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Nota: no sítio www.radiopico.com mais informações
PPD/PSD - 64,14% com 2341 votos; obteve maioria absoluta; o presidente e quatro mandatos
PS - 31,18% com 1138 votos e um mandato
PCP-PEV - 2,08% com 76 votos
Freguesias apuradas 6 de 6
A abstenção ficou nos 30,92%
Inscritos apurados: 5284
Não votaram 1634
Votos nulos foram 0,55% - 20
Votos em branco ficaram pelos 2,05% - 75
(retirado da net de fonte fidedigna)
PS - 52,46% - 309 votantes
PPD/PSD - 46,69% - 275 votantes
Assim sendo, o PS tem o Presidente da Junta de Freguesia e quatro mandatos e o PPD/PSD tem três mandatos
A abstenção ficou pelos 18,31%
Os inscritos apurados foram 721
Não votaram 132
Boletins de voto nulos foram 2
Votos em branco: 3
(Retirado da net de fonte fidedigna)
No passado dia 6 de Outubro, D. Arquimínio Rodrigues da Costa, Bispo Emérito de Macau, celebrou na sua terra natal, em São Mateus do Pico, as suas Bodas de Diamante Sacerdotais. A Igreja Paroquial de São Mateus, Santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus Milagroso, encheu-se de fiéis para juntamente com o jubilado dar graças a Deus pelos seus 60 anos de vida sacerdotal, numa concelebração eucarística que contou com a presença do clero da Ilha do Pico, assim como de alguns sacerdotes da Ilha do Faial. Na homilia, D. Arquimínio apresentou um testemunho da sua vida pastoral por terras Macaenses, como Sacerdote e Bispo, sendo aplaudido de pé por toda a assembleia presente, em sinal de gratidão pelo seu ministério sacerdotal e episcopal. No ofertório as instituições da freguesia e outras comunidades paroquiais homenagearam o prelado, ofertando-lhe as suas lembranças. Ao terminar a celebração foram lidas duas mensagens. A primeira do Pe. Américo Casado, da Diocese de Macau, que trabalhou durante muitos anos com D. Arquimínio e a segunda de D. António de Sousa Braga, Bispo de Angra, que também se associou a esta homenagem. “Com D. Arquimínio e em comunhão com toda a Igreja, queremos dar graças ao Senhor pelo dom do sacerdócio ministerial e por tudo o que significou para a Igreja o seu ministério sacerdotal e episcopal. Conhecemos bem a sua dedicação apostólica no Extremo Oriente e entre nós”, escreveu D. António Braga. “Quando as mudanças políticas e o bem da Igreja o aconselharam, soube retirar-se para os Açores, sabendo colaborar generosamente, sem interferir indevidamente nas orientações pastorais. Isso só é possível a quem tem um grande sentido de Igreja e de serviço”, acrescentou. Terminada a celebração, a Filarmónica Lira de São Mateus, no interior do templo, saudou o Prelado, executando um passo doble e o seu hino social. D. Arquimínio Rodrigues da Costa, nasceu em São Mateus, Ilha do Pico, Açores, a 8 de Julho de 1924 e depois de concluídas as primeiras letras, em 1938, juntamente com outros dois companheiros, foi levado para Macau por Monsenhor José Machado Lourenço, missionário no Extremo Oriente. O jovem Arquimínio entrou no seminário de S. José, fazendo com distinção todos os seus estudos eclesiásticos, completando a teologia em Junho de 1949, sendo ordenado sacerdote a 6 de Outubro de 1949. Foi eleito pelo cabido da Sé de Macau vigário capitular da Diocese em 14 de Junho de 1973, e viu-se elevado à dignidade episcopal três anos depois, em 1976, em que o Santo Padre Paulo VI o nomeou Bispo de Macau. A sua sagração decorreu na Catedral Macaense em dia da Anunciação, 25 de Março daquele ano. Viu o seu pedido de resignação à Diocese de Macau aceite pela Santa Sé a 6 de Outubro de 1988 e desde Janeiro de 1989 fixou residência na sua terra natal, colaborando em todas as actividades pastorais para as quais é solicitado com grande espírito de humildade e de serviço. Blogue Magdala e Agência ECCLESIA |
A notícia foi dada na página da Internet da Presidência da República. Segundo o comunicado dos serviços de imprensa de Cavaco Silva, o Papa Bento XVI visita Portugal no próximo ano, «em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República.»
Conclusões apelam a uma cultura de formação na Igreja
Conclui-se esta Sexta-feira em Fátima o VI Simpósio do Clero de Portugal, subordinado ao tema “Reaviva o dom que há em ti”. Mais de 800 padres, alguns diáconos e os seus bispos viveram estes quatro dias entre conferências, tempos de oração comunitária, momentos de reflexão, de partilha e de convívio. “Foi uma autêntica experiência de comunhão eclesial e de fraternidade sacerdotal”, refere a organização do evento, em comunicado. No documento conclusivo do Simpósio pede-se que “se crie uma cultura de formação permanente na Igreja, pois ainda não existe”. A vida do padre ou “é formação permanente, ou é frustração permanente, repetitividade, desleixo geral, inércia, apatia, perda de credibilidade, ineficácia apostólica”. De 1 a 4 de Setembro, os mais participantes tiveram oportunidade de ouvir vários oradores que colocaram a tónica na identidade sacerdotal. Em relação à formação nos seminários, faz-se referência a uma “atenção cuidada aos vários programas de formação dos seminários”. Só assim os padres poderão optar “pelo modelo de integração, polarizado no dinamismo da Cruz como ícone do Mistério Pascal, onde o amor entregado nos convida incessantemente, iluminando-nos e aquecendo-nos, a recebermos agradecidos o dom que a vida sacerdotal é, e a oferecermo-la alegremente como dom”. Os caminhos a percorrer para que a Igreja responda aos novos desafios do mundo de hoje “não estão ainda bem definidos e traçados”. O texto aponta pistas: “Temos de utilizar a lucidez na análise do que se apresenta, e a paciência misericordiosa para enfrentar as incompreensões”. Como as pessoas “não se seduzem nem se cativam verdadeiramente com a acomodação do Evangelho aos seus desejos e gostos pessoais”, as conclusões deste simpósio sublinham que “só quando o sacerdote se deixou, primeiro, seduzir no encontro pessoal com Cristo, poderá falar de tal maneira que as pessoas o descobrem possuído de uma luz e beleza que ele mesmo desconhece.” Ao padre, hoje, são lançados inúmeros desafios e as respostas não podem ser mais “aquelas que sempre se deram, ou porventura, aquelas que o tempo de hoje não necessita”. Para além de catalogações sociais entre conservadores ou progressistas, “assumiu-se que é necessário revisitar o Concílio Vaticano II e o Magistério posterior, num esforço de caminhos de comunhão e leitura dos ‘sinais dos tempos’”. |
ECCLESIA
XXXII Semana Bíblica Nacional
A XXXII Semana Bíblica Nacional decorreu em Fátima, de 23 a 28 de Agosto, com a participação de mais de 300 pessoas e a colaboração de 13 conferencistas, três dos quais, bispos. Organizada pelo Movimento de Dinamização Bíblica, dos franciscanos capuchinhos, contou com a colaboração dos seus vários secretariados regionais e uma equipa de Liturgia. A intenção era aproveitar a dinâmica atingida no Ano Paulino e secundar os apelos do último Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. De facto, muita gente descobriu as Cartas de Paulo e os Actos dos Apóstolos, ficando desperta para a Bíblia; mas a maioria não acompanhou o Sínodo, que pretendeu «sobretudo renovar a fé da Igreja na Palavra de Deus» (55ª Proposição). Por isso, os temas desta Semana foram organizados a partir das quatro palavras-chave da Mensagem do Sínodo ao Povo de Deus: a VOZ da Palavra (a Revelação), o ROSTO da Palavra (Jesus Cristo), a CASA da Palavra (a Igreja) e os CAMINHOS da Palavra (a Missão). A VOZ. D. António Couto, bispo auxiliar de Braga,disse “Como falou Deus e fala hoje ao seu povo”: com «uma voz que atravessa o coração», que fala «em», por dentro, e não tanto «por», sendo necessário manter um contacto íntimo com as Escrituras mediante a leitura sagrada e o estudo apurado; a «voz de um fino silêncio», como a que o profeta Elias sentiu na brisa, que é preciso saber «escutar», pois só podemos exprimir bem o que em nós deixarmos imprimir. Escutar é deixar-se dizer pela Palavra. D. António Taipa, bispo auxiliar do Porto, falou da sua vivência do “Sínodo visto por dentro”, como «uma profunda experiência de Igreja e uma forte experiência de fé». Sublinhando que «a Palavra de Deus não está prisioneira da Escritura», falou da «contemplação da Palavra de Deus na criação, na história e nas pessoas»; do apelo ao serviço da Palavra na homilia, na catequese, no primeiro anúncio; e da celebração da Palavra na Leitura orante (Lectio divina e Revisão de vida) e na Eucaristia. O ROSTO. O capuchinho frei Fernando Gustavo salientou que, como em qualquer relação, também na Bíblia há dois que se procuram; mas, «a nossa simples possibilidade de encontro com o rosto da Palavra (Cristo), terá sempre de passar pela nossa disponibilidade para o encontro com todos os outros». Dentro destes critérios, leu alguns textos do Antigo e do Novo Testamento, como a Aliança, as tentações de Jesus, a multiplicação ou “divisão” dos pães e os discípulos de Emaús. D. Carlos Moreira Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e especialista em História da Igreja, apresentou os principais “Teólogos que marcaram a história da Bíblia”, permitindo ver como a Palavra de Deus foi sendo abordada num sentido mais espiritual, pastoral, literal ou sapiencial; como foi secundarizada na longa época escolástica, e o seu processo de renovação com o movimento bíblico, o grande impulso ao estudo da Bíblia com a teologia protestante, e o pós-Concílio Vaticano II que definiu a Bíblia como «alma da teologia e da vida pastoral». A CASA. O P. Carlos de Aquino, liturgista da diocese do Algarve, falou da “Liturgia, o Iugar privilegiado da Palavra de Deus”. Para entender o valor e a pertinência do tema, bastaria citar a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Vaticano II: «Na celebração da Liturgia a importância da Sagrada Escritura é muito grande. De facto, dela se tomam as Leituras, que se explicitam na homilia, os salmos que se cantam; da sua inspiração e sob o seu impulso nascem as preces, orações e hinos litúrgicos; e dela, acções e sinais recebem o seu significado.» A comprová-lo, o biblista franciscano frei João Lourenço falou de “S. Francisco de Assis e a Palavra de Deus hoje”. De facto, a principal fonte de Francisco em relação à Bíblia foi a escuta da Palavra na Eucaristia, depois reflectida em privado; e de tal modo ele foi transformado pelo Deus da Palavra, que escreveu uma Regra para os «Irmãos Menores»,aprovada pelo Papa, propondo-se «viver segundo o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo». E assim «restaurou» a Casa da Igreja. OS CAMINHOS. O frei Herculano Alves falou da “Palavra de Deus, animação de toda a Pastoral”. A este capuchinho doutorado em Sagrada Escritura, com largos anos de ensino universitário e um intenso trabalho pastoral de formação e animação em paróquias, grupos e congregações religiosas, pediu-se que apontasse caminhos de passagem da palavra da Bíblia para a Missão da Igreja. E fê-lo de modo frontal, não poupando a assembleia a um certo desconforto. Bastou apresentar a boa doutrina dos documentos da Igreja sobre a Bíblia, para se concluir da incongruência entre a teoria e a prática e um excessivo acento posto no culto em detrimento da evangelização, com nocivos efeitos à vista. Daí nasceram várias sugestões, a fim de se passar de uma pastoral bíblica à animação bíblica de toda a pastoral, como pediu o Sínodo. A exposição foi complementada, de tarde, por um painel sobre “Como levar a Bíblia ao Povo de Deus, hoje?”, moderado por frei Acácio Sanches, com três propostas concretas: a Escola Bíblica (Palmira Reis, Aveiro), os Grupos Bíblicos (Luísa Maria Abreu, Coimbra) e a Lectio divina (frei Lopes Morgado, Fátima), seguindo-se uma celebração da Lectio divina com toda a assembleia. CONCLUSÃO. A Semana concluiu com mais uma reflexão sobre “Maria, modelo de acolhimento da Palavra para o crente”, por Isabel Varandas. Seguindo-se a Eucaristia de Encerramento presidida por D. Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima, que, em nome dos seus colegas no episcopado, agradeceu a todos o interesse manifestado pela Palavra de Deus. As carências e disponibilidades das pessoas, e os apelos deste Sínodo, sugerem esta proposta pastoral urgente no nosso país: uma Bíblia em cada Família, que faça dela “pão” de cada dia e uma “refeição” semanal; um grupo de Lectio divina em cada paróquia, que junte os grupos bíblicos existentes e outros agentes de evangelização, com celebração semanal das Leituras do Domingo; uma Escola Bíblica ou Escola da Palavra” mensal em cada vigararia, para formação de catequistas, ministros da Palavra e membros dos grupos bíblicos; e um Secretariado Bíblico diocesano ou regional que coordene e apoie toda esta acção pastoral. Lopes Morgado ECCLESIA |
D. António Marto deixa desafios à Diocese para o novo ano pastoral
O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, considera que existem “imagens desfocadas ou mesmo deturpadas da Igreja”, defendendo que a mesma “não é uma ‘internacional’ à qual se possa pertencer à distância, por inscrição e pagamento de cotas, nem uma sociedade de telespectadores, teleouvintes ou cibernautas”. Na Carta para o ano pastoral 2009/2010, o prelado, que é também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, assinala que “um dos factores que mais mina a consciência de Igreja e que está na base da falta de afecto à Igreja é uma visão demasiado humana, meramente sociológica sobre ela, que é muito redutora”. “A opinião pública fixa-se, normalmente, no seu aspecto institucional. Ora, a relação com uma instituição é sempre mais fria, mais distante e formal”, explica. D. António Marto diz que "a imagem da Igreja, muitas vezes transmitida pelos meios de comunicação, é a de uma grande e poderosa organização internacional da religião cristã: à semelhança de outras grandes organizações, é representada por especialistas (os altos cargos oficiais) e é competente para satisfazer as necessidades religiosas. Assemelhar-se-ia a uma multinacional cuja central seria Roma e cujas filiais ou sucursais seriam as dioceses e as paróquias". P"or vezes, também se veicula a ideia da Igreja como uma Organização Não Governamental (ONG) de beneficência ou solidariedade social, uma espécie de “Cruz Vermelha”para os males sociais; ou ainda como uma agência de moralidade, qual polícia que vela pelos bons costumes", acrescenta. Segundo este responsável, “nota-se ainda, a nível europeu, o enfraquecimento e até a perda da consciência eclesial, isto é, da consciência do verdadeiro sentido da Igreja e da pertença afectiva e efectiva a ela”. “Diversos factores de ordem cultural e social contribuem para isso, sobretudo o crescente individualismo da cultura contemporânea que enfraquece os laços interpessoais e o sentido de pertença”, precisa. Neste contexto, o novo ano pastoral em Leiria-Fátima “será dedicado à edificação da comunidade cristã, à revitalização do seu tecido interior e das suas estruturas e à (re)organização pastoral que isso exige”. O documento fala numa “diminuição acentuada do número de padres no serviço pastoral, por motivos de idade ou doença”, e da “escassez de vocações ao sacerdócio”. Para D. António Marto “todos somos chamados a um maior empenho na edificação de comunidades cristãs vivas, na base do duplo princípio da comunhão e da corresponsabilidade”. A carta pastoral tem como título “Ir ao coração da Igreja”, sublinhando que muitos “só conhecem a Igreja por fora e, por isso, não conhecem o seu coração, a sua beleza interior, não lhe têm afecto, nem têm motivação interior para lhe dedicar a sua colaboração”. O Bispo admite que “a Igreja não precisa de inventar a sua visão, porque esta já se encontra no Evangelho, mas tem necessidade de a redescobrir e aprofundar em cada tempo perante novas situações e novos desafios”. 45 anos após a conclusão do Concílio Vaticano II, diz ainda, “verificamos que ainda há muito caminho para andar”. Falando, mais à frente, de “cinco elementos fundamentais da vida comunitária”, D. António Marto apela à “perseverança na fracção do pão”, isto é, na Eucaristia. “A comunhão dos fiéis em Cristo exige, por natureza, a assembleia à volta de Cristo ressuscitado e a comunhão com Ele. Esta é absolutamente necessária para a Igreja como tal e para cada cristão”, escreve. Este responsável refere ainda que “há que promover, em cada paróquia, a constituição ou revitalização de grupos ou movimentos que colaborem nos vários sectores da pastoral da comunidade”. A carta apresenta um “Modelo de pastoral integrada e integral”, em que se fala no fim do “tempo da paróquia e do pároco auto-suficientes e isolados, que respondiam sozinhos a todos os problemas, exigências e situações”. D. António Marto quer uma rejeição clara, por parte dos fiéis, “à divisão, à desresponsabilidade (indiferença) e à estagnação ou ao imobilismo”. “Estamos conscientes de que são necessárias uma mudança de mentalidade, criatividade e conversão pastoral que mexe com hábitos adquiridos. Mas uma simples «pastoral de conservação», além de ser estéril, mostra-se irresponsável e, ouso dizer, objectivamente pecaminosa, porque surda, se não mesmo hostil à voz de Deus e ao seu chamamento na hora actual”, conclui. |
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