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Quando o tecto não inspira confiança (segurança)!

por Zulmiro Sarmento, em 12.10.08

     Por cima da cadeira da presidência ( um dos locais principais duma celebração litúrgica católica) na capela-mor de talha dourada barroca da Igreja Matriz da Madalena do Pico, vê-se claramente a ameaça fruto de séculos de pregos enferrujados e dos balanços ainda não esquecidos, há dez anos atrás...

     A almofada de talha caiu na hora certa. Numa Eucaristia, seria a viagem directa para a casa mortuária sem necessidade de passar pelas urgências do Centro de Saúde.

     Aquela pequena maravilha da arte ficou tal e qual como se viu até hoje. Não foi objecto de detalhado estudo para verificação do seu estado aquando da recuperação do edifício.

     Adiar mais é um assunto temerário. Entendidos e especializados em assuntos de arte tão melindrosos, precisam-se urgentemente. Oxalá que seja apenas um acidente sem consequências futuras.

     As fotos ilustram que nem um rameloso padre, no lugar da presidência, está seguro na acção mais santa... 

     Valha-nos o olhar atento de Santa Maria Madalena!  

 

 

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publicado às 15:19


4 comentários

De Anónimo a 12.10.2008 às 18:23

Agora os padres ascenderam a ramelosos?! ;)

De Zulmiro Sarmento a 12.10.2008 às 19:38

A palavra «rameloso» não se encontra no dicionário que possuo na minha estante. Sempre me lembro desde a idade da razão de no meu meio se usar esta palavra para significar uma coisa ou uma pessoa que deixa muito a desejar no asseio, limpeza, frescura, modos de agir, comportamentos, atitudes,...
Quando a uso refiro-me sempre a mim. Por ser padre e não pároco, o que provoca muitas dores de cabeça a certas pessoas, por ser "free lancer", como me dizia um luso-americano um dia destes.
Nunca uso esta palavra referindo-me a outros colegas. Embora, objectivamente, alguns merecessem.
Assim sendo: como é que estou a celebrar na Igreja da Madalena, na ausência do pároco, e como me considero muitas vezes o célebre Calimero da banda desenhada infortunado achei graça a possibilidade, não tão remota assim, de me cair um pedaço do tecto em cima. Para expiação dos meus pecados. E pelas «barbaridades» -dizem - que vomito nas homilias por essas igrejas...

De Anónimo a 13.10.2008 às 06:15

Caro amigo Zulmiro.
Em primeiro lugar agradeco as fotos da pequena derrocada da nossa Matriz, pois antes de as ver imaginava coisa pior.
Escrevo ainda em dia de Domingo por estes lados do Pacifico, embora ai no atlantico ja seja segunda-feira.
Esta manha quando regressava da Eucaristia Dominical que celebrei na Igreja de Santa Ines, aqui em Sao Diego, recebi um telefonema de um dos membros do Conselho de Assuntos Economicos da Madalena a relatar-me o sucedido. Fiquei deveras preocupado e so me tranquilizei ao ver as fotos no teu blog.
Para conhecimento de todos os que lerem o teu post informo que ja ordenei tomarem medidas de seguranca e de precausao em virtude de mais derrocadas e que quando ai chegar a 21 do corrente, tomaremos as medidas mais acertadas com tecnicos credenciados na materia, uma vez que aquando do sismo de 98, a Capela-Mor nao sofreu nenhum dano, nao sendo alvo intervencao.
Gracas a Deus pela intercessao de Santa Maria Madalena a derrocada aconteceu durante a noite nao provocando danos humanos.
Um abraco amigo e ate daqui a uma semana. Desculpa as faltas de acentos e cedilhas mas neste teclados americanos nao os ha.
Pe. Marco Martinho

De Zulmiro Sarmento a 13.10.2008 às 09:53

Nos últimos dias pessoa conhecida anda a lavar-me a cara a pretexto de por em causa a minha sanidade mental. Claro que os termos apresentados não são estes.
Só me dá coragem para prosseguir ainda mais neste rumo que tracei a mim mesmo. Não me desviarei um milímetro. E pessoas isentas têm-me dado forças para prosseguir. Simplesmente porque me estimam
E obrigado pela pseudo-preocupação e possível sinceridade. Para as suas bandas há quem tenha muitos mais problemas daqueles que menciona. Mas não deixa de ser um menino bonito... intocável.
Passe bem. Disse

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