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A lição da manjedoura porventura já estará esquecida. Alguma vez terá sido aprendida?
Está disponível para todos, mas não alimenta dúvidas acerca de quem está mais próximo: dos pequenos. Tudo o que for feito a eles é feito a Ele (cf. Mt 25, 40).
Há uma nova ordem que se inaugura. Na base não está o poder, está o amor. Não está o mando, está o serviço.
Aliás, ninguém será convencido pelas palavras se os gestos não estiverem em conformidade com elas.
Para tal, não basta ser o eco das Suas palavras. É fundamental procurar ser a reprodução das Suas atitudes, dos Seus gestos.
Num tempo em que se gritam tantas palavras, faz pena que a Palavra de Jesus seja remetida ao silêncio e atirada para o esquecimento. Se a memória ainda a guarda, a prática, muitas vezes, parece que não a acolhe.
A manjedoura é o certificado da humildade de Deus e o convite ao despojamento da Igreja.
Uma Igreja pobre será — sempre — a maior riqueza que teremos para oferecer.
Não eclipsemos o sorriso. Cubramos o cinzento dos nossos dias com a luz do presépio, com o encanto da manjedoura, com a paz de Belém.
Enfim, não arrumemos totalmente o presépio. Ele deixou de ser visível cá fora. Mas tem de continuar presente na nossa vida: aqui e agora!