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A Quaresma vem ao nosso encontro

por Zulmiro Sarmento, em 16.02.12

 

A Quaresma faz-nos passar do «deixa andar» e do viver espiritualmente entorpecido ao estado da corda tensa

D.R.

Um dos mais espantosos apelos de Quaresma que conheço não foi assinado por um eclesiástico, nem por um teólogo, mas sim por um poeta. Escreveu-o T. S. Eliot em 1930, três anos após a sua conversão, e deu-lhe um nome austero, sem o cómodo encosto que por vezes é o dos adjetivos: chamou-lhe simplesmente “Quarta-feira de Cinzas”.

Nesse poema, dizem-se três coisas fundamentais. Se as soubermos ouvir, percebemos que elas correspondem a caminhos muito objetivos (a mapas pessoais e comunitários) de conversão. E não é esse o desafio da Quaresma, e desta Quaresma em particular?

 

1. A Quaresma vem ao nosso encontro para que nos reencontremos. Os traços que o poeta desenha coincidem dramaticamente com os do nosso rosto: damos por nós a viver uma vida que não é vida, acantonada entre lamentos e amoques, sem saber aproveitar verdadeiramente a oportunidade que cada tempo constitui, como se tivéssemos capitulado no essencial, e passássemos a olhar para as nossas asas (e para as dos outros) sem entender já o papel delas. “Esmorecendo, esmorecendo”.

 

2. A Quaresma vem ao nosso encontro para nos devolver ao caminho pascal. O que é que nos dá o sentido de redenção no tempo? – pergunta o poema. E o poema evangelicamente responde: o sentido de transformação é-nos dado quando aceitamos trilhar um caminho. O que nos permite passar do cerco das coisas triviais à revigoração da fonte, o que do sono nos dá acesso à vigília iluminada da vida é aceitarmos o desafio de nos fazermos de novo à estrada, e à estrada menos óbvia e mais adiada que é aquela interior. A Páscoa é a grande possibilidade de revitalização. Mas é preciso consentir naquela imagem brutalmente verdadeira do profeta Ezequiel: por agora somos mais uma sucata de restos, do que uma primavera do Espírito.

 

3. A Quaresma vem ao nosso encontro para que a tensão criadora do Espírito de Jesus redesenhe em nós a vida. Interessantes são os verbos que o poeta usa como prece: “que sejamos instigados”, “que sejamos sacudidos”. A Quaresma faz-nos passar do “deixa andar”, e do viver espiritualmente entorpecido ao estado da corda tensa. Aquela que é capaz de avizinhar da nossa humanidade reencontrada a música de Deus.

José Tolentino Mendonça

ECCLESIA

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publicado às 09:43

Para os senhores padres que incluem os domingos também...

por Zulmiro Sarmento, em 27.01.12

«A Quaresma, que este ano começa a 22 de fevereiro (quarta-feira de Cinzas), é um período de 40 dias - excetuando os domingos - que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário dos cristãos.»

 

ECCLESIA

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publicado às 12:41

Internet: Facebook junta mais de 650 pessoas em página sobre a Quaresma

por Zulmiro Sarmento, em 23.03.11

 

D.R. | Lent2face

Lisboa, 17 Mar (Ecclesia) – Os membros do Facebook, rede social na Internet, podem acompanhar a Quaresma através do grupo ‘Lent2face’, criado por Bento Oliveira, professor da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.

“O objectivo é caminhar ao longo deste tempo em comunidade virtual”, refere a página, cuja designação junta a palavra ‘Lent’ (‘Quaresma’ em inglês), às quatro primeiras letras de 'Facebook'.

Aos textos, imagens e vídeos publicados por Bento Oliveira para suscitar a reflexão, acrescem os comentários e contribuições multimédia dos mais de 650 membros que até hoje se juntaram ao grupo.

A Quaresma, que este ano começou a 9 de Março (quarta-feira de Cinzas), é um período de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que servem de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário dos cristãos.

RM

ECCLESIA

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publicado às 05:39

Seremos um país de pacóvios... instruídos?

por Zulmiro Sarmento, em 21.03.11

 

À luz do recente festival da canção, na televisão pública, e na expectativa da manifestação popular anti-poder... promovida por meios alternativos... como que somos confrontados com uma razoável inquietação: seremos, de facto/de verdade/efectivamente, um povo de estúpidos ou pacóvios, governados por ditadores democráticos e ao sabor da manipulação de certos habilidosos? Se assim for, então, já batemos (mesmo) no fundo da nossa condição social mais mínima.
- Atendendo a certas intervenções e dada a cobertura que lhes está adstrita, poderemos desconfiar que a vitória dos ‘homens da luta’ e toda a rapsódia que lhes está associada foi uma espécie de campanha de alguns sectores mais ou menos bem organizados que funcionam como lóbi... no subterrâneo da capital e, que fazem suficiente barulho, enquanto outros se calam para não sofrerem epítetos de mau gosto...
- Atendendo à promoção de figuras e figurões – muitas e muitos com razoável conotação anarco-revolucionária – quase que temos de engolir umas tantas promoções de fim de feira, quando não passam, afinal, de amostras mal amanhadas... de situacionismo para o descalabro.
- Atendendo à proliferação de indícios de certos sectores sociais, que emergem da letargia política do abstencionismo e da avalanche de desempregados ou a quem foi cortado, recentemente, o subsídio de desemprego ou o de reinserção social... vemos aparecer uma certa ‘geração à rasca’ – dizem que têm qualificação mas não profissão! – ávida de ganhar uns trocos para além de magra mesada dos pais... em cuja casa ainda vivem... quais cangurus na bolsa marsupial!
- Atendendo à crescente confusão com os números da dívida pública e dos juros cobrados a cinco ou a dez anos, bem como à negociação – talvez possa parecer mais negociata – das condições para sermos económica/financeiramente autónomos – no quadro europeu e mundial – a curto e médio prazo... ficamos baralhados com tantos messias e poucos executantes das pretensões, embora os paladinos da desgraça cresçam e enriqueçam com a nossa miséria... colectiva.

= Como nos podemos defender das tentações... do consumismo?
Segundo dados revelados esta semana as visitas e as vendas nos centros comerciais, em Portugal, caíram, em Janeiro último, cerca de onze por cento. Muitas das pessoas que deixaram de ir aos centros comerciais – sobretudo nas áreas metropolitanas das grandes cidades – evitaram assim gastar mais do que podia a sua capacidade económica. Deste modo nem a sedução do consumo consegue ainda fascinar!
Algumas das pessoas que se pronunciaram sobre o assunto reconheceram que, tendo deixado de ter dinheiro para gastar, não vão aos shoppings para não terem tentações.
Nos tempos que correm é urgente saber dizer as coisas – sobretudo as mais desagradáveis e que envolvem a bolsa e o futuro das pessoas e das famílias – com conta, peso e medida, obrigando os palradores – incluímos neste epíteto os políticos, os profissionais da comunicação social, os ministros das igrejas, os fazedores de opinião, os difusores da má língua, etc. – a serem os primeiros a cumprirem aquilo que dizem sobre os outros e para os outros ou, então, o descrédito (descalabro ou incoerência) será ainda maior.
Não há tempo a perder, pois o desfasamento entre pobres (sejam antigos, estruturais, novos ou oportunistas) e ricos (velhos, capitalistas, insensíveis ou vazios) cresce cada vez mais, gerando-se assim lastro suficiente para o surgimento, o medrar ou a afirmação de descontentamentos que só servem para acirrar os mais fracos, mas pelos quais partirá a corda na hora da derrota.

Neste tempo da Quaresma, que estamos a viver na Igreja católica, temos de aproveitar para revermos o nosso comportamento pessoal e colectivo, pois da nossa conversão depende a renovação deste mundo onde nos inserimos como sinais e instrumentos da cidade terrena, construindo já a cidade celeste.


A. Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)


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publicado às 05:59

Quaresma na Primavera

por Zulmiro Sarmento, em 18.03.11

 

Ir. Marta Silva

 

Como é possível que haja tanta gente a gostar da Primavera? É incrível como se continua, nas escolas primárias por este país fora, a compor tantos textos poéticos sobre este tema.

A razão prática que mais rapidamente me ocorre para o facto da Quaresma calhar nesta altura é a magnífica oportunidade que as alergias nos dão para praticar a penitência. Não há dúvidas: os olhos inchados, as dificuldades em respirar e em alinhar dois pensamentos coerentes que um espirro não venha interromper obrigam a entrar, quer se queira quer não, por um caminho de despojo. E este, bem aproveitado, bem pode ser de libertação e de retorno gozoso à condição de criatura que topa com os seus limites.

A Primavera não é de fiar, porque pressagia em amanheceres gloriosos um consolo de calor que depois não cumpre. Atraiçoa pelas costas com constipações… e desconcerta‑nos com tantas promessas e possibilidades que deixa entrever! Há algum tempo que faça lembrar tanto um adolescente?

E no entanto, faz falta ter a adolescência a alguma distância para conseguir apreciar a sua beleza, para resgatar a ternura e destilar a generosidade exuberante dos inícios por entre o descontrole, o susto e o êxtase ao descobrir o próprio e incontrolado poder.

A vida que começa… mas ainda não. O frio que acaba… mas ainda não. Já… já? Ainda não! Por isso é preciso continuar a pedir, como no poema de Sophia de Mello Breyner, “que o Teu Reino antes do tempo venha” - com o melhor adjectivo alguma vez encontrado para qualificá‑la - “em Primavera feroz precipitado.”

A luz da Primavera é feroz, porque “há muitas coisas que eu não quero ver”. Mas não cega: é dura porque revela tudo cruamente. A Revelação acontece à nossa frente, e põe tudo à mostra de modo evidente… o que não quer dizer que o vejamos. Deve ser por isso que a meio da Quaresma lemos a passagem da cura do cego de nascença (Jo 9).

De repente, no bloco de terra gelada, há um risco de verde. Tenro, frágil, suave. E vence o bloco. Não digo “vencerá no outro mundo”, ou “acredito que no fundo, teve uma vitória moral”. Venceu mesmo, já, está aí diante do nosso nariz. A mais mínima flor do campo supera e cobre todos os horrores que se queiram enumerar. Não digo que uma flor equivale a dez bombas nucleares. Digo que qualquer pequeno traço de beleza é infinitamente mais poderoso que qualquer monstruosidade. Digo que um gesto de ternura, um grão de bem, tem mais peso que quaisquer males; digo que o ser anula o não ser; e digo que a vida resgata a morte. Já resgatou!

Quando as gemas de novos ramos querem rebentar sobre o tronco que, depois da poda, pouco passa de toco, lembram‑se bem do Inverno. Aliás, apoiam‑se e alimentam‑se dele, crescem sobre o antigo. A Nova Criação não é ex nihilo. O caminho para a Páscoa não apaga o meu passado. Aliás, é ele que me capacita para chegar aqui. O meu pecado é que me faz conhecer o perdão de Deus. Descubro quanto sou amada graças à minha culpa.

Claro que dói! Mas os espaços novos no coração são ganhos à força de o partir e rasgar. O facto de existir uma pena associada, é que faz com que algo valha a pena… por isso, como pensar em esquecer a pena que lhe deu o valor?

Quando as gemas de novos ramos querem rebentar sobre o tronco que, depois da poda, pouco passa de toco, não são outra vez os mesmos rebentos do ano passado. A Nova Criação, é mesmo nova. A árvore já não é a semente, é outra coisa. A irrepetibilidade de cada momento traz o selo da eternidade a que aponta.

Talvez o movimento de traslação à volta do Sol traga a Terra outra vez ao ponto de Primavera. Mas o círculo que descreve não está preso num samsara fatídico, a roda faz o carro avançar, e estamos sempre mais perto! Já… mas ainda não…

Eis que o Inverno já passou, a chuva parou e foi-se embora; despontam as flores na terra, chegou o tempo das canções, e a voz da rola já se ouve na nossa terra; a figueira faz brotar os seus figos e as vinhas floridas exalam perfume.. Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada! (Cantar 2, 11-13)

Marta Silva, aci

ECCLESIA

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publicado às 05:44

Lufada de ar fresco...

por Zulmiro Sarmento, em 17.03.11

Podemos passar ao lado da Primavera?

 

A história, atravessada pelo dinamismo do Reino de Deus, não se reduz a um monte de implacáveis cinzas. Estamos, sim, prometidos à Primavera

 

 

Com o tempo da Quaresma começa para os cristãos o acordar da Primavera. Na natureza já não se conseguem esconder os sinais da sua presença: das árvores de grande porte à mais singela flor tudo parece despertar da penumbra do inverno. Sentimo-nos como naquela passagem da Carta aos Hebreus, que diz: «estamos envolvidos por uma nuvem de testemunhas». De facto, o grande alvoroço de vida com que a criação, a nosso lado, se reveste, constitui um desafio que vai directo ao interior de nós. Podemos passar ao lado da Primavera sem reflorir?

A chave do nosso florescimento é Cristo. É Ele que permite ao Homem, sendo velho, nascer de novo. De junto do Pai, Ele envia-nos o Espírito que nos conduz à verdade plena. O Espírito desmonta o nosso fatalismo em relação a nós e à história, desarmando as declarações que fazemos sobre o que é impossível. Talvez achemos que não nos é possível renascer. Talvez nos pareçam impossíveis as transformações essenciais: as que nos conduzem ao perdão e ao dom, à gratuidade do amor e do serviço, ao mistério da prece e da esperança. E, contudo, o Espírito Daquele que morreu numa cruz e ressuscitou não deixa de proclamar o contrário. O Homem não está condenado ao peso da sua sombra ou a um crepúsculo de cinismo e desistência. A história, atravessada pelo dinamismo do Reino de Deus, não se reduz a um monte de implacáveis cinzas. Estamos, sim,  prometidos à Primavera.

O tempo da Quaresma é um grande momento de profissão de Fé e, simultaneamente, um tempo muito prático. Às portas das nossas Igrejas poderíamos colocar uma tabuleta: «Obras em curso». A Quaresma é um estaleiro. Nesse sentido, a tradição cristã oferece-nos três meios, de extraordinária simplicidade, mas de consistente verdade. Primeiro a oração: somos chamados a rezar, isto é, a expormo-nos a Deus sem máscaras, em atitude de acolhimento e de escuta. Depois, somos chamados ao jejum. O nosso eu facilmente se torna tirânico nas suas reivindicações, rapidamente soçobra sequestrado por uma cultura que estimula falsas necessidades e apetites, frequentemente se acha mais do lado dos direitos que dos deveres. O jejum, através de gestos concretos de renúncia, contraria esta lógica e devolve-nos um salutar sentido crítico em relação ao que estamos a ser e àquilo de que nos alimentamos. Por fim, a esmola é a expressão do dom de nós mesmos, se quisermos ser discípulos Daquele que se deu até ao fim.

José Tolentino Mendonça

ECCLESIA

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publicado às 05:26

Vila Real: Bispos sugerem Quaresma com menos Internet e sem «esbanjamento» da noite

por Zulmiro Sarmento, em 14.03.11

 

«Sofrimentos» de uma «sociedade laica, pobre e desorientada» são sintomas de que «algo vai mal» em Portugal, realça mensagem quaresmal

 

Vila Real, 11 Mar (Ecclesia) – Menos Internet, menos tempo diante dos computadores, menos despesas supérfluas e menos actividades nocturnas: estas são algumas das formas que os bispos da diocese de Vila Real propõem para viver o período penitencial da Quaresma.

“Cada um é convidado a descobrir novos modos de rezar e de viver a renúncia, desde o uso exagerado da Net e dos computadores até ao esbanjamento de dinheiro e das horas da noite”, refere a ‘Mensagem para a Quaresma’ da diocese de Vila Real, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

Falar da Quaresma “parece hoje desnecessário, tão grandes são as privações e os sofrimentos com que andamos esmagados”, assinala o texto intitulado ‘Assumir as dores e as esperanças da Sociedade’, que é assinado pelo bispo diocesano, D. Joaquim Gonçalves, e pelo prelado coadjutor, D. Amândio José Tomás.

“Apesar da muita legislação, há cada vez mais estruturas que não funcionam, vizinhos que se desconhecem, casados que se agridem e se separam em número cada vez maior, pais que matam os filhos e filhos que matam os pais” e “empresas públicas que acumulam lucros enormes com bens indispensáveis aos cidadãos”, assinala o documento.

Os prelados constatam igualmente a existência de “milhares de abortos oficializados com despesas superiores a muitos subsídios familiares, mecanismos que afastam as pessoas em vez de as aproximar, legalização de casamentos que são estrutura de egoísmo”, além de “idosos abandonados e candidatos ao suicídio”.

Depois de sublinhar que “aqueles sofrimentos são sintomas de que algo vai mal” em Portugal, os bispos consideram que no quadro de uma “sociedade laica, pobre e desorientada” é preciso “tomar atitudes que afastem falsos progressos, falsas liberdades e falsos triunfos”.

No Ano Europeu das Actividades de Voluntariado que Promovam uma Cidadania Activa, que decorre em 2011, a mensagem pede aos fiéis que ofereçam parte do seu tempo para ajudar a solucionar “muitos problemas sociais”, por exemplo através da visita a “doentes e idosos”.

Os bispos assinalam que “são ainda muitos os hábitos de raiz cristã” presentes na sociedade e lembram que os pais devem transmitir aos filhos os “clássicos caminhos quaresmais”, como “ouvir a palavra de Deus, rezar, jejuar e renunciar”, além da “oração diária”, “abstinência às sextas feiras” e “partilha de bens”.

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publicado às 05:34

Uma nova caminhada

por Zulmiro Sarmento, em 09.03.11

 

 

 

 

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publicado às 05:10

Necessário sempre mas sobretudo na Quaresma

por Zulmiro Sarmento, em 11.03.10

 

 

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publicado às 07:00

VIVÊNCIA DA QUARESMA

por Zulmiro Sarmento, em 03.03.10

 

 

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publicado às 08:00


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