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É fundamental pugnar pela justiça. E é ainda mais urgente praticar a justiça.
Mas se estamos à espera de justiça, corremos o risco de estar a alimentar uma ilusão. E uma ilusão alimentada ilude cada vez mais.
Até a sabedoria bíblica reconhece esta ilusão quando nota que «há justos tratados como maus e há maus tratados como justos» (Ecl 8, 14).
Ainda assim, antes ser justo que (apenas) ser tratado como justo sem o ser.
Lá está Deus para peneirar a verdade no meio de tantas aparências!
*
O mundo parece estar a portugalizar-se.
De facto, está a difundir-se cada vez mais uma (muito lusitana) cultura do «mais ou menos», do «talvez».
Raramente se diz o que se vê e até o que se sente.
Vivemos de eufemismos e de permanentes censuras à verdade.
É por isso que a Filosofia ainda continua a ser uma atividade de poucos.
É que, como notava Karl Jaspers, «a Filosofia aspira à verdade, que o mundo não quer».
Aliás, o problema nem sequer é de agora.
Há dois mil anos, Cristo foi crucificado. Mas nem assim a verdade foi eliminada.
Quanto mais a abafam, tanto mais ela grita!
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