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Vivemos (a par com dois milhões de pobres em Portugal) numa das épocas mais prósperas. Cada dia que passa somos surpreendidos com novas comodidades e progressos. No mercado nós encontramos cada vez mais produtos necessários e desnecessários a seduzirem os potenciais consumidores.
A publicidade afirma, de forma dogmática, que essa felicidade que todas as pessoas buscam se encontra no consumo desses produtos. Neles está a força, a saúde, a vida, o amor, a paz, o vigor, a alegria. No consumismo está a salvação.
A publicidade encarrega-se de afirmar, dia após dia, que a felicidade está em adquirir coisas. A realidade, porém, diz-nos que não é bem assim.
Se a felicidade consiste em adquirir coisas, porque é que as pessoas do consumismo não nos aparecem como gente feliz?
Porquê um sentimento de vazio, de falta de sentido para a vida em pessoas desta sociedade consumista? Porquê tanta desilusão?
A felicidade não se compra nem se vende. Ela está numa atitude livre e responsável perante a vida, as pessoas e os acontecimentos.
A felicidade vem de dentro de cada um de nós. Ela nasce dentro de um coração e de uma inteligência que buscam a verdade.
A felicidade pode saborear-se quando a pessoa se decide a amar e a servir os outros, especialmente os pobres e infelizes.
A felicidade é projecto dos que trabalham por fazer deste mundo um jardim maravilhoso.
A felicidade não é igual a consumismo. Ela parte do fundo de nós mesmos, de uma opção ( fundamental ) de vida que se faz. Para os cristãos, está no Evangelho de Cristo, sobretudo nas chamadas bem-aventuranças.