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Os primeiros cristãos viam-se não como residentes em qualquer lugar, mas como cidadãos de toda a terra.
Não foram as dificuldades que travaram o seu sonho de levar Cristo ao mundo e de trazer o mundo a Cristo.
Tentaram, em suma, evangelizar o mundo sem «mundanizar» o Evangelho.
Um escrito do século II — «A Carta a Diogneto» — assinala que os cristãos «amam a todos e são perseguidos por todos»; «fazem o bem e são punidos como maus». Enfim, «o mundo odeia os cristãos, que não lhe fazem nenhum mal». É por isso que nem «os que os odeiam sabem dizer a causa do ódio».
Propunham-se mudar o mundo em nome do Evangelho e não mudar o Evangelho por causa do mundo.
O desafio já não era dar a vida num momento, mas dar a vida a cada instante. No fundo, dar a vida é dar-se na vida. E não só no fim da vida.
Foi por isso que não desistiu de corporizar uma verdadeira alternativa ao mundo.
Não se tratava, contudo, de uma fuga, mas de uma nova presença.
Só que essa insatisfação não está ausente do mundo. Afinal, o deserto e os mosteiros não estão fora do mundo.
Daí o encanto. Daí a surpresa. Daí a contínua (pro)vocação!