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Pelo que se vê, o problema tem estado no que se faz. A agir e a reagir, a atacar e a defender, não temos conseguir estancar a hemorragia de violência que se abateu sobre o mundo.
Tendo em conta que toda a vida é inviolável e que toda a pessoa é sagrada, então nenhuma vida pode ser eliminada e nenhuma pessoa poderá ser ofendida.
Os que matam invocam motivos para estar ofendidos. Os que ofendem não encontram motivos para ser mortos.
O mesmo lugar pode abrigar culturas diferentes e concepções opostas.
Há quem defenda a liberdade de ofender como uma consequência da liberdade de expressão. Podemos deslizar, porém, por um caminho sinuoso.
Se uns se exprimem ofendendo, outros tenderão a exprimir-se vingando-se da ofensa.
Se a própria vida tem um limite, como é que no decurso da vida se pode arrogar algo ilimitado?
A convivência entre pessoas terá de ser um esforço de coexistência entre liberdades.
Não é lícito que qualquer opinião seja vista como uma ofensa. Mas também não é curial que a ofensa seja olhada como mera opinião.
Entretanto, o desprezo vai cavando muitas feridas. E o ódio vai fazendo imensas vítimas…