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Vazia seria uma fé soporífera ou levemente sedosa. O seu horizonte não pode ser, pois, a mera satisfação, mas a nossa permanente conversão.
O discurso crente não é aquele que passa por cima dos problemas, mas aquele que «aterra» totalmente nos problemas.
É bom não esquecer que a fé acontece sempre na realidade, não fora da realidade.
Não falta, porém, quem faça constante publicidade a uma «fé fácil».
No fundo, é uma fé que não encara a vida como ela se mostra nem acolhe Deus como Ele é.
A fé inclui, obviamente, a confiança em que tudo pode ser melhor. Mas não exclui a predisposição para aceitar as adversidades.
Ou seja, quem seguir os Seus ensinamentos tem de se dispor a seguir a totalidade dos Seus passos. E aqui é preciso contar com a perseguição, a condenação e até a morte.
Um «Cristianismo de eventos» é claramente insuficiente. Reduz-se a momentos que se esgotam quando terminam. Não parece haver «antes» nem «depois».
Como há-de fermentar o compromisso?
Os eventos ganham alma quando pré-existe — coexiste e pós-existe — uma vivência. Afinal, não será a vivência quotidiana da fé o mais belo evento de fé?