Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

VALE A PENA VIVER (e morrer) ASSIM

por Zulmiro Sarmento, em 25.03.15
 
1. Há vidas que sabem a morte. Há mortes que sabem a vida.

 

Faz hoje, dia 24 de Março, 35 anos que D. Óscar Romero, Arcebispo de S. Salvador, foi assassinado.

 

A morte foi arrebatá-lo no meio da Missa e no auge da missão. A Missa celebra a entrega de Cristo pela humanidade. A missão de Óscar Romero foi uma entrega, em Cristo, para que a humanidade dos mais pobres fosse respeitada.

 

Ninguém o aconselhava a ser assim. Aliás, todos lhe recomendavam que não fosse assim. Era mais normal. Mais cómodo. Mais tranquilo. Provocaria menos ondas e muito menos danos.

 

Ninguém obrigou D. Óscar Romero a fazer o que fez. Ele é que se sentiu obrigado a proceder como procedeu.

 

 

2. Eis o modelo de um cristão (e, a fortiori, de um bispo) cuja actualidade não pára de crescer. A muitos títulos, é um exemplo para todos. Permitia-me destacar apenas três características que avultam da sua trajectória.

 

Foi Óscar Romero, em primeiro lugar, um homem de profunda espiritualidade. A sua acção era o corolário da sua oração. Foi junto de Deus que sentiu o alento, o estímulo e o apoio para anunciar a verdade e denunciar as injustiças.

 

Afirmou-se, em segundo lugar, como alguém estruturalmente independente em relação ao poder. Esta liberdade, que escorre no Evangelho, não o inibia de conviver com os poderosos, mas fazia-o sem subserviências.

 

Como os apóstolos da primeira hora, não calava o que via e ouvia (cf. Act 4, 20). Alinhado foi só com a sua consciência, jamais com interesses.

 

Finalmente, recusou ser neutral, ainda que à custa da própria vida. Foi a voz dos sem voz, o eco dos espezinhados e amordaçados. Envolveu-se. Empenhou-se. Não recuou nem perante as ameaças. Não pensou no que outros podiam pensar. Não andou às curvas, mas em linha recta. Não trazia máscaras. Foi autêntico. Foi firme. Foi ele. Foi Cristo nele.

 

 

3. Óscar Romero conseguiu ver Deus no lugar onde Deus Se encontra: no ser humano, particularmente nos mais desfavorecidos.

 

Profundamente espiritual, votou a sua vida a Deus e devotou o seu sangue pelo próximo. Porque era Homem de Deus, tornou-se um Homem para os homens: um Homo Dei é sempre um Homo homnibus.

 

A sua palavra interpela-nos ainda hoje quando nos diz que «temos cristãos de missas dominicais e de semanas injustas».

 

Não vacila nos princípios:«Jamais pregamos a violência. Só a violência do amor, a que deixou Cristo cravado numa cruz, assume cada um para vencer os seus egoísmos e para que não haja desigualdades tão cruéis entre nós.É a violência do amor, a da fraternidade, que converte as armas em foices para o trabalho».

 

 

 

4. A Igreja e o mundo precisam de pastores assim: cheios de Deus, cheios de amor, cheios de humanidade. Capazes de amar até ao fim. Capazes de perdurar para lá do fim.

 

D. Óscar foi morto por causa da sua verticalidade. Recebeu ameaças sucessivas para que se calasse. Não se calou. Humilde, considerava não ser digno da «graça do martírio».

 

Mas as balas surgiram e irromperam, cruéis, pela Igreja em que oficiava.D. Óscar Romero levou a Eucaristia à vida e à morte.Foi alguém que leu o Evangelho nos livros e o reescreveu na (sua) existência.

 

Morreu com um tiro no coração. Porque era o seu coração que mais incomodava.

Curiosamente é no coração das pessoas que D. Óscar subsiste.E é no coração de Deus que D. Óscar se mantém vivo e vivificante.

 

Vale a pena viver assim. Vale a pena morrer assim. Tanto mais que quem assim morre nunca se ausenta. Permanece para sempre!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:52

INTEIRAMENTE ESMOLER

por Zulmiro Sarmento, em 23.01.15
 

S. João Esmoler nasceu em Chipre, foi funcionário do imperador, enviuvou e veio a ser patriarca de Alexandria por volta de 610. Espantou toda a gente com uma pergunta que fez à chegada: «Quantos são aqui os meus senhores?»

Como ninguém percebeu o alcance, ele descodificou: «Quero saber quantos pobres temos. Eles são os meus senhores, pois representam na terra Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Mt 25, 34-46). Dependerá deles que eu venha a entrar no Seu reino».

Fizeram o apuramento. Havia 7500 pobres, que ficaram a receber, todos os dias, uma boa esmola. É claro que as críticas não demoraram. Que havia alguns que não eram pobres, antes mandriões.

Réplica do bispo: «Se não fôsseis não curiosos, não o saberíeis. Curai-vos da vossa intriga e curiosidade e deixai-me em paz. Prefiro ser enganado dez vezes a violar, uma vez que seja, a lei do amor».

Diz a história que o cofre nunca se esvaziou. A quem lhe agradecia ele respondia: «Agradece-me só quando eu derramar o meu sangue por ti; até lá, agradeçamos, os dois juntos, a Nosso Senhor Jesus Cristo».

Ninguém tinha coragem de lhe negar nada. Só que alguns costumavam sair, furtivamente, da igreja antes do fim da Santa Missa.

Sucede que o bispo saía também e, de báculo na mão, juntava-se a eles cá fora e intimava-os: «Meus filhos, um pastor deve estar com o seu rebanho; por isso, venho ter convosco. Mas não posso ficar aqui e não me posso cortar em dois; que iria ser das minhas ovelhas que estão lá dentro?» Desde então, toda a gente esperava pelo fim da Santa Missa para sair.
Que nobre exemplo de pastor, de pai. Muito mais tarde, também Bossuet repetia: «Nossos senhores, os pobres».

O pobre é sempre uma surpreendente aparição de Deus.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:09

Era lhes dar cabo da raça...

por Zulmiro Sarmento, em 11.11.14

 PAVOR NO VATICANO

 

 

images (9).jpg(Este cardealzinho é um lobo vestido de cordeiro. Passa a vida a morder as canelas de Francisco. E a fazer exactamente o contrário daquilo que Francisco pede. E ainda diz que há "desorientação " na Igreja. Quem a provoca mais que ele?!)

 

 

Agora vem à luz que "talvez" foi de fato o assassinato de João Paulo I, já que iam fazer o mesmo com Bento XVI, que por isso renunciou, e confidenciou ao Papa Francisco que não seria a PRIMEIRA VEZ.

A conservadora "máfia" vaticana tentará bloquear as mudanças que o Papa Francisco quer fazer. Oxalá, ele consiga realizá-las! A situação atual não é melhor do que a de, quando reinava o Papa Rodrigo Borgia, aliás Alejandro VI. Há muitos interesses. Comentários que circulam entre a comunidade de inteligência em Roma, na Itália, indicam que setores radicais conservadores da Igreja Católica Romana começaram fazendo duras críticas e ataques ferozes contra o Papa Francisco, através dos meios de comunicação, web sites e redes sociais por sua atitude reformista. Entre os argumentos de ataque dos radicais conservadores católicos, estão:

 

       *1. O Papa Francisco rompeu com a tradição e violou o rito vaticano ao realizar o lava-pés da Quinta-feira Santa fora dos muros vaticanos, na prisão de menores "Casa de mármore", em Roma, incluindo dois muçulmanos e duas mulheres não católicas. Este é um fato inédito na história e tradição dos rígidos rituais da Igreja Romana. O ritualismo vaticano da Igreja Romana sempre, por séculos, desde a sua fundação, havia marginalizado e não levado em conta a mulher nesses rituais.

 

        *2. Os conservadores olhavam com horror o "sacrilégio" do sorridente Papa Francisco, a quem chamavam ironicamente de "Papa Adulador", expressão depreciativa que se refere a alguém que sorri sempre e se dá bem com todo mundo.

 

       *3. A recusa do Papa Francisco em morar no apartamento papal no palácio vaticano, decidindo, para a sua segurança pessoal, morar na residência Santa Marta, o hotel 4 estrelas do Vaticano, onde há muitas pessoas, e assim evitar o isolamento que rodeia o Papa ao morar no palácio Vaticano. O Papa Francisco quer estar ciente do que acontece ao seu redor e fora dos muros vaticanos. No apartamento papal estaria guardado e vigiado, de certa forma, controlado e mediatizado e, o mais essencial desinformado e à mercê das "hienas vaticanas" que já planejam tirá-lo do meio.

 

       *4. No encontro de almoço com Bento XVI no Castelo Gandolfo, este confiou ao Papa Francisco, que uma das causas que influenciaram em sua renúncia foram as ameaças que recebeu e por receio de ser envenenado, pois já haviam tomado a decisão de matá-lo, pelo que Bento XVI, em uma jogada para neutralizar esse atentado contra a sua vida, torna pública a sua renúncia com a qual desarmou a tentativa do crime. (como aconteceu com João Paulo I, segundo dizem)

 

       *5. O alto poder fixado na cúpula vaticana está totalmente oposta aos planos do Papa Francisco de reformar, eliminar, modificar a pompa, o ritualismo, o luxo e ostentação da Igreja Católica Romana. (Francisco tem um desejo e pensamento secreto que é o de

permitir que a mulher possa ter acesso ao sacerdócio católico, o que teria um efeito

tipo terramoto no meio dos que usam batina).

 

       *6. A Cúria Romana e os grupos de poder repudiam que o Papa Francisco tenha feito um chamado público à Igreja Católica ao estreitar o diálogo e as relações com o Islão. Acusam-no de ser um relativista teológico.

 

       *7. O Papa Francisco marginalizou os mais altos cargos vaticanos no ato e na cerimônia do lava-pés da Quinta-Feira Santa.

 

       *8. Acusam o Papa Francisco de ignorar as regras e normas da Igreja Católica Romana, já que , como Papa, está atuando sem consultar, nem pedir permissão a ninguém para fazer exceções sobre a forma com que as regras eclesiásticas se relacionam com ele.

 

       *9. A organização Opus Dei "Obra de Deus" proibiu (censurou) todas as suas livrarias "Troa", quanto à venda do primeiro livro sobre o novo Papa Francisco.

 

       *10. A Promotoria Romana Anticorrupção fez importante confisco de centenas de caixas de documentos que comprometem e vinculam as finanças vaticanas e a importantes personagens com a "máfia" italiana e gigantescas operações de lavagem de capitais e desvio de fundos vaticanos em um complicado mecanismo para desaparecer dinheiro. Este escândalo será o "Sansão" que derrubará as colunas que sustentam a Capela Sistina e todos os edifícios da pomposa e luxuosa estrutura vaticana.

 

       *11. Tanto o "Opus Dei", a "Maçonaria Iluminati ", importantes e influentes setores bancários, econômicos, setores mafiosos italianos, os próprios Cardeais que formam a "máfia e o poder vaticano", sentem-se em iminente perigo pelo confisco destas caixas de documentos supremamente comprometedores por parte da Promotoria Romana Anticorrupção e por parte do Papa Francisco que tem toda a intenção de sanear e controlar as finanças vaticanas e todos os negócios e investimentos deste multimilionário Estado religioso.

 

       *12. Outra das situações que deixaram extremamente enojados e furiosos estes grupos que sempre foram o poder por trás do poder, é que o Papa Francisco não está de acordo em que delinquentes com batina vivam em terreno vaticano, refugiados, escondidos, evadidos de enfrentar a lei.  Por enquanto enviou instruções para todo aquele com contas pendentes com processos ou acusações penais, saiam do solo Vaticano, já que em seu pontificado, o Vaticano não será santuário de infratores da lei. Imaginamos o que vem! Deus o proteja dos lobos que em grande número já começam a rodeá-lo para caçá-lo.

       *13.É muito importante reenviar esta mensagem à maior quantidade de contatos e que as pessoas saibam, se inteirem, TEMOS UM PAPA QUE IMPÕE A SUA AUTORIDADE, vamos ajudá-lo e apoiá-lo, compartilhando esta mensagem para que todos saibam o que está se passando.*

 

Pelusa Cestari

Um abraço a todos

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:05

Umas das figuras mais extraordinárias da Igreja pós Concílio Vaticano II

por Zulmiro Sarmento, em 26.08.14

A 26 de Agosto de 1978 foi eleito o Cardeal Albino Luciani, Patriarca de Veneza, que adoptaria o nome de João Paulo I.

Assinala-se hoje o 36º encerramento do conclave que durou apenas 26 horas e que elegia o sucessor de Paulo VI.

Abria-se um dos pontificados mais breves da história da Igreja: apenas 33 dias. João Paulo I viria a falecer no dia 28 de Setembro.

«Humilitas» foi o lema do Papa João Paulo I como Bispo. Humildade é, de facto, a vértebra dos homens verdadeiramente grandes, dos que abdicam de si para se entregarem a Deus e ao próximo.

O pontificado terá sido breve, mas a sua herança não deixará de ser longa. Todos nós, membros da Igreja, precisamos de muita humildade.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:44

Ai as religiões como fonte de discórdia!...

por Zulmiro Sarmento, em 25.08.14

Miss Líbano e atriz: Jesus Cristo é a minha vida, sou cristã

"Eu respeito o islã e a fé em Deus, mas a minha religião é o cristianismo", afirmou Nadin

© Jarastv
Nadine Nassib Najim, atriz libanesa que foi Miss Líbano em 2004, surpreendeu todos com sua resposta a vários fãs no Twitter, em um tuíte no qual respondia se era muçulmana ou cristã. Ela escreveu como resposta: "A religião é a minha esperança! Cristo é a minha vida e minha única religião é o cristianismo. Respeito o islã".
 
A atriz denuncia que se sente pressionada por pessoas que querem que ela renuncie à sua religião e abrace o islã: "Eu gostaria de parassem de me perguntar se sou cristã ou muçulmana! Espero que todos orem por mim, para que Deus me guie. Mas não quero ser muçulmana, estou orgulhosa de ser cristã".
 
A jovem mulher, hoje com 30 anos, é modelo desde os 16 e atriz de seriados em seu país desde 2008. Já fez dois filmes e recebeu diversos prêmios pelo seu talento.
sources: Aleteia

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:30

Cónego António Pereira Rego – um bosquejo imperfeito

por Zulmiro Sarmento, em 06.12.11

Roberto Carneiro

Açoriano

Ilhéu de gema. Nascido há 70 anos em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, Açores. Mantém intactas as raízes atlânticas que ele tanto ama. Identifica-se com a força lávica das terras arquipelágicas, convive com os mistérios das fajãs, olha fixamente o sagrado Pico, contempla o mar mais intensamente azul que é dado ver, revê-se na omnipresença do Divino Espírito Santo, cultiva a fé do Senhor Santo Cristo no Convento de Nossa Senhora da Esperança. Açoriano genuíno guarda de Quental a universalidade do poema e de Nemésio a arguta observação do bicho humano.

A vida de António Rego cheira a maresia.

 

 

Pastor

Ordenado sacerdote em 1964, após estudos de Filosofia e Teologia no Seminário de Angra do Heroísmo, resiste heroicamente à crise vocacional pós-conciliar e aos dramas interiores de um espírito inquieto no serviço às grandes causas de humanidade. Fixa-se na paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Angra onde desenvolve notáveis tertúlias junto dos jovens que têm o privilégio de com ele partilhar as infindáveis discussões sobre o Kairos e o Cronos. Apesar da sua intensa atividade noutras esferas de intervenção sócio-cultural, e de um notável percurso de densificação intelectual, não esquece nunca que é, em essência, Padre e Pastor ao serviço dos outros. Por isso, cultiva uma constante relação de proximidade com a ação pastoral e paroquial. A sua dedicação à cidade dos homens é o seu leitmotiv.

A vida de António Rego tem o perfume de Deus.

 

Esteta

Conviver com ele é sinónimo de participar numa fascinante aventura estética. António Rego acredita convictamente num Deus da beleza. “Sei que Deus é mais estético que ético” afirma António Rego, numa sentença que, muito embora arrojada, sintetiza em coerência uma crença profunda. Nele cada ideia é uma catedral, cada palavra um poema, cada imagem um fresco, cada artigo uma sinfonia.

A vida de António Rego vem cinzelada com sentido artístico.

 

Cultura

Homem culto que cultiva o significado profundo das coisas. Desde cedo compreende que cultura e fé encerram uma chave transcendente e subtil da existência do mundo e do próprio ser. Mergulha na cidade dos homens em busca de sinais de divino, aqueles que ajudam a descortinar o sentido final da existência. Com o seu olhar crítico descobre verdades onde proliferam as mentiras e denuncia falsidades revestidas de verdades.

A vida de António Rego é um hino de celebração cultural.

 

Comunicador

António Rego é a incarnação do Espírito que comunica sem cessar. Inicia a paixão pela rádio com Hoje é Domingo, programa bandeira do Rádio Club de Angra nos anos 60, prossegue a experiência radiofónica na Rádio Renascença onde desenvolve uma mal compreendida missão de sacrifício nos anos difíceis da Revolução dos Cravos. Lança-se na escrita na União (Angra do Heroísmo) e marca décadas com os seus inconfundíveis artigos na Ecclesia, no Diário de Notícias, na Revista Atos, e noutros órgãos de comunicação que dão origem a três livros de antologia. Mas é na televisão que António Rego encontra a criatividade total na combinação de palavra e imagem, de razão e a emoção, de realismo e figurativo, de reportagem e de notícia: na RTP e na TVI, no programa religioso e na transmissão de grandes eventos de Igreja, na redação e na direção de informação, António Rego deixa a sua marca de qualidade e de originalidade nos mais de 1500 programas de TV em que deixou a sua “assinatura”.

A vida de António Rego é sinal inequívoco da força do Verbo.

 

Docência

Professor universitário nas suas áreas de especialidade – comunicação social e realização televisiva – conquista centenas de alunos e discípulos para a arte de comunicar com elegância em géneros e linguagens variadas. É exímio a combinar a teoria e a prática, fazendo de uma carreira de realizações desde o 70X7 ao 8º Dia o livro aberto de ensino e de estudo disponível para os alunos. A todos cativa com a sua humilde excelência e a sua qualidade na simplicidade.

A vida de António Rego contém a magia do mestre que dá sem procurar receber.

 

Serviço

A ter de encontrar uma palavra que caracterizasse um homem de invulgar envergadura moral ela seria SERVIÇO. O sentido do serviço é uma constante nas suas opções de fundo e na sua dedicação à Igreja. Como Diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais ou como primeiro Diretor de Informação da TVI, assim como Representante da Igreja Católica na Comissão do Tempo de Emissão das Confissões Religiosas ou como Consultor do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, a sua permanente disponibilidade constitui um traço dominante de personalidade.

A vida de António Rego encerra uma generosa lição de serviço eclesial.

****

Erik Erikson, notável psicanalista que influenciou todo o século XX, legou-nos uma teoria densa sobre as etapas da vida humana. Na sua 8ª e última etapa (mais de 65 anos), Erikson fala-nos da felicidade que resulta de poder olhar para trás e encontrar uma vida plena de sentido e de contribuição para os avanços da sociedade e dos concidadãos: é o que ele designa pelo sentimento de integridade. A força da etapa última de uma vida bem vivida, e íntegra, decorre da sabedoria destilada de uma experiência refletida de anos sucessivos de dramas e alegrias, a qual permite discernir o essencial do acessório, o transcendente do humano, o permanente do transiente.

António Rego, Cónego, Padre, Comunicador, Professor, Pastor, Esteta e Príncipe da Cultura, bem pode repousar um olhar tranquilo sobre a obra de uma vida íntegra e saborear os muitos anos de vida ativa que lhe auguramos com aquela invejável sabedoria de quem se senta na cadeira de baloiço no alpendre e aguarda serenamente o porvir.

Dou Graças a Deus pelo Dom que é António Rego para todos os que tiveram a felicidade de fruir da poesia que misteriosamente coloca em tudo o que faz e pelo Sacramento que ele representa para os que buscam refrigério nas suas atribulações.

Dom e Sacramento sem iguais, cuja explicação talvez resida na alma de açoriano impenitente que nele habita, a qual, na imensidão do oceano circundante, vislumbra horizontes de eternidade e abraça os homens com um coração do tamanho do mundo.

Roberto Carneiro, professor universitário

AGÊNCIA ECCLESIA

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:07

O PAPA JOÃO E O II CONCÍLIO DO VATICANO! ENFIM... QUASE TUDO SE FOI!...

por Zulmiro Sarmento, em 11.10.11

Senhor, faz hoje 49 anos que o Beato João XXIII declarou a abertura do II Concílio do Vaticano: Papa e Concílio, dois dos melhores presentes que ofereceste à humanidade no século XX. Dá-nos, Senhor, a sabedoria do Concílio e o coração do «Papa bom», que hoje a liturgia comemora.

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:51

Testemunhos e mais testemunhos... de jovens

por Zulmiro Sarmento, em 29.06.11
Em 2008, um grupo de jovens da Espanha iniciou uma nova tradição: a cada ano durante o mês de maio, edita um pequeno vídeo intitulado"Sentimentos de Maio". O objetivo é incentivar as pessoas a rezar o rosário. Este ano, o tema gira em torno de dar graças a João Paulo II, que foi beatificado em 01 de maio, o primeiro dia do mês dedicado a Nossa Senhora.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 04:00

Ordenação das mulheres só quando «Deus quiser»

por Zulmiro Sarmento, em 25.06.11

«Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental», diz D. José Policarpo

O cardeal-patriarca considera que a ordenação sacerdotal das mulheres vai acontecer quando “Deus quiser” e que, até lá, é preferível não tocar no assunto, mesmo sabendo que os impedimentos desta opção são mais tradicionais do que teológicos.

“Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental”, afirma D. José Policarpo em entrevista publicada na mais recente edição do boletim da Ordem dos Advogados, datada de maio, acrescentando que a tradição da Igreja tem tido a última palavra: “Nunca foi de outra maneira”.

O prelado está convencido que “não há neste momento nenhum Papa” com poder para alterar essa prática e que é preferível não discutir o assunto: “No momento que estamos a viver, é um daqueles problemas que é melhor nem levantar… suscita uma série de reações”.

A mudança nesta tradição ocorrerá “se Deus quiser que aconteça e se estiver nos planos Dele acontecerá”, diz José Policarpo.

Fonte: Agência Ecclesia

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 03:22

O milagre de Madre Clara a Georgina Troncoso

por Zulmiro Sarmento, em 21.05.11

A miraculada relata os 34 anos de sofrimento com o pioderma gangrenoso

LFS/Ecclesia | Georgina Monteagudo

Lisboa, 18 mai 2011 (Ecclesia) – A miraculada Georgina Troncoso Monteagudo, natural de Bayona (Espanha) contou hoje aos jornalistas que viveu “34 anos com um pioderma gangrenoso” e que através de um “milagre de Madre Clara” este desapareceu.

Na conferência de imprensa realizada na sede geral da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC) para apresentar a beatificação de Madre Clara – será beatificada a 21 de maio, no estádio do Restelo (Lisboa) - relatou que foi curada pela intercessão da futura beata a 12 de novembro de 2003.

Dado que a chaga também cobria parte do cotovelo, ficou sem flexibilidade e o braço imobilizado, preso ao peito e a ferida, de “bordos violáceos, exalava odor desagradável e aparecia em carne viva” – lê-se no dossier de imprensa.

Depois de consultar vários médicos, a espanhola nunca desanimou e teve “sempre esperança”, visto que “colocava uma estampa da mãe Clara” entre as ligaduras que cobriam a ferida – referiu.

No dia 12 de novembro, ao retirar as ligaduras viu que a chaga “estava completamente coberta de pele rósea, como de menino, e totalmente fechada” – salientou.

Ao chamar as suas irmãs e, mostrando o braço, exclamou: “olhem, o braço está curado. Já não há que fazer curativo. Foi a Madre Clara” – relatou de forma emocionada.

Nascida a 7 de setembro de 1927, a miraculada conheceu a irmã Maria Clara pelo ano de 1965, através das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Este foi o milagre escolhido para o processo de beatificação de Madre Clara, mas existem “inúmeros relatos” de graças recebidas – disse a irmã Maria da Conceição Galvão Ribeiro, superiora geral da CONFHIC.

Ao fazer referência a alguns casos, a responsável realça que “existem curas incríveis: do físico e também espirituais”.

A futura beata Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.

A religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação, pelo que abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S. Patrício - Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.

A «mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.

LFS

ECCLESIA

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 02:07


formar e informar

Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Maio 2017

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031



Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2012
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2011
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2010
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2009
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2008
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2007
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D