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O silêncio nos funerais...

por Zulmiro Sarmento, em 30.09.14

O burro do Alfredo

O burro do Alfredo é o vizinho mais próximo do cemitério. É ele que, do seu posto de trabalho, vela cada campa. É um burro sossegado, mas atento. Não se dá por ele a não ser nos funerais ou nos finados. Chegados ao cemitério, findo o canto fúnebre, o burro do Alfredo continua a salmodia na sua língua materna. É difícil manter a compostura e guardar a seriedade. O seu dono é o primeiro a desfazer-se em prantos de gargalhada contida. Já o avisei para que guarde o animal a sete chaves quando há funeral, mas o Alfredo esquece-se. É que ninguém consegue ficar-lhe indiferente numa cerimónia que exige tanto recato. Foi quando o Alfredo me contou que em tempos o padre que eu substituíra, para dar início ao ritual das exéquias e efectuar a despedida do defunto no cemitério, dado que os presentes faziam barulho inapropriado, pediu, alto e bom som, que se fizesse silêncio a fim de ele prosseguir a oração com a devida dignidade. As pessoas aceitaram o pedido e calaram-se. Nisto, o burro do Alfredo, quase em tom de gozo com o padre, abre as goelas e esboça um zurro do nunca visto. Sorriram as pessoas e conformou-se o padre, dizendo. Bem, a este não posso eu mandar calar.

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publicado às 11:50

Muito religiosas. Pouco cristãs. Ao que se chegou!!...

por Zulmiro Sarmento, em 29.09.14

Conversas com uma senhora muito religiosa

Conversa pouco fiada entre duas pessoas adultas. Um padre e uma senhora. Senhor padre, eu sou uma pessoa muito religiosa, diz ela. O padre pensa nas freiras em quem se costuma pensar quando se fala em religiosas, mas não deixa o seu pensamento sair para fora. Aproveita o ocaso da situação para explicar Olhe que é melhor dizer que somos pessoa de fé do que dizermos que somos religiosos. Ser religioso é viver de religiosidades. Ter fé é viver Deus. A senhora acenou que compreendera e emendou. Sou uma pessoa com uma fé tremenda. Sabe, padre, eu já fui cinco vezes a Fátima. Não vou muitas vezes à missa, mas Nossa Senhora de Fátima ajuda-me sempre que preciso. O padre teve outro pensamento errático. A senhora pensa na Senhora quando precisa, mas tem muita fé. A fé dos que têm fé quando precisam. O tal padre deve ter feito uma cara estranha porque a senhora insistiu que tinha uma fé enorme em Nossa Senhora. O padre perguntou se não tinha fé em Deus e a senhora falou que claro, mas ia poucas vezes à missa. O padre concluiu que para a senhora a fé estava em cinco vezes que foi a Fátima e não nas cinco vezes que fora à missa. O padre perguntou-lhe quanto gostava de Deus, ela disse que muito, mas que gostava mais de Nossa Senhora. O padre achou que o Senhor Deus não se deve importar com isso, porque Ele também gosta muito da Sua mãe. O padre e a senhora falaram muito mais e acho que a senhora no final estava mais esclarecida. Na realidade, ela era mais uma pessoa religiosa que uma pessoa de fé. Mas não vem mal ao mundo. Acho que Deus sabe esperar.

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publicado às 13:08

Não há palavra obscena capaz de me acalmar perante esta multa... Que malvadez de denúncia; que denúncia mais parva!!

por Zulmiro Sarmento, em 02.12.11
Bento XVI processado por não usar cinto no papamóvel (Renascença)

Alemanha

Bento XVI processado por não usar cinto no papamóvel (Renascença)

Bento XVI vai ser processado, na Alemanha, por não ter usado cinto de segurança no seu papamóvel, quando visitou o país, em setembro. Multa pode chegar aos 2.500 euros, mas imunidade diplomática deve levar ao arquivamento do caso.

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publicado às 05:12

Qualquer crítica ao judaísmo é tida como violência e intolerância, mas os Judeus tem carta branca para ridicularizar a Igreja Católica. Uns pândegos aqueles...

por Zulmiro Sarmento, em 30.11.11
O programa Toffee-VeHa-Gorillah mostra um macaco de pelúcia sendo crucificado.

Leia  a transcrição do diálogo


(...) O programa de televisão israelense “Tonight wih Lior Shlein” também ficou conhecido por suas piadas contra os cristãos, em 2009. Lior Shlein, o apresentador do programa fez pesadas piadas em relação a Jesus: “Cristãos dizem que Jesus andou sobre as águas do Lago de Tiberíades. Mas isso não é verdade! Jesus era tão gordo que tinha vergonha de sair de casa, por isso não podia ir para o lago com roupas de banho… Os cristãos dizem que Jesus era magro, mas estas fotos são falsas. A verdade é que Jesus era gordo desde os três anos. Era um peso-pesado. Ele devia ser enorme, isso se chegou aos 40. Não creio no que diz a igreja cristã!”.



Em um outro episódio do programa, Shlein voltou ao assunto, com piadas sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus: “Sempre negamos algo que a igreja cristã diz a você. Lembram que já negamos que Jesus andou sobre as águas? Veja esse novo clipe: os cristãos dizem que Maria, mãe de Jesus, era virgem. Mas isso não é verdade! Se Maria realmente fosse virgem, então ela não usaria brinquedos eróticos no show da noite com Flávio José! A verdade é que quando Maria tinha 15 anos, ficou grávida de um colega de classe e seus pais queriam colocá-la em um convento. Mas como Jesus não havia nascido ainda, não havia o cristianismo e portanto não havia conventos… então os pais de Maria a deixaram em um estádio de futebol, e Maria passou a noite com o time de futebol de Canaã! Não acredite na Igreja Cristã!”. (...)

E AINDA TEM CATÓLICOS QUE FICAM BAJULANDO ESTE POVO.


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publicado às 09:33

Prima...

por Zulmiro Sarmento, em 10.11.11

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publicado às 03:51

Tá tudo explicado. Pois tá. E mesmo assim, como diz fulana de tal, basta no 3º período começar...

por Zulmiro Sarmento, em 22.10.11

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publicado às 04:30

É mesmo verdade, mas quem deu e/ou aceitou este nome à localidade ficou com o juízo a ferver!...

por Zulmiro Sarmento, em 20.10.11
"Vá pra Puta que o Pariu!"
não vai ter mais problema, pois o lugar existe... e dá até para ir de "ônibus!"
Apanha o 307!
Fica na cidade de Bela Vista de Minas, em Minas Gerais.Bela Vista, uma pequena cidade cercada de mato no interior de Minas Gerais, (no Brasil é claro).Uma grande surpresa, um dos bairros tem o nome de Puta que Pariu!
O município de Bela Vista de Minas foi criado pela Lei nº 2764, de 30 de Dezembro de 1962, desmembrando do município de Nova Era, declarando naquele momento, às margens do Córrego do Onça a Independência de Bela Vista de Minas.A cidade é divida em 7 bairros: Bela Vista de Cima, Lages, Serrinha, Córrego Fundo, Favela, Boca das Cobras e... Puta que Pariu.
Podem pesquisar!É só digitar "Puta que pariu" no Google e confirmar, só no Brasil mesmo.
Imaginem o padre da paróquia dizer que vai celebrar uma missa na Puta que Pariu! Ou o Jornal nacional informar que o debate entre os candidatos ao governo de Minas será realizado na Puta que pariu.
Agora você já sabe...
Quando quiser mandar alguém para aquele lugar, é só dizer:
Apanha o 307!
Recebido por mail... Muito engraçado.

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publicado às 04:15

Coitadindo! E... coitadinhos!

por Zulmiro Sarmento, em 15.10.11

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publicado às 04:18

Ridiculamente... manipulados

por Zulmiro Sarmento, em 27.06.11

O recente ‘baptizado’ do filho de um futebolista e de mais duas crianças – muito falado e trazido à liça em maré de constituição do novo governo do país – e até pela participação indirecta no facto, trouxe-me à reflexão vários aspectos: o conceito mais correcto de paróquia, a conexão entre residentes e paroquianos, a exploração das crianças em iniciativas (sociais) dos adultos... e até a figuração das entidades religiosas nas prosápias de gente com dinheiro, mas sem cultura... cristã aceitável.
Explicando:
- Para que pudesse acontecer o baptizado do filho de Cristiano Ronaldo, de um sobrinho e de uma outra criança, tive de assinar – enquanto pároco da Moita, área onde reside a irmã da (dita) vedeta – os papéis de transferência para outro espaço territorial, embora dentro da mesma diocese (territorial), mas sob a jurisdição das Forças Armadas.
- Mesmo que à pressa os ‘papéis’ foram feitos, sem que tenha havido da parte da mãe da criança residente na área da paróquia, a mais pequena atenção ao gesto (meramente) administrativo... e nem sequer foi perguntado quanto era o custo pelo uso do carimbo adstrito ao documento de transferência.
- A data da ‘cerimónia’ já estava marcada – entre avanços e recuos, por entre conjecturas e suspeitas, para além de assédios noticiosos e de outra contra-informação – tendo em conta os interesses particulares e nada tinha sido tratado formalmente... embora já houvesse oficiante e até local definitivo... para tal evento de espavento, espanto e estupefacção.
Postos estes factos – alguns deles quase ridículos ou, pelo menos, risíveis – como que se pode (ou deve) perguntar pela significação religiosa e cristã do acontecimento, sobre as condições dos intépretes e suas funções, sobre a consciênca cristã de missão de pais/mães e (pretensos) padrinhos/madrinhas e até pela envolvência eclesial – anterior, actual e futura – da celebração deste sacramento fundante da iniciação cristã.

= Questões pela negativa... conhecidas
Ao ver aquele espectáculo televisivo na área da paróquia onde estou há menos de um ano, vinha-me à lembrança: e se não tivesse assinado aqueles papéis de faz-de-conta para a transferência destes baptismos, que seria dito publicamente, tanto sobre a Igreja como sobre o padre, que tal pretensão obstaculizassem? Sem me dar (totalmente) conta também contribui para aquela farsa... de exploração de três crianças e para que certos adultos se banqueteassem e exibissem nas televisões. Sem total consciência do mal feito, a fé foi sobposta ao serviço da manipulação dos interesses económicos e de imagem de gente endinheirada, mas culturalmente subsenvolvida.

= Questões de matéria pastoral... urgente
Diante deste jogo de promoção (quase) indecorosa, enquanto Igreja minimamente consciente da sua função neste mundo secularizado e laicista, creio que são de colocar alguns aspectos bem mais substanciais do que aquele espectáculo com algumas luzes e muitas sombras.
- Não está na hora de fazer cair o conceito de paróquia territorial adstrita à configuração civil e/ou social?
- Não seria preferível responsabilizar mais quem aceita as crianças ao baptismo do que que tem de assinar papéis sem que nada tenha a ver com as circunstâncias?
- Um novo conceito de paróquia não deveria exigir menos celebrações e mais compromissos...sejam eles de ordem pessoal, sejam no alcance familiar e, sobretudo, comunitário?

Com maior ou menor confusão – social e noticiosa – outros párocos terão questões idênticas ou ainda muito piores. No entanto, não nos deixemos afligir pela sonoridade de quem reclama, mas pouco conhece, pois a era da cristandade parecendo ter passado, deixando, no entanto, muitos resquícios e tiques, uns assumidos e outros mais ou menos tolerados!

António Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)

ECCLESIA

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publicado às 03:47

Como encher um pavilhão!!! Eles sabem-na toda...

por Zulmiro Sarmento, em 03.06.11

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publicado às 01:01


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