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Crise dos refugiados: a hipocrisia dos países árabes-islâmicos ricos

por Zulmiro Sarmento, em 07.09.15

A crise de refugiados que hoje enfrentamos é, de alguma forma, consequência da rebelião armada contra o governo de Assad.


1. A actual crise dos refugiados que fogem da guerra na Síria e de outros conflitos no Médio Oriente e Sul do Mediterrâneo (Iraque, Afeganistão, Líbia, etc.) tem provocado intermináveis discussões e profundas divisões entre os europeus.
O assunto é, sem dúvida, dos mais delicados que a União Europeia tem em mãos — mais até do que a crise da Zona Euro e da Grécia —, devido às possíveis consequências duradouras nas sociedades europeias. Nada indica que a dimensão da vaga de refugiados vá diminuir nos próximos tempos, pela persistência das guerras que as originam. Às vagas de refugiados acrescem os expressivos fluxos de migrantes à procura de melhores condições de vida, da Europa Balcânica (especialmente do Kosovo) e da África subsariana. Tendo em conta que, na crise actual, a principal origem dos refugiados é a Síria — e que estes são maioritariamente árabes e muçulmanos sunitas —, uma questão ocorre: por que razão não são os países árabes ricos do Médio Oriente o principal destino de acolhimento desses refugiados? (Ver a análise feita neste artigo da BBC de 2/9//2015, “Migrant crisis: Why Syrians do not flee to Gulf States”,http://www.bbc.com/news/world-middle-east-34132308.) A questão faz tanto mais sentido se pensarmos que a proximidade geográfica, linguística, cultural e religiosa é muito maior do que face a Estados europeus como a Alemanha, a Áustria, ou a Itália, por exemplo. (Poderá ser um contra-argumento que aquilo que atrai os refugiados para a Europa não é só a prosperidade material, mas também a democracia, a liberdade e a tolerância).Esta mesma interrogação foi colocada por um muçulmano britânico, Zahid Nawaz, numa carta dirigida ao Financial Times, publicada a 28/08/2015 sob o título “Hypocrisy of the Muslim Gulf countries” / Hipocrisia dos Países Muçulmanos do Golfo. Vale a pena reproduzir aqui alguns excertos. O autor começa por deplorar a tragédia humana em curso, mostrando a sua decepção pela atitude dos países muçulmanos ricos do golfo “[…] ver refugiados sírios, iraquianos, afegãos e sudaneses, quase todos muçulmanos, arriscarem as suas vidas tentando viajar para a Europa quando há, potencialmente, uma rota muito mais fácil para a Arábia Saudita e os Emiratos, é extremamente decepcionante.” Em seguida, faz notar a atitude de quase indiferença face aos refugiados, contrastivamente com a política de financiamento de grupos rebeldes na guerra da Síria e a riqueza que ostentam: “Esta falta de vontade de enfrentar o custo humano ocorre apesar do alegado financiamento significativo da rebelião na Síria, pelo Qatar, Arábia Saudita e Emiratos. Enquanto isso, o Qatar continua a gastar enormes quantias num Mundial de Futebol e o Dubai em infra-estruturas para uma Expo-Mundial.” Por último, termina notando o seguinte: “os muçulmanos são continuamente lembrados para tratar os outros muçulmanos como parte da umma [a comunidade dos crentes] um elemento constante no desenvolvimento do Islão. Mas quando se trata de fomentar, a longo prazo, uma acção sustentável para manter refugiados muçulmanos em países muçulmanos, a hipocrisia dos regimes locais da Arábia Saudita, Emiratos Árabes e Qatar é uma fonte de enorme decepção para mim e estou certo que para muitos outros muçulmanos.“
2. Se a Turquia (0,8 milhões), o Líbano (1,2 milhões) e a Jordânia (0,6 milhões) — Estados com fronteiras directas com a Síria — já receberam um número elevado de refugiados do conflito sírio, o mesmo não se pode dizer da Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Qatar, Kuwait, Omã e Bahrein. Todos estes Estado estão, em termos geográficos, relativamente próximos da Síria, embora sem fronteiras directas. Mas, mais importante do que isso, estão entre os mais ricos do mundo — mais até do que muitos dos países mais prósperos da União Europeia como veremos em seguida. Estão, certamente também, como já referimos, muito mais próximos em termos culturais, religiosos e linguísticos. Importa notar que estes são objectivamente factores que tendem a facilitar a integração nas sociedades de acolhimento. Um olhar para as estatísticas do Banco Mundial (2014) não deixa grandes dúvidas sobre a riqueza e meios materiais destes países para acolherem muitos dos refugiados. Olhando para o topo, para os primeiros vinte e cinco lugares do ranking mundial do PIB per capita — ou seja dos países mais ricos do mundo —, encontramos o seguinte quadro. Seis Estados árabe-islâmicos encontram-se nesse ranking, por esta ordem: em 1º lugar o Qatar (à frente dos países europeus mais ricos, como o Luxemburgo e a Noruega); em 4º lugar o Kuwait (à frente, da Noruega, frequentemente considerada o país com mais qualidade de vida); em 8º lugar os Emiratos Árabes Unidos (à frente da Suíça); em 11º lugar a Arábia Saudita (à frente de países europeus como a Holanda, Áustria, Suécia, Dinamarca ou Alemanha); em 17º lugar Omã (à frente da Suécia, Dinamarca e Alemanha); em 23º lugar o Bahrein (à frente da Bélgica, Finlândia, Reino Unido e França). Note-se ainda que, todos eles, à excepção de Omã, se encontram classificados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), na categoria mais elevada, o desenvolvimento humano muito elevado. No ranking do PIB, as estatísticas do Banco Mundial (2014) confirmam também o já mencionado. A Arábia Saudita 19º lugar (à frente, por exemplo, de economias como a Suíça, a Suécia, a Bélgica ou Áustria); os Emiratos Árabes Unidos em 30.º lugar (à frente da Dinamarca e Finlândia); o Qatar em 50.º, à frente da República Checa; o Kuwait, em 56.º lugar, à frente da Hungria, onde temos visto algumas das imagens mais desesperadas de refugiados em solo europeu.
José Pedro Teixeira Fernandes, aqui

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publicado às 14:48

Para os(as) ranhosos(as) que se julgam chiques por serem de esquerda...

por Zulmiro Sarmento, em 17.04.15

O silêncio da esquerda

 


 
Cardeal Óscar Rodriguez Maradiaga
(Foto: Manuel Meira, retirada do sítio Religionline)
Os cardeais mais próximos do Papa estão em sintonia na crítica ao sistema económico que rege o mundo. Na semana passada, em Roma, o cardeal Pietro Parolin, Secretario de Estado da Santa Sé, denunciava um sistema que está a dificultar o acesso ao crédito dos mais pobres. Esta semana, em Fafe, o cardeal Óscar Maradiaga, coordenador do grupo de nove purpurados que aconselham o Papa, afirmou que “temos um sistema que desenvolveu o liberalismo económico mas não traz igualdade, antes acrescenta desigualdade”. Criticou também a austeridade que, mesmo sendo uma “virtude cristã”, não ajudou os países intervencionados como se pretendia, mas gerou ainda mais pobreza.
 
Muitas dos políticos de esquerda reveem-se nestas e noutras críticas. Por diversas vezes já manifestaram o seu apoio às posições do Papa em matéria económica. Mas têm-no deixado a falar sozinho quando pede à “comunidade internacional que não fique muda” perante a matança de cristãos, como tem acontecido recentemente.
 
Lucia Annunziata, há dias, num blog italiano, censurava o silêncio da esquerda, que se tem mobilizado em tantas causas, mas não manifestou “a pena e o horror pela morte de tantos homens e mulheres por causa da sua fé”. (…) Fé que, aliás, é a da maioria do nosso país, e é também a matriz (querendo ou não) da história e da cultura do continente em que vivemos”.
 
Quem assim fala até pode suscitar a ideia de que é uma pessoa de direita e crente. Mas percebe-se, pelo teor do artigo, que não se situa nessa área política. Já quanto à crença, faz questão de dizer: “Não sou católica, nem sequer neo-convertida. Sou ateia e pretendo continuar a sê-lo (…) Sou, contudo, uma jornalista e creio que ainda consigo compreender o que é uma notícia. E a notícia destes dias é a solidão a que foi votado precisamente este popularíssimo Papa, que há meses é a única voz a denunciar os massacres de fiéis e atualmente é o único chefe de estado a apontar o dedo contra o imobilismo das Nações Ocidentais perante estas carnificinas. Na verdade, exatamente o contrário do que aconteceu em relação ao Charlie Hebdo”.
 
Também, entre nós, se nota algum pudor em condenar categoricamente o massacre dos cristãos. E dificilmente se vê um ateu a admitir e a valorizar a nossa matriz cultural cristã.

(Texto publicado no Correio da Manhã de 10/04/2015) e lido aqui

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publicado às 22:08

O orçamento para 2012

por Zulmiro Sarmento, em 19.10.11

O Orçamento de Estado para 2012 parece mau demais para ser verdade. O cenário económico que o suporta prefigura a pior recessão desde 1975, com uma queda no produto de 2.8% em 2012 após ter descido 1.9% este ano. O consumo das famílias deve cair uns impressionantes 4.8% no ano que vem, depois de se ter reduzido 3.5% em 2011, enquanto o investimento se encontra em queda livre (-10.6% em 2011 e -9,5% em 2012), tendo-se reduzido sempre desde 2001, excepto em 2007. O desemprego, que há dois anos está acima do seu máximo histórico, continuará a subir até 13.4%, atingindo quase 750 mil pessoas.

Em cima disto temos um rosário de medidas dolorosas. No lado fiscal o Governo, ao contrário de anos anteriores, preferiu não mexer nos valores das taxas dos grandes impostos. Em contrapartida altera uma miríade de escalões, deduções e isenções, multiplicando pequenas subidas de receita fiscal. Os aspectos mais marcantes são a alteração da estrutura das listas do IVA, subindo muitos bens das taxas reduzidas, e o alargamento da base tributável do IRS eliminando deduções.

Do lado da despesa avulta uma grande medida: o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas acima de certo nível de receita. Para além disso existem múltiplas reduções na Administração em esforços de racionalização.

Uma estratégia destas não é apresentada ligeiramente nem por engano. Trata-se de um violentíssimo esforço de ajustamento. Será justificado? Todos vivemos por cá nos últimos anos e seguimos a irresponsabilidade e incapacidade que nos trouxeram a esta situação. Fomos o último país a acordar para a necessidade de austeridade perante a crise internacional, após mais de um ano de despesas eleitoralistas em 2009. O resultado foi a maior subida do défice público da nossa história, de 3.5% do PIB em 2008 para 10.1% em 2009. Seguiu-se a repetida inoperância das medidas de ajustamento, simbolizada na sequência dos quatro PECs, que agravaram o défice para 11.4% em 2010, depois ajustado a 9.8% por medidas extraordinárias. Tudo terminou com o pedido de ajuda internacional, por ruptura de acesso ao crédito, em Abril deste ano.

Agora que perdemos a credibilidade externa, para mais no meio de grave crise europeia, a única alternativa à derrocada financeira é a tentativa séria e dura de ajustamento. É preciso mostrar um empenhamento irredutível que convença os credores do nosso compromisso na estabilização orçamental. Este é o ponto decisivo, que o Governo erigiu como prioridade absoluta. O ano de 2011 já tinha um limite definido de 5.9% do PIB para o défice, que não foi cumprido. Ou melhor, será atingido de novo com recurso a expedientes contabilísticos. O resvalar das despesas e receitas do Estado, com sucessivas surpresas desagradáveis bem conhecidas, conduziu o défice este ano a 7.7%. Perante a indispensabilidade de cumprir a imposição lançou-se mão de medidas extraordinárias que permitem atingir formalmente os desejados 5.9%. Mas, na ausência de mais truques no ano que vem, será dos reais 7.7% actuais que temos de descer em 2012 para chegar aos pretendidos 4.5% da meta desse ano.

Não será a cura pior que a doença? Não é este o caminho que a Grécia seguiu e que já se viu que falhou? Dizê-lo é admitir à partida a inevitabilidade da derrocada financeira. Podemos já assumir essa via, o que terá como consequência cortes imeditos ainda mais drásticos, face à perda consequente da ajuda externa, e sobretudo muito mais prolongados, pois demorará décadas até sermos readmiti-dos como país respeitável. A alternativa, em que aposta este Orçamento é que, ao contrário dos gregos, os portugueses consigam fazer os sacrifícios necessários para ainda cumprir os seus compromissos com os credores, mantendo-se como país honesto.

Decisiva é a forma como Portugal enfrentará o triste cenário. Se mergulhar em contestação como os gregos, não haverá solução senão falir. Se suportar os sacrifícios e procurar novas soluções vencerá a crise. Este é o grande desafio desta geração.

João César das Neves

AGÊNCIA ECCLESIA

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publicado às 03:23

Perigo das "redes sociais"

por Zulmiro Sarmento, em 26.03.11

 

 

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     FACEBOOK ...   ... O PERIGO.

 

     ESTOU SERIAMENTE A EQUACIONAR A HIPÓTESE DE DEIXAR DE UTILIZAR

    Um abraço a todos

    Lourdes Moura  

 

 

 Importantíssimo!
 

O perigo das redes sociais.
 

POR FAVOR, LEIA E REENVIE
A verdade do Facebook - Assustador!
     Infelizmente as coisas boas que uns fazem, outros aproveitam para fazer o mal.
     Esta semana na televisão houve reportagem todos os dias com Joaquín López Dóriga (jornalista mexicano) sobre o Facebook, o Hi5, Myspace, Sonico, Netlog, etc , e o perigo do seu uso. Vem uma reportagem diária no jornal MILENIO, sobre como os sequestradores têm como fonte de informação directa e confiável nos blogs do Facebook e do Hi5.
     Entrevistaram uns sequestradores que dizem que entram na rede e vêm os rostos,  a casa, os carros, as fotos de viagem e sabem o nível social e económico que têm os utilizadores. Na televisão, um deles declarou que antes investigavam muito para conhecer os candidatos a sequestros, mas que agora com o Facebook e a informação que pomos voluntariamente na rede, já não se enganam e nem têm que investigar onde vivem, que escola frequentam, para onde viajam, quem são os país, irmãos e amigos.
     Passou-se com Alejandro Marti, (jovem mexicano morto pelos seus sequestradores) que colocava tudo.  A familia acaba de fechar o seu blog depois de dar conta da quantidade de informação potencialmente perigosa que o jovem colocou com alegría e sem suspeitar que estava a ajudar a quem o matou.  Protejam os vossos filhos e protejam-se. Não coloquem informação íntima e pessoal na rede.

  A VERDADE SOBRE O 'FACEBOOK'

     O Facebook está  a vender a  informação dos seus usuários ao maior  espião.

     Cito textualmente: 'O que muitos usuários não sabem é que, de acordo com as condições do contrato que virtualmente assumem, ao fazer click no quadro "aceito", os usuários autorizam  e consentem ao Facebook  a    propriedade exclusiva e perpetua de toda a informação e imagens que   publicam.'

     Assim, ressalta o perito, os membros 'automaticamente autorizam ao  Facebook o uso vitalício e transferível,  junto com os direitos de  distribuição , de tudo o que colocam na sua página Web.' Os termos de uso  reserva ao Facebook o direito a conceder e sub-licenciar todo o "Conteúdo do  usuário" a outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários

convertem as suas fotografías em publicidade, tranformando um comércio  privado num pertence público.

     De repente tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas  fotografías pessoais, a sua tendencia política, o estado das suas relações   afectivas, interesses individuais e até a morada de casa, foi enviado sem  autorização expressa a milhares de usuários.

     Há que acreditar em Mr. Melber quando assegura que muitos   empregadores americanos ao avaliar os C.V., consultam o Facebook para   conhecer intimidades dos candidatos. A  prova de que uma página no Facebook   não é privada, evidenciou-se num conhecido caso da Universidade John Brown  que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que colocou no Facebook vestido de travesti.  Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou na Universidade de Oklahoma o estudante do segundo ano Saúl  Martínez, por um comentário que publicou contra o presidente.  E para   cúmulo, o assunto não termina quando os usuários cancelem a sua conta : as   suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reactivar a sua conta ; o usuário não é retirado, inclusivé, quando   morre. De acordo com as 'condições de uso,' os membros não podem obrigar que   o Facebook  retire os dados e imagens dos seus dados,  já que quando o   falecido aceitou o contrato virtual,  concedeu ao Facebook o direito de mantê-lo activo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado para permitir que outros usuários possam publicar e observar  comentários sobre o defunto.

     Saibam os usuários do Facebook que são participantes indefesos de um  cenário que os académicos qualificam como o caso de espionagem maior na  história da humanidade.  Convertem-se de forma inconsciente nos percursores  no fenómeno de 'Big Brother'.  Alusão directa à intromissão abusiva do   estado nos assuntos privados do cidadão comum para controlar o seu comportamento social,  tema de uma novela profundamente premonitória escrita en 1932  pelo britânico Aldous Huxley:  "Um Mundo Feliz"  ("1984")

POR FAVOR  REENVIE  AOS SEUS CONTACTOS - ISTO É IMPORTANTÍSSIMO E ACTUAL - A DESGRAÇA PODE APARECER SEM CONTARMOS.


 

  


 


 

 

 

 


    

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publicado às 05:35

Já não há pachorra para com este cidadão...

por Zulmiro Sarmento, em 16.03.11

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publicado às 06:14

IMPRESSIONANTE...

por Zulmiro Sarmento, em 31.01.11
 

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publicado às 06:20

ACHO QUE O MESMO DEVE SER PARA O «DANACOL»...

por Zulmiro Sarmento, em 18.10.10

 Tenho pena que isto não seja mais falado... há pessoas que não sabem
mesmo os problemas que podem arranjar com certas coisas que ingerem.


  Muito Importante !!!


Convém estarmos avisados de que...  Há interesses económicos que põem
e dispõem das nossas vidas a seu belo prazer e não param de nos
surpreender com as suas artimanhas!

PARA CONHECIMENTO:
ACTIMEL:
Importante!

O ACTIMEL fornece ao organismo uma bactéria chamada L.CASEI. Esta
substância é gerada normalmente por 98% dos organismos, mas quando é
administrada externamente por um tempo prolongado, o corpo deixa de a
fabricar e 'esquece- se' que deve fazê-lo e como fazê-lo, sobretudo em
 pessoas menores de 14 anos. Na realidade, surgiu como um medicamento
para essas poucas pessoas que não a fabricam, mas esse universo era
tão pequeno que o medicamento se tornou, não rentável; para o tornar
rentável, foi vendida a sua patente a empresas do sector alimentar.

A Secretaria Estado da Saúde (Espanha) obrigou a ACTIMEL (a
sereíssima) a indicar na sua publicidade que o produto não deve ser
consumido por um tempo prolongado; e cumpriram, no entanto de uma
forma tão subtil que nenhum consumidor o percebe ( p.ex. 'desafio
actimel: tome durante 14 dias').

Se uma mãe decide completar a dieta com ACTIMEL, não recebe nenhum
aviso sobre a sua inconveniência e não vê que pode estar a causar um
dano importante ao futuro dos seus filhos ou ao seu devido às
manipulações publicitarias da multinacional DANONE para incrementar os
seus benefícios, sem se importar com a saúde dos  consumidores.

Por favor, passe esta mensagem.

Ana Margarida Pereira Laboratório de Bioquímica e Bioenergética (3.31)
 Departamento de Química e Bioquímica (DQB)
 Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)
 Campus Gambelas
 Universidade do Algarve (UAlg)
 Faro, Portugal

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publicado às 06:38

O Teu 13º Mês Não Existe - FAZ AS CONTAS ( VERDADE OCULTA )

por Zulmiro Sarmento, em 16.10.10
 
 
Os ingleses pagam à semana e claro, administrativamente é uma seca! Mas ... diz-se que há sempre uma razão para as coisas! Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa. Que é esta que constroi mitos paternalistas e abençoados que a malta mais pobre, estupidamente atenta e obrigada, come sem pensar!
 
 

Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...

Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês.

Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
 
Perguntarão porquê.
 
Respondo: Porque o 13º mês não existe. 

O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista,
e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
 
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.

Suponhamos que você ganha € 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses,
você recebe um total de € 8.400,00 por um ano de doze meses.

€ 700*12 = € 8.400,00

Em Dezembro, o generoso patrão cristão manda então pagar-lhe o conhecido 13º mês.

€ 8.400,00 + 13º mês = € 9.100,00

€ 8.400,00 (Salário anual) + € 700,00 (13º mês) = € 9.100 (Salário anual mais o 13º mês)

O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.

Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas simples contas
que aprendeu no 1º Ciclo:

Se o trabalhador recebe € 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana € 175,00.

€ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = € 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos € 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será € 9.100,00.

€ 700,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = € 9.100.00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês

Surpresa, surpresa ? Onde está portanto o 13º Mês?
 
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse facto simples.

A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias,
outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas)
o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes. Não existe nenhum 13º mês.
O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.

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publicado às 06:27

Como certa Comunicação Social pertence ao Reino da Iniquidade e precisa urgentemente, todos os dias, da mentira para vender escândalos...

por Zulmiro Sarmento, em 21.04.10

 

“Muitas vezes, a liberdade de imprensa transforma-se em licença para matar”, disse o pregador do Papa, Fr. Raniero Cantalamessa, numa conferência proferida este Domingo em Braga.

O religioso franciscano capuchinho comentou a polémica em que esteve envolvido por causa das palavras proferidas na Sexta-feira Santa, na Basílica do Vaticano.

Perante o Papa, Cantalamessa leu uma carta de um amigo judeu, para quem os ataques à Igreja Católica por causa do alegado encobrimento de crimes de pedofilia cometidos por padres lhe lembravam o anti-semitismo.

“Os jornais apanharam esta frase, esqueceram que era de um hebreu e esqueceram o resto da pregação”, “centrada na luta contra a violência”, explicou o frade.

Mais tarde o rabino escreveu um artigo intitulado “Somos péssimos ouvintes” no maior diário de Jerusalém, referindo que os judeus “deixaram-se enganar pelos media e não deram conta da verdadeira notícia daquele dia”, esclareceu Catalamessa.

Para o religioso, que “não quis ofender os judeus, antes ter um gesto de diálogo”, a notícia era, ou deveria ser, esta: No dia em que os hebreus se escondiam por causa da violência dos cristãos, o pregador do Papa desejou-lhes “Boa Páscoa”, com as palavras da Mishná, ou seja, com a sua linguagem litúrgica.

“Foi uma tempestade mediática. Mas o interessante é que agora os jornais hebraicos pedem desculpa e dizem-me ‘obrigado’. […] Os meios de comunicação social fazem o escândalo, depois esquecem-no. Por isso, muitas vezes, a liberdade de imprensa transforma-se em licença para matar”, disse o frade franciscano.

O Fr. Raniero Cantalamessa esteve este Domingo em Braga para uma conferência sobre o “Veni Creator Spiritus”, hino da Igreja composto no século IX que é o tema de um dos seus livros.

Com Diário do Minho

in ECCLESIA

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publicado às 09:47

Não importa a morte... o 'prof' até era louco!

por Zulmiro Sarmento, em 31.03.10

 

autor

Ricardo Miguel Vasconcelos

 

Segundo os jornais 'Público' e 'i', o professor de Música que se suicidou a 9 de Fevereiro deste ano, parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, e atirou-se ao rio Tejo. No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: 'Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio', disse o licenciado em Sociologia.
O 'i' coloca o 9B no centro deste caso, escrevendo que os problemas do malogrado professor tinham como foco insultos dentro da sala de aula, situações essas que motivaram sete participações à direcção da escola, que em nada resultaram.
E à boa maneira portuguesa, lá veio o director regional de Educação de Lisboa desejar que o inquérito instaurado na escola de Fitares esclareça este caso. Mas também à boa maneira deste país, adiantou que o docente tinha uma 'fragilidade psicológica há muito tempo'.
Só entendo estas afirmações num país que, constantemente, quer enveredar pelo caminho mais fácil, desculpando os culpados e deixar a defesa para aqueles que, infelizmente, já não se podem defender.
É assim tão lógico pensarmos que este senhor professor, por ter a tal fragilidade psicológica, não precisaria de algo mais do que um simples ignorar dos sete processos instaurados àquela turma e que em nada deram? Pois é. O 'prof' era maluco, não era? Por isso, está tudo explicado.
A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), à boa maneira portuguesa, colocou psicólogos na tal turma com medo que haja um sentimento de culpa. E não deveria haver? Não há aqui ninguém responsável pela morte deste professor? Pois é, era maluco, não era?
José Joaquim Leitão afirmou que os meninos e meninas desta turma devem ser objecto de preocupação para que não haja traumas no futuro. 'Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa', afirmou. 
Toca a tomar conta dos meninos e meninas porque não pode haver um sentimento de culpa. É verdade! O 'prof' era louco, não era?
Não estou a dizer que haja aqui uma clara relação causa-efeito. Mas alguma coisa deve haver. Existem documentos para analisar, pessoas a interrogar, algumas responsabilidades a apurar. Por isso, neste 'timing', a reacção da DREL é desequilibrada. Só quem não trabalha numa escola ou não lida com o ambiente escolar pode achar estranho (colocando de lado a questão do suicídio em si) que um professor não ande bem da cabeça pelos problemas vividos dentro da sala de aula em tantas escolas deste país.
Não se pode bater nos meninos, não é? Os castigos resultantes dos processos disciplinares instaurados aos infractores resultam sempre numa medida pedagógica, não é? Os papás têm sempre múltiplas oportunidades para defenderem os meninos que não se portaram tão bem, não é? É normal um aluno bater no professor, não é? É normal insultar um auxiliar, não é? É normal pegar fogo à sala de aula ou pontapear os cacifes, não é? É normal levar uma navalha para o recreio, não é? É também normal roubar dois ou três telemóveis no balneário, não é? E também é normal os professores andarem com a cabeça num 'oito' por não se sentirem protegidos por uma ideia pedagógica de que os alunos são o centro de tudo, têm quase sempre razão, que a vida familiar deles justifica tudo, inclusive atitudes violentas sobre os colegas a que agora os entendidos dão o nome de 'bullying'?
De que valem as obras nas escolas, os 'Magalhães', a educação sexual, a internet gratuita ou os apelos de regresso à escola, uma espécie de parábola do 'Filho Pródigo' do Evangelho de São Lucas (cap.15), se as questões disciplinares continuam a ser geridas de forma arcaica, com estilo progressista, passando impunes os infractores? 
Só quem anda longe do meio escolar é que ficou surpreendido com o suicídio do pequeno Leandro ou com o voo picado para o Tejo do professor de Música. Nas escolas, antigamente, preveniam-se as causas. Hoje, lamentam-se, com lágrimas de crocodilo, os efeitos. O professor era louco, não era? Tinha uma clara fragilidade psicológica, não tinha? Pobre senhor. Se calhar teve o azar de ter que ganhar a vida a dar aulas e não conheceu a sorte daqueles que a ganham a ditar leis do alto da sua poltrona que, em nada, se adequam à realidade das escolas de hoje.

 

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publicado às 07:22


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