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Conselho Pastoral quer padres libertos para «o essencial da sua missão»
O Conselho Pastoral da diocese de Viseu reflectiu sobre a colaboração que os leigos podem dar na organização paroquial e a necessidade de o sacerdote se concentrar na missão que lhe é essencial.
Tarefas burocráticas, organizativas, administrativas e de acção social, podem ser confiadas a leigos que estão “disponíveis para colaborarem com o padre, libertando-o para o seu papel específico”, exprime um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
“Os leigos querem o padre ocupado no essencial da sua missão, que é a presença junto das pessoas e a celebração dos sacramentos”.
A reunião do Conselho Pastoral evidenciou a tendência de “os párocos concentrarem em si tudo, evidenciando pouca confiança nos leigos”. Os participantes na reunião mostram-se favoráveis à alteração desta situação. “Os leigos devem ser devidamente aproveitados e formados para desempenharem o seu papel nas comunidades cristãs”.
“A concentração de tudo nas mãos do padre deixa-os de tal modo absorvidos em tarefas de segunda importância, que ficam sem tempo para o essencial da sua missão: estarem próximos de cada um, com a Palavra do Evangelho e com os Sacramentos”, exprime ainda o comunicado.
Em regime de voluntariado ou em dedicação plena, os leigos “são um recurso inesgotável na Igreja e devem ser devidamente aproveitados, dando-lhes formação adequada ao desempenho do seu papel”. Por instituição dos bispos “podem também ser chamados a desempenhar ministérios laicais”.
A existência de ministros extraordinários da comunhão e ministros da celebração dominical sem a presença do sacerdote já é uma realidade comum em Viseu. D. Ilídio Leandro, bispo de diocese, deseja que também venham a ser instituídos coordenadores da pastoral comunitária, catequistas formadores, animadores da pastoral social, animadores da pastoral familiar, animadores da pastoral da juventude, coordenadores da liturgia e animadores de grupos bíblicos.
D. Ilídio considera importante, nas paróquias onde não resida um sacerdote, “existir um leigo preparado para assumir o ministério de coordenador da pastoral comunitária, em estreita relação com o pároco, permanentemente atento às necessidades da comunidade.
Segundo o gabinete de informação da diocese de Viseu a preparação base destes leigos deverá ser feita no na Escola Diocesana de Educação Cristã, por indicação do respectivo Secretariado Diocesano, em diálogo com o vigário episcopal de cada zona pastoral, que definirão o percurso de formação específica, durando pelo menos três fins-de-semana.
Depois de apresentados para a formação básica e logo que ela esteja concluída, estes leigos serão designados em celebração solene e pública, preferencialmente com a presença do bispo.
Agência ECCLESIA
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