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TUDO ESTÁ CONSUMADO!
Nota Pastoral
Presença e testemunho
1.
Na tarde do passado sábado, dia 16 de Janeiro, o Padre Manuel Marques Dias, sacerdote da Diocese de Aveiro, foi assaltado e agredido na sua casa, no lugar de Cristelo, na vila e paróquia da Branca, Albergaria-a-Velha, onde reside com uma sua Irmã. Este acto de violência, sem qualquer sentido nem razão, magoa-nos a todos, como cidadãos, como irmãos na fé, como membros do presbitério e como Igreja que somos.
Estive com o Padre Marques Dias e com a sua Irmã logo que tive conhecimento. Aí encontrei o seu Pároco, os seus familiares e vários membros da Comunidade cristã, num belo testemunho de presença solidária.
Agradeço a presença e o testemunho de todos os que desde o início o acompanharam dedicadamente, em casa e no Hospital.
Não estranhei a serenidade do Padre Marques Dias, em momento tão difícil da sua vida. Quantos o conhecem e sobretudo aqueles que o tiveram como pároco, ao longo de cinquenta e cinco anos de vida sacerdotal, sabem da simplicidade da sua vida, dada por inteiro e em tudo ao serviço de todos, com verdade, despojamento e generosidade.
Foi no caminho de regresso da Visita Pastoral à paróquia de S. Lourenço do Bairro, onde ele foi pároco durante oito anos, na década de sessenta, e aí é recordado com afecto e gratidão, que tive conhecimento do que lhe acontecera. Transmiti-lhe esta gratidão que dá sentido à vida, alivia o sofrimento e ilumina com o brilho da luz e com a beleza do ministério sacerdotal as horas mais difíceis.
2.
Acontecimentos como estes são, certamente, mais frequentes do que imaginamos. Ninguém está a salvo daqueles que não respeitam as pessoas nem os bens. Nada, porém, justifica o que aconteceu aqui com um irmão nosso, como nada explica o que vai acontecendo um pouco por todo o País. Os idosos, os indefesos e os pobres sentem-se cada vez mais sós, inseguros e vulneráveis.
As portas sempre abertas como a da casa do Padre Marques Dias, que abre as portas da casa como sempre abriu as portas da vida, do ministério e do coração a todos os vizinhos e paroquianos, não legitimam a violência e as portas fechadas de tanta gente não lhe servem de barreira.
A crise social por que passamos não deve justificar todos os desvarios. O problema é mais fundo e por isso mesmo mais doloroso e difícil. O valor da dignidade humana, a importância da educação para os valores, o respeito sagrado pela vida, o espírito saudável e feliz da vida de família são feridos e beliscados sempre que alguém os esquece ou ignora.
Todos somos chamados a ser educadores na escola de uma cidadania alicerçada em valores inalienáveis e perenes. O País deve preocupar-se mais com esta prioridade.
3.
À Igreja não pertence julgar os agressores. Confiamos à Justiça, o direito e o dever de o fazer. À Igreja pertence, isso sim, juntar à tristeza destes acontecimentos, a compaixão cristã por quem sofre e por quem ofende e não abdicar da tarefa contínua de educar para os valores sagrados e invioláveis das pessoas, das famílias e das comunidades.
Exige-se dos cristãos um trabalho incansável e um testemunho corajoso de fé e de vida, que nos leve a ser fermento evangélico de um mundo novo, justo e fraterno.
Sentimos que essa é a força da nossa fé e aí se exprime em cada acto humano, em cada tempo e em cada cultura a ética cristã inspirada no mandamento novo de Jesus Cristo.
+ António Francisco dos Santos
Bispo de Aveiro |
Sondagem de opinião foi apresentada no Congresso Internacional «À Escuta da Palavra»
![]() A figura do sacerdote continua a ter uma alta relevância social. Esta é a conclusão de uma sondagem de opinião apresentada no segundo dia do Congresso Internacional «À Escuta da Palavra», que decorre em Braga. O estudo sobre a figura do padre revela que 90 % dos inquiridos considera que “o estilo e a maneira de ser do padre influenciam a prática religiosa dos leigos, que valorizam, na figura do presbítero, características de acção e de relação humana com o próximo”. As características que influenciam mais a imagem que o inquirido tem da figura do padre são a solidariedade (95%), a actualização, a disponibilidade, a generosidade e a humildade. O celibato é a terceira característica menos votada (com 46,9%), logo seguida de avareza e pobreza. Segundo explica Vera Duarte, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica de Braga e responsável pela apresentação da sondagem, com base na sondagem de opinião, a maioria dos inquiridos revela uma tendência para considerar que o sacerdote deveria “dedicar-se exclusivamente à Igreja e não se envolver em actividade políticas”. A sondagem realizada nos concelhos da Arquidiocese de Braga revela ainda que a ordenação de mulheres e o casamento dos padres não reúne consenso. A população inquirida divide-se nestas duas matérias. Foram realizadas 286 entrevistas. Dos inquiridos 90% considerara-se católico, sendo 80% católicos praticantes. O estudo pode ser consultado em www.congressosacerdotal.com |
Número registado pelo Vaticano é o mais alto na última década (elenco completo)
![]() A Fides, agência do Vaticano para o mundo missionário, revelou que 37 agentes pastorais foram assassinados enquanto desempenhavam a sua missão nos cinco continentes, no ano de 2009. O número é praticamente o dobro em relação a 2008 (20) e o mais alto na última década. O elenco destas mortes refere-se não só aos missionários “ad gentes”, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria. As 37 mortes ocorridas em 2009 referem-se a 30 sacerdotes, duas religiosas, dois seminaristas e três voluntários, leigos. Na análise por continentes, chega-se à conclusão de que este foi um ano particularmente dramático na América, onde tiveram lugar 23 mortes (18 sacerdotes, dois seminaristas, uma religiosa e dois leigos). Em África morreram nove sacerdotes, uma religiosa e um leigo. A Ásia registou a morte de dois padres católicos e a Europa de um sacerdote. Por países, a pior situação regista-se no Brasil, com seis mortes de sacerdotes, a par da Colômbia, onde foram assassinados cinco padres e um leigo. Em África, na República Democrática do Congo contabilizaram-se as mortes de dois sacerdotes, uma religiosa e um leigo da Cáritas. Quatro padres católicos foram mortos na África do Sul. A Fides explica que entre os membros desta lista “provisória”, muitos “foram vítimas da própria violência que estavam a combater ou da disponibilidade para ir ao encontro dos outros, colocando em segundo plano a sua segurança pessoal”. Muitos foram assassinados em tentativas de assalto ou sequestro. Os números da Agência mostram que desde 1980 morreram 949 missionários, com destaque para as vítimas provocadas pelo genocídio do Ruanda, em 1994. Desde 2001 houve já 230 mortes registadas pela agência do Vaticano. Elenco completo - 2009 Pe. Giuseppe Bertaina, italiano, assassinado a 16 de Janeiro em Nairobi, Quénia. Pe. Eduardo de la Fuente Serrano, espanhol, encontrado sem vida a 14 de Fevereiro em Havana, Cuba. Pe. Juan Gonzalo Aristizabal Isaza, assassinado a 22 de Fevereiro na localidade de Antioquia, Colômbia. Pe. Daniel Matsela Mahula, morto a 27 de Fevereiro em Bloemhof, África do Sul. Pe. Révocat Gahimbare, morto a 8 de Março em Karuzi, Burundi. Pe. Gabriel Fernando Montoya Tamayo e Pe. Jesús Ariel Jiménez, assassinados a 16 de Março em La Primavera, Colômbia. Pe. Lionel Sham, morto a 17 de Março em Mohlakeng, África do Sul. Pe. Ramiro Ludeña, espanhol, assassinado a 20 de Março no Recife, nordeste do Brasil. Pe. Lorenzo Rosebaugh, norte-americano, assassinado a 18 de Maio em Alta Verapaz, Guatemala. Pe. Ernst Plöchl, austríaco, encontrado sem vida a 31 de Maio na Província do Cabo, África do Sul. Jorge Humberto Echeverri Garro, professor, morto a 11 de Junho em Panama di Arauca, Colômbia Pe. Habacuc Hernández Benítez, e os seminaristas Eduardo Oregón Benítez e Silvestre González Cambrón, assassinados em Guerrero, México. Pe. Gisley Azevedo Gomes, encontrado sem vida a 16 de Junho, próximo de Brasília. Pe. Mariano Arroyo Merino, espanhol, morto a 13 de Julho em Havana, Cuba. Ricky Agusa Sukaka, membro da Cáritas, assassinado a 15 de Julho em Kivu norte, República Democrática do Congo. Pe. James Mukalel, assassinado no estado de Karnataka, Índia, a 29 de Julho. Pe. Leopoldo Cruz, encontrado sem vida a 24 de Agosto em El Salvador. Pe. Cecilio Lucero, assassinado a 6 de Setembro na província de Samar norte, Filipinas. Pe. Ruggero Ruvoletto, italiano, assassinado a 19 de Setembro em Manaus, Brasil. Pe.Evaldo Martiol, assassinado em Santa Catarina, Brasil, a 26 de Setembro. Pe. Oscar Danilo Cardozo Ossa, assassinado em Villavicencio, Colômbia, a 27 de Setembro. William Quijano, da Comunidade de Santo Egídio, assassinado a 28 de Setembro em El Salvador. Pe. Ed Hinds, encontrado sem vida a 24 de Outubro, em Newark, EUA. Pe. Louis Jousseaume, assassinado a 26 de Outubro em Egletons, França. Ir. Marguerite Bartz, encontrada sem vida a 1 de Novembro no Novo México, EUA. Pe. Hidalberto Henrique Guimarães, assassinado a 7 de Novembro em Maceió, Brasil. Pe. Miguel Angel Hernandez, guatemalteco, assassinado a 8 de Novembro em Ocotepeque, Honduras. Pe. Jean Gaston Buli, assassinado na noite de 9 para 10 de Novembro, em Ituri, R. D. Congo. Pe. Daniel Cizimya Nakamaga, assassinado a 6 de Dezembro em Bukavu, R. D. Congo. Pe. Louis Blondel, francês, assassinado na noite de 6 para 7 de Dezembro em Pretoria, África do Sul. Ir. Denise Kahambu Muhayirwa, assassinada a 7 de Dezembro em Kabare, R. D. Congo. Pe. Jeremiah Roche, irlandês, morto na noite de 10 para 11 de Dezembro em Nairobi, Quénia. Pe. Alvino Broering, assassinado a 14 de Dezembro em Santa Catarina, Brasil. Pe. Emiro Jaramillo Cardenas, morto a 20 de Dezembro em Santa Rosa de Osos, Colômbia. in ECCLESIA |
Bispos afirmam que o resultado do referendo vai prejudicar convivência entre as religiões
Secretário de Estado do Vaticano lamenta decisão do Tribunal Europeu de Direitos do Homem
Diocese de Angra vai avaliar e propor prioridades para o próximo quinquénio
Avaliar o caminho pastoral percorrido e propor prioridades para o próximo quinquénio contam-se como os objectivos principais do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) a realizar nos dias 6, 7 e 8 de Novembro em Angra do Heroísmo. Os trabalhos vão decorrer na sede da Cáritas (antigo Lar de Santa Maria Goretti)e contam com representantes de todas as ilhas das diversas instâncias diocesanas, de acordo com os estatutos do CDP. Encerram no Domingo, dia 8, com a celebração do Dia da Igreja Diocesana, às 18h00, na Catedral de Angra. Recorde-se que a diocese de Angra está a celebrar 475 anos da sua fundação (3 de Novembro de 1534 pela bula Aequum reputamos de Paulo III) pelo que este CDP assume um significado ainda maior quanto à valorização da comunhão eclesial e das estruturas que a suportam. |
Neste período de crise económica, os sacerdotes da diocese francesa de Lyon foram convidados pelo Conselho presbiteral, instância representativa de todos os sacerdotes da diocese, a entregar um mês do seu salário (cerca de 900 euros) a uma associação caritativa.
Os sacerdotes admitem que este gesto não é suficiente", mas afirmam "enviar um sinal aos nossos contemporâneos, para quem a imagem da Igreja é frequentemente a da pregação e mais raramente a de uma solidariedade concreta".
ECCLESIA
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