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Projecto pessoal de vida em Campanha de Vocações

por Zulmiro Sarmento, em 17.04.08

 

 

 

     É necessário e urgente fazer com que os adolescentes e jovens procurem dar às suas vidas um projecto belo. O conceito de BELEZA está na ordem do dia da Igreja. Sobretudo na Pastoral Vocacional.

     Um bispo da Igreja portuguesa que admiro muito (António Marto) disse recentemente aos jovens da sua Igreja Local: «A vós jovens reservo uma palavra amiga de encorajamento. Sei como é difícil a um jovem orientar-se e orientar a própria vida em sentido diverso e melhor, segundo o projecto de Deus , neste mundo que se assemelha a uma grande feira  em que são oferecidos os mais variados projectos e modelos, cada qual na embalagem mais sedutora. Quero dizer-vos, por experiência própria, que em Jesus Cristo encontramos tudo o que torna a vida verdadeira, digna, livre, nobre, grande e bela. Não vos deixeis cair na indiferença, na superficialidade e na mediocridade de vida».

     Reparem numa coisa: a nossa sociedade é a sociedade dos supermercados. Entramos, compramos coisas, pagamos e saímos. Mas há também propostas do espírito que oferecem projectos de vida, estilos de viver. E não obrigam ninguém. E não usam os processos discutíveis da publicidade que fazem rolar milhões. Apenas o "ruído ensurdecedor" materialista e hedonista que ferozmente nos cerca estraga tudo. Alguns (muitos?)adolescentes e jovens conseguem ouvir para além da voz do vento, a voz de Deus a chamar sem cessar (assim se expressa o p.e Zézinho na sua canção). Era preciso, isso sim, colocá-los em contacto uns com os outros e em regime de «pré-seminário» (ou o que quiserem chamar). Para saberem — rapazes e raparigas —  que não estão sós!

     Assim vão vingando o "projecto consumista", o "projecto vitalista", o "projecto compromisso",... e o Projecto Cristão anda para aí envergonhado. Pudera! O esforço que tem sido feito... A Catequese da Adolescência e dos Jovens, no geral, anda pelas ruas da amargura. Para muitas Comunidades até parece um assunto tabu. Muitos têm medo de se "queimarem" com o insucesso. Porque este está quase à partida garantido. (Isto é que são pessimismos meus!). Que pessoa à frente? Que equipa à frente? Que modelos vocacionais alegres, felizes, sadios, existem? Que imprimam a beleza da vocação laical, sacerdotal, religiosa? Ainda ressoam nos meus ouvidos as palavras do bispo de Vila Real na Missa Crismal de 5ª Feira Santa p. p. : «Aos padres novos tenho uma coisa a dizer: procurem saber discernir o essencial do acessório!» E a confidência de um padre transmontano sobre o que significava na Diocese do Porto "desertarem" dois padres novos por mês. Fiquei arrepiado. Tanta fachada! «Encosta a tua cabeçinha no meu ombro e chora e conta as tuas mágoas todas para mim...». Quando a Festa acaba é que são elas!!

                                                            §§§

     Estou aberto a sugestões. Na Escola faço o que posso com as  diversas linguagens e os materiais disponíveis. Gostava que muitos mais alunos escrevessem o que pensam, aqui. Um(a) ou outro(a) atreve-se. O pior é que há na Escola pública portuguesa um "parente pobre" que se chama Educação Moral e Religiosa. Um Estado laico ajudava bastante, mas laicista!?... militantemente ateu!?... com a Maçonaria a dar ordens  (quase) descaradas!?...

     Estou ansioso por chegar a Julho p.f. para participar no Encontro de Professores dos Açores de E.M.R.C. em São Miguel. Partilhar alegrias e esperanças, tristezas e angústias vai fazer-me bem. E com o Sr. Secretário, ainda melhor.

     Não pensem que esgotei o assunto!

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publicado às 16:28


2 comentários

De inha a 17.04.2008 às 18:52

Sei que a educação começa em casa...todo o tipo de educação até, e fundamentalmente a religiosa (esta mais do que qualquer outra educação -valores, atitudes...). No entanto, quando as nossas crianças e jovens vão à catequese, à igreja que modelos têm?!! Algo tem de mudar e não é só em casa...

De n.16 a 17.04.2008 às 21:01

Não sou nenhum exemplo de jovem católico. Frequento a catequese por opcção, mas não vou motivada seja para o que for.
Não vou à missa porque não sinto "a tal" motivação que deveria sentir. É verdade que a sociedade de hoje não ajuda muito os jovens a ouvirem a "voz" de Deus e viverem a sua vida, com um cantinho reservado a Ele, no entanto, os jovens também só estão abertos ao consumismo actual.
Quando era criança, ia para a catequese e gostava muito, tinha fé. Depois veiu aquela fase em que desacreditei-me de muitas coisas. Todavia, há coisas que nos chamam e que não podem ser ignoradas. Vivo a minha fé à minha maneira, que sei ser, uma maneira que muita gente não compreende.

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