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Professores e famílias - leiam que é grave !
O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal.
Os motivos? ....fácil:
- Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favores cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluindo deficiências profundas, surdos, mudos, cegos, etc...) fechando os estabelecimentos apropriados a estes casos, colocando-as todas 'inseridas' em turmas comuns numa escola normal!!!
Para fazer o quê?
Apenas porque o professor tem o dever de dar aulas? Não !!!!!
- É para descredibilizar a Escola Pública e abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm!
O último grande negócio que lhes faltava!
Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano.
Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos eexploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos!
Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução: - A CULTURA LIBERTA!!!
O burro aceita o cabresto!!!
- Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!
Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? Para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada, a culpa é do professor, claro !
De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais, segundo este governo!
Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação!
A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!
Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa!
A avaliação do desempenho de professores é uma patranha para escamotear mais uma poupança para combater o défice!
Aos professores
Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.
Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar.
Professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser insultado e indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquela que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.
Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.
Professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno! Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!
A SUPERESCOLA ou o retrato da escola portuguesa
Onde estão as melhores escolas do mundo?
Claro! Está certo! Em... Portugal
Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de escolaridade, ou seja, ensino básico.
Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente. DISCIPLINAS / ÁREAS
CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES
1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I - Inglês
4. Língua Estrangeira II - Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral R.C.
13. Estudo Acompanhado
14. Área Projecto
15. Formação Cívica
É ISSO - CONTARAM BEM - SÃO 15
Carga horária = 36 tempos lectivos
Somos demais, mesmo bons!
MAS NÃO FICAMOS POR AQUI!!!!
A Escola ainda:
Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência, apesar dos professores não terem formação para isso;
Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar dos professores não terem formação para isso; não pode esquecer os outros alunos,'atestado-médico-excluídos' que também têm enormes dificuldades de aprendizagem;
Integra alunos oriundos de outros países que, muitas das vezes não falam uma palavra de Português;
Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos, como:
* Currículos Alternativos
* Percursos Escolares Próprios
* Percursos Curriculares Alternativos
* Cursos de Educação e Formação
MAS AINDA HÁ MAIS...
A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais variados domínios:
* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares, etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc...
'peço desculpa por interromper, mas... em Portugal são todos órfãos?'
(possível interpolação do ministro da educação da Finlândia)
Só se encontra mesmo um único defeito: Os professores.
Uma cambada de selvagens e incompetentes, que não merecem o que ganham, trabalham poucas horas (Comparem com os alunos! Vá! Vá! Comparem!!!) Têm muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e a agredir os pobres dos alunos, coitados! Vejam bem que os professores chegam ao cúmulo de exigir aos alunos que tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de casa, que estejam atentos e calados na sala de aula, etc... e depois ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito! Olha que há cada uma!
COM FRANQUEZA!!!
Vale a pena divulgar ao maior número de pessoas (de preferência não
professores) para que uma visão mais realista se comece a sedimentar.É bom que as pessoas percebam que ter filhos acarreta muita responsabilidade - não só a de os alimentar, vestir, comprar telemóveis, mp3, pc, como também, e principalmente : EDUCÁ-LOS!!!!!
Por estas semanas evite a companhia de professores. Falar com qualquer um deles pode deixá-lo em mau estado. Vivem nos dias que correm, em depressão colectiva, pressões arteriais altas, insónias... A sucessão de reformas, contra-reformas e contra-contra-reformas, a destruição do que se foi fazendo de bom - do ensino especial ao ensino artístico até passar pela importância da Filosofia no Secundário - , a incompetência desta equipa ministerial e o linchamento público de uma classe inteira tem os resultados à vista: as aulas recomeçam com professores tão motivados como um vegetariano perante um bife na pedra.
Sabem que os espera apenas uma novidade: a avaliação do seu desempenho. E é, ao que parece, tudo o que interessa a toda a gente: a avaliação dos professores, a avaliação dos alunos, a avaliação das escolas, a avaliação do sistema educativo português. É uma obsessão querer avaliar as instituições inteiras porque é uma panaceia para a cura de todos os males possíveis e imaginários.
Tenho uma coisa um pouco fora do comum para dizer sobre o assunto: a escola serve para ensinar e aprender. Se isto falha, os exames, as avaliações e os "rankings" são irrelevantes. Talvez não fosse má ideia, enquanto se avaliam os professores, dar-lhes tempo para eles fazerem aquilo para que lhes pagamos em vez de os soterrar em burocracia. Já ouvi uma professora suspirar em voz alta: «Deixem-me dar aulas!» Enquanto se exigem mais e mais exames, garantir que os miúdos aprendem com algum gosto qualquer coisa entre cada um deles.
Enquanto se fazem "rankings", conseguir que a escola seja um lugar de onde não se quer fugir. E enquanto se culpam os professores pelo atraso cultural do país, perder um segundo a ouvir o que eles têm para dizer. Agora que já os deixámos agarrados ao Xanax, acham que é possível gastar algumas energias e dar-lhes razões para gostarem do que fazem? Se não for por melhor razão, só para desanuviar o ambiente nos edifícios onde os nossos filhos passam uma boa parte do dia.
Primeiro resultado das falaciosas avaliações: aprender a beijar o cu aos avaliadores... além de todas as outras hipocrisias por inerência. O desenho ilustra bem o resultado.
O histerismo de felicidade no semblante mal disfarçado dos "manda-chuvas " das escolas é que põem um docente em franja!
Um burocrata do ensino, ou de outra coisa qualquer, nunca devia presidir fosse ao que fosse. Quem lhes deu a autoridade para se sentirem "donos" da coisada?!... E por que são tão acríticos ao legislativo que chega às suas mãos?!
Tive a dita de falar e interrogar o senhor Secretário Regional da Educação sobre este e outros pontos, em local próprio. Das suas palavras fiquei com a convicção que ditaduras há muitas nas escolas e Sua Ex.a tem conhecimento disso. Quantas contradições encontrei na sua exposição e na aplicação nas escolas das mesmas directivas. Neste ponto os professores têm carradas de culpa... Lá isso têm! De tempos a tempos têm a faca e o queijo na mão.
Baseei-me num escrito de Daniel Oliveira no Expresso para divagar sobre esta chaga da sociedade que são as escolas e as suas "autonomias" para o que interessa...
Uma zelosa funcionária superior da DREN ( Direcção Regional de Educação do Norte), senhora dona Margarida Moreira, do Ministério da (des)Educação ficou absolutamente cumpridora dos seus deveres ao fazer a vida negra a um professor que trabalhava nessa mesma Direcção por um alegado «INSULTO» à licenciatura do primeiro-ministro.«Um comentário jocoso» (uma graçola, digo eu), afirmou o malfadado professor Charrua...
Uma afloração evidente do antigo respeitinho, portanto, e que impedia anedotas públicas sobre o Almirante Américo e o "Botas" (Salazar). Embora naquele desditoso tempo o "culto da personalidade" não chegava ao extremo absurdo a que chegou hoje. Naquele tempo muita gente ostentava um desprezo pelo regime e o seu chefe, sem consequências de maior.
«Foi no seu local e horário de trabalho...», invocou a zelosa burocrata que até pelas fotos dos media tem um ar bem posto. Não me admiro que o "fantasma" de Salazar ganhe o concurso "grandes portugueses"!
Pergunto: que professor ou funcionário público já não fez um comentário semelhante sobre o dito cujo no seu local de trabalho? Ou sobre a... (não há adjectivos no meu fraco vocabulário!) ministra da (des)educação? Suspenda-se toda a gente, bando de linguarudos! E, já agora, promovam-se os poucos que babam elogios a suas excelências.
Tantos nos media têm falado com indignação e tristeza do "ar que se respira" em Portugal: um "ar" de subserviência, oportunismo, intimidação e medo.
Uma suspensão exagerada e ridícula, dizem todos o que têm algum bom senso.
Se a moda pega, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos e deveres, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia...
Passa fora! Um acontecimento só digno do 24 de Abril de 1974! Quando ainda havia censura, mas que mesmo assim não chegava a tanto.
Ridendo castigat mores..
Salazarismos de repartição...
Suspenda-se toda a gente...
A "nossa" democracia...
São coisas destas...
E o senhor presidente da república com a sua proverbial incapacidade de articular bem as palavras quando bota discurso ou outro dito (que até dá uma aflição ouvi-lo) lá vai metendo a cabeça na areia perante estas pequenas grandes coisas, contribuindo para calar e "alinhar" o país! O rei vai nu!
Contra evidências quem se atreve a tapar o sol com uma peneira só porque a sua "cor" o exige?!
Amén.