunos e reiteram que esta luta é de todos – pais, alunos e professores – por uma escola pública de qualidade.
APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)
CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
MEP (Movimento Escola Pública)
MUP (Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores)
PROmova (Movimento de Valorização dos Professores)

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publicado às 13:15


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