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Caetano Tomás explica José Rodrigues dos Santos e o seu "brilhante" livro que vem desmascarar a Igreja !!!

por Zulmiro Sarmento, em 21.11.11

 

Não vi o programa, não li o livro, mas recebi impressões, algumas alarmadas. O simpático José Rodrigues dos Santos saiu –se com um livro da linha do Código Davinci, de José Saramago  e de umas tantas entidades que, hoje, procuram lançar dúvidas sobre certos aspectos da vida de Cristo.

Um dos mais “chocantes” para muitas pessoas é que Ele tinha irmãos, que a sua Mãe não era virgem, que Ele era casado. Etc., etc…Outros precisamente lançam dúvidas sobre o Antigo Testamento, como se este fosse o fundamento do Cristianismo. Mas, na realidade, não é…

Vamos repetir explicações sobre tudo isto.

Em primeiro lugar note-se bem que o nosso Cristianismo assenta éem Cristo Filhode Deus. Ele afirmou que era Deus. Mas muitos psicóticos também o têm feito. Simplesmente Ele provou –o com os seus milagres, em especial com a sua Ressurreição.

De resto digam o que disserem, o Cristianismo está assente n’Ele, nosso Mestre, a quem podemos chamar “rocha firme”. Por isso, se Ele teve irmãos, se a Mãe não era virgem, se era casado… isso em nada abala a sua Divindade, nem o que ensinou, nem o que fez, nem o que instituiu…

Todavia sejamos equilibrados… Os dados históricos que vêm do princípio do Cristianismo, apontam fortemente para as convicções clássicas, isto é, que ela era virgem, etc. Mas, insista-se: isso não é essencial ao Cristianismo. Todavia é bom recordar as “fontes” históricas, por exemplo a quantidade de “cartas” e outros escritos que temos e que foram escritos a partir do Ano 50, isto é, simplesmente 20 anos depois de Ele ter estado na “terra”. Havia muita gente, amigos e inimigos que tinham andado com Ele, que o tinham visto e ouvido ou que tinham recebido relatos a seu respeito. Se fossem verdade essas “coisas” que hoje dizem, elas tinham de aparecer.

Mas, mais uma vez, o nosso Cristianismo assenta é n’Ele, e  não depende nada dessas “curiosidades”. Elas não o abalam…(ver anexo mais abaixo.).

O Cristianismo também não depende da “linguagem” que Cristo usou: era a linguagem da sua nação. Por exemplo, Ele falava em possessos dos espíritos, e sabia bem que se tratava de doenças psíquicas. Se se referiu aos cananeus como “cães” simplesmente usou a linguagem normal dos seus ambientes.

Quanto ao Antigo Testamento, trata-se duma série de Livros riquíssimos em sentido de Deus, em monoteísmo, em exortações e caminhos de Santidade, em sentido do oração, etc.,etc… Sabemos que ele contem muitos factos históricos, mas também sabemos que nele há muitas “histórias”criadas a níveis vários, para servirem de “veículos”  aos ensinamentos transmitidos. Recorde-se, mais uma vez que, por exemplo, os primeiros capítulos do Génesis (primeiro Livro da Bíblia) são mitos. Já tenho explicado muitas vezes que estes são construções em imagens, as quais exprimem factos “eternos” da vida humana. Na Bíblia, eles serviram também de formidáveis veículos para falar de coisas de Deus e suas intervenções. Mesmo que só se tratasse de “histórias” o que interessa são os conteúdos…

À margem de tudo isto há nesses 42 livros riquezas “eternas” de ensinamentos. Basta recordar os Profetas e os Livros  Sapienciais. Os seus ensinamentos nunca mais morrem…e são utilizados por muitos grupos religiosos, e muitas pessoas  que simplesmente os descobrem e utilizam.. O Cristianismo tem neles as “raízes” de muitos dos seus ensinamentos. O problema é que há grupos e pessoas que os tomam à letra. Seguem esse caminho os “críticos” que assestam neles as suas revelações. Há muito quem pense que é um recurso para “vender” muito, e para conquistar nome. Não me pronuncio, nem interessa.

O que interessa é, mais uma vez: o nosso Cristianismo assente é em Cristo, Filho de Deus feito Homem…E também me interessa o esclarecimento em vez de confusão…

 

 

Anexo             ---Cristo é uma  pessoa histórica---

Acontece haver quem, especialmente entre os mais novos, os superficiais, os mal    informados, não se sinta seguro acerca dos factos de Cristo. Perguntam se os Evangelhos não terão sido inventados? Há quem levante a ideia de que alguém tenha inventado tudo isso. Porém era impossível Não tinha  “pegado”. Na realidade, está tudo documentado na História. Há duas pistas diferentes, mas que levam ao mesmo Cristo real. Vejamos:

           

1ªpista. Há no mundo uma “consciência colectiva” que vem do tempo d’Ele: desde então, imensa gente sabia. A essa consciência chama-se indicador de realidade.    Ela não poderia existir se Cristo não tivesse existido. Se alguém O tivesse inventado, não era aceite porque ninguém O conhecia. Ninguém sabia…Mas, a sua realidade histórica, ficou na consciência das comunidades. É assim com tantos factos e nomes do passado, como Sócrates, Platão…os reis de Portugal, o Terramoto de 1755, etc., etc. Eles não podiam ser inventados. Se alguém os inventasse, eles não seriam aceites porque, mais uma vez, ninguém os conhecia. Com muito mais razão, Cristo não podia ser inventado…, nem as coisas que Ele fez e disse. Mas, mais…:

           

2ª pista. Há escritos que vêm daquele tempo, quando ainda existia muita gente que O acompanhara, O vira, ou tinha tido informações a seu respeito. Esses escritos chamam-se Novo Testamento. Mas, em si mesmos, são escritos como outros quaisquer. E como tais devem ser tratados no seu valor histórico.

 Ao todo são 27 livros. Os 4 primeiros são Evangelhos, isto é, resumos das catequeses dos primeiros tempos. Eles não são “vidas de Cristo”, mas contêm-na. São diferentes uns dos outros mas coincidem nos factos essenciais. É a força da verdade.

Restam os outros 23 livros, totalmente diferentes dos Evangelhos. Desses livros, 21 são “cartas”. Elas foram escritas a destinatários variadíssimos, muito distantes uns dos outros, e sem ideia de dar notícias acerca de Cristo. Os assuntos delas dizem respeito às comunidades, às suas orientações e aos seus problemas. E aí está outro facto de total valor histórico. É que, nesses 23  livros  fazem-se  650 referências a Cristo, e às suas actuações. Nós conhecemo-las na “consciência colectiva” e nos Evangelhos. Elas eram do conhecimento das mais variadas comunidades.

Ora, as referências têm um total valor de realidade histórica. É que elas fazem-se quando se sabe que os destinatários conhecem os factos. Se não os conhecem, dão-se informações. O que não é o caso daqueles 23 livros. Nenhum deles tem como objectivo dar qualquer informação sobre Cristo. Vale a pena passar-lhes uma vista de olhos. Até por curiosidade histórica, recomendar-se-ia começar pelos Actos dos Apóstolos. Este Livro é o 5º do Novo Testamento e, nas edições da Bíblia, vem logo a seguir aos Evangelhos.

  O conjunto das ditas referências forma a chamada “vida de Cristo dispersa”. Esta coincide com as informações existentes na consciência colectiva e nos Evangelhos. Isto só é possível porque as pessoas conheciam os factos. c t.

 

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