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Tanta coisa que não preciso

por Zulmiro Sarmento, em 09.04.15

 

O padre Arrupe, que foi superior-geral dos jesuítas, dizia, com muita graça e profundidade, que de vez em quando gostava de passear pelas ruas e parar diante de uma montra e começar a ver. "Ena!... Tanta coisa de que eu não preciso!" E começava a admirar, a contemplar tudo aquilo de que não precisava! É um exercício óptimo, seria um exercício muito útil se as pessoas se dispusessem a fazê-lo. Este devia ser o nosso antimarketing, ir a grandes superfícies ou a centros comerciais ver tudo aquilo de que não precisamos. A quantidade de coisas que lá estão de que não precisamos nada! O consumismo é uma cultura de criar falsas necessidades e com isso nos domina, infantiliza-nos.

Vasco P. Magalhães, sj

ONDE HÁ CRISE, HÁ ESPERANÇA

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publicado às 12:19

Reflexões sobre "Amor Verdadeiro"

por Zulmiro Sarmento, em 17.11.11

 


Enquanto o mundo fala muito sobre paixão e amor verdadeiro, alguns acham que Deus fica vermelho ou gagueija quando toca em assuntos românticos. Nada mais distante da verdade!

Deus não fala somente sobre a paixão romântica; foi Ele quem a criou e abençoou. Não é de estranhar, pois, que se tivesse dedicado um livro inteiro da Bíblia sobre esse assunto: o livro "Cântico dos Cânticos".

Alguns, na história da igreja têm "alegorizado" este livro (imaginando que sua mensagem só fala do o amor de Deus para com Israel, ou talvez um tipo da "paixão" entre Cristo e Sua igreja). Mas nada é mais normal do que uma palavra divina sobre o mais importante dos relacionamentos humanos.

Deus interessa-se pelo desenvolvimento do amor matrimonial, inclusive o namoro, as núpcias, a lua-de-mel e o quotidiano da vida a dois. Deus fala sobre amor e paixão e não gagueija!!!

A mensagem do livro fica clara: Deus criou e abençoou o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Mas quais as características desse amor? Como identificá-lo? Como distinguir entre "paixão" superficial e amor genuíno?

Essas perguntas perturbam adolescentes e jovens à procura do seu "príncipe encantado". Complicam a vida dos pais que desejam orientar os seus filhos no caminho espinhoso do amor.

O livro "Cântico dos Cânticos" identifica muitos elementos do amor verdadeiro, mas dois se destacam. O amor verdadeiro sabe ESPERAR e o amor verdadeiro é EXCLUSIVO.

I. A Esperança do Amor Verdadeiro
Há muitas "estrofes" no "Cântico dos Cânticos", mas somente 2 frases repetidas como "refrão" no livro. Cada frase se encontra exactamente três vezes, espalhadas no início, meio e fim do livro. Servem como "coros" que ecoam a mensagem do livro.

O primeiro refrão simplesmente diz "não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira". A frase aparece pela primeira vez em 2:7: Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira. Mais tarde se repete em 3:5 e 8:4.
Três vezes, em momentos de intensa paixão entre a noiva e o noivo, ela exorta as suas amigas sobre a natureza do verdadeiro amor. O amor verdadeiro sabe esperar, e por isso, pode desfrutar ao máximo as delícias que Deus sempre tencionou para o casal. Amor verdadeiro não é precipitado, precoce, adiantado ou impaciente. Não precisa manipular as circunstâncias para "ganhar" o amor. Não precisa seduzir para chamar atenção para si mesmo. Não precisa "se entregar" com medo de perder o amado.

Na verdade, nota-se que a mensagem do nosso mundo é exactamente o contrário - o amor é precipitado, apressado, forçado até ao ponto em que a pessoa que espera o tempo de Deus é considerada ultrapassada, estranha... Que tristeza quando crianças de 8, 10, ou 12 anos "namoram", até pelo incentivo de seus pais. Que pena quando adolescentes que não "ficam" são considerados inferiores pelos colegas. Que tragédia quando jovens universitários que ainda são "virgens" são marginalizados como "extra-terrestres"!

A mensagem de Cantares é simples mais clara: Deus reserva os maiores prazeres matrimonias e amorosos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos românticos.

Tudo isso bate bem com o texto clássico de amor bíblico, 1 Coríntios 13, que descreve o amor verdadeiro assim: "É paciente... não arde em ciúmes... não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." O livro de Hebreus bate na mesma tecla: "Digno de honra entre todos seja o matrimónio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros." (Hb 13:4)

Por que razão alguns apressam o amor? Há muitos factores, mas a falta de confiança na soberania e no amor de Deus certamente se destacam. Deus tem, sim, um plano maravilhoso para nossas vidas. Ele nos ama mais que nós nos amamos. Mas o medo de ficar na "solteirice" às vezes leva para relacionamentos precipitados. A pressão de colegas também faz com que abaixemos nosso padrão. Quando esquecemos que Deus tem tudo sob controle; que Ele quer nosso bem; e que Ele desperta o amor na hora certa, é fácil cair na tentação de tomar a situação em nossas mãos. "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar...tudo fez Deus formoso no seu devido tempo" (Ecl 3:1, 5,11)

Como aplicar esse princípio do amor que espera?

1) Para Jovens: a) Esperem o amor verdadeiro! Não cedam às pressões de ser precipitado no "ficar", no namorar, "no ter alguém para não ser inferior". É difícil esperar, mas sejam verdadeiros convosco mesmos! Jamais usem "máscaras"!
b) Confiem em Deus, nos pais, nos amigos, na vida.
c) Amar é dar-se; é dialogar, respeitar, descobrir-se, caminhar na mesma direcção...

2) Para Pais: a) Levem em conta a seriedade das emoções e dos sentimentos dos seus filhos. São verdadeiros, mesmo que impensados às vezes.
b) Mantenham as portas abertas para conversar, aconselhar e dialogar com seus filhos sobre relacionamentos românticos e outros assuntos que eles questionem.
c) Protejam o coração dos seus filhos! Párem para conversar, OUVIR e ACONSELHAR.
d) Preservem os laços de amizade e cumplicidade existentes na infância.
e) Dêem importância e dediquem tempo aos afectos!

in http://www.reflexoes.diarias.nom.br (com adaptações)

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publicado às 03:55

MESMO ASSIM

por Zulmiro Sarmento, em 31.10.11

Se você tem sucesso em suas realizações,
ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tenha sucesso MESMO ASSIM.

O bem que você faz será esquecido amanhã.
Faça o bem MESMO ASSIM.

A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto MESMO ASSIM.

Aquilo que você levou anos para construir,
pode ser destruído de um dia para o outro.
Construa MESMO ASSIM.

Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda,
mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.
Ajude-os MESMO ASSIM.

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo,
você corre o risco de se machucar.
Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.

Madre Teresa de Calcutá

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publicado às 03:38

Depende de ti

por Zulmiro Sarmento, em 03.09.11

 

Esta manhã, ao acordar,
desejei ter um bom dia. Meditei e vi que isso dependeria muito de mim.

Hoje posso queixar-me porque
está um dia de chuva, ou posso dar graças a Deus porque as plantas são regadas
grátis.

Hoje posso sentir-me triste porque
o dinheiro é pouco, ou simplesmente fazer só os gastos necessários.

Hoje posso queixar-me da minha
dor de cabeça, ou louvar a Deus porque ainda me mantém em vida.

Hoje posso chorar porque as
rosas têm espinhos, ou alegrar-me porque os espinhos têm rosas.

Hoje posso queixar-me porque
tenho de trabalhar, ou alegrar-me porque tenho emprego.

Hoje posso olhar para as
pessoas como objectos, ou respeitar a sua dignidade humana e divina.

Hoje posso ser um pessimista
que vê tudo negro, ou ser um optimista que vê o lado positivo da vida.

Hoje posso ser um gerador de
conflitos com toda a gente, ou optar por ser um construtor de paz e amor.

Hoje posso nada fazer pela
felicidade dos outros, ou praticar uma ou mais boas acções.

Hoje posso viver como se Deus
não existisse, ou viver com os pés na terra e o pensamento em Deus.

Cada dia que nasce
apresenta-se como uma página em branco. Ser um dia mau ou bom, isso dependerá
de mim. E também depende de ti!

 

Pedrosa Ferreira

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publicado às 00:54

Por falar em pedras...

por Zulmiro Sarmento, em 21.06.11


...lembrei-me agora daquele poema lindíssimo de Fernando Pessoa que não resisto a enviar novamente (e devia ser lido todos os dias... e em voz alta, para o "ouvirmos" melhor!):

 

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

(Fernando Pessoa)

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publicado às 03:19

Nunca...

por Zulmiro Sarmento, em 20.06.11

Nunca desvalorizes ninguém...
Guarda cada pessoa perto do teu coração...
Porque um dia podes acordar...
E perceber que perdeste um diamante....
Enquanto estavas muito ocupado(a) coleccionando pedras.

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publicado às 01:15

Frases célebres

por Zulmiro Sarmento, em 25.02.11
Na ausência de justiça, o que é a soberania senão o roubo organizado?
Santo Agostinho

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publicado às 06:24

Uma questão de aproximação

por Zulmiro Sarmento, em 03.02.11

O tamanho das estátuas diminui quando nos afastamos delas; o dos homens, quando nos aproximamos deles.

 

A. Karr

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publicado às 10:39

Uma boa reflexão

por Zulmiro Sarmento, em 24.01.11

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publicado às 05:41

Aprofundar...

por Zulmiro Sarmento, em 23.12.10

Em tempo de Natal tentemos aprofundar aquilo que somos mais do que satisfazer aquilo que desejamos.

Sílvio Couto

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publicado às 06:54


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