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Conclusões apelam a uma cultura de formação na Igreja
Conclui-se esta Sexta-feira em Fátima o VI Simpósio do Clero de Portugal, subordinado ao tema “Reaviva o dom que há em ti”. Mais de 800 padres, alguns diáconos e os seus bispos viveram estes quatro dias entre conferências, tempos de oração comunitária, momentos de reflexão, de partilha e de convívio. “Foi uma autêntica experiência de comunhão eclesial e de fraternidade sacerdotal”, refere a organização do evento, em comunicado. No documento conclusivo do Simpósio pede-se que “se crie uma cultura de formação permanente na Igreja, pois ainda não existe”. A vida do padre ou “é formação permanente, ou é frustração permanente, repetitividade, desleixo geral, inércia, apatia, perda de credibilidade, ineficácia apostólica”. De 1 a 4 de Setembro, os mais participantes tiveram oportunidade de ouvir vários oradores que colocaram a tónica na identidade sacerdotal. Em relação à formação nos seminários, faz-se referência a uma “atenção cuidada aos vários programas de formação dos seminários”. Só assim os padres poderão optar “pelo modelo de integração, polarizado no dinamismo da Cruz como ícone do Mistério Pascal, onde o amor entregado nos convida incessantemente, iluminando-nos e aquecendo-nos, a recebermos agradecidos o dom que a vida sacerdotal é, e a oferecermo-la alegremente como dom”. Os caminhos a percorrer para que a Igreja responda aos novos desafios do mundo de hoje “não estão ainda bem definidos e traçados”. O texto aponta pistas: “Temos de utilizar a lucidez na análise do que se apresenta, e a paciência misericordiosa para enfrentar as incompreensões”. Como as pessoas “não se seduzem nem se cativam verdadeiramente com a acomodação do Evangelho aos seus desejos e gostos pessoais”, as conclusões deste simpósio sublinham que “só quando o sacerdote se deixou, primeiro, seduzir no encontro pessoal com Cristo, poderá falar de tal maneira que as pessoas o descobrem possuído de uma luz e beleza que ele mesmo desconhece.” Ao padre, hoje, são lançados inúmeros desafios e as respostas não podem ser mais “aquelas que sempre se deram, ou porventura, aquelas que o tempo de hoje não necessita”. Para além de catalogações sociais entre conservadores ou progressistas, “assumiu-se que é necessário revisitar o Concílio Vaticano II e o Magistério posterior, num esforço de caminhos de comunhão e leitura dos ‘sinais dos tempos’”. |
ECCLESIA