Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
REPARE NAS 7 DIFERENÇAS:
1. Mudou o trono dourado por uma cadeira de madeira... Algo mais apropriado para o discípulo de um carpinteiro (O Sr. Jesus).
2. Ele não aceitou a estola vermelha bordada a ouro roubada do herdeiro do Império Romano, ou a capa vermelha.
3. Usa os mesmos sapatos pretos velhos, não pediu o vermelho clássico.
4. Usa a mesma cruz de metal, nenhuma de rubis e diamantes.
5. Seu anel papal é de prata, não de ouro.
6. Usa sob a batina as mesmas calças pretas, para lembrar-se de que é apenas um sacerdote. Você já descobriu a sétima diferença?
Retirou o tapete vermelho.
(...)
Assim, quem quer que defenda partidos ou grupos que pregam a revolução social, a luta de classes, o igualitarismo total, a negação do direito de propriedade e a ideologia de gênero, não me representa nem pode falar em meu nome nem em nome da Igreja.
Ademais, conforme ensina a Igreja, como Bispo, quero ter sempre uma “prudente solicitude pelo bem comum” (Laborem exercens, 20), “não estou ligado a qualquer sistema político determinado” (Gaudium et Spes, 76), não me intrometo no trabalho político, “por este não ser competência imediata da Igreja”, “nem me identifico com os interesses de partido algum”, ensinando, porém, os grandes critérios e os valores irrevogáveis, orientando as consciências e oferecendo uma opção de vida que vai além do âmbito político” (Bento XVI, Aparecida, 13-5-2007, Disc. Inaug. do CELAM).
Defendo a mesma posição do Catecismo da Igreja Católica quando diz: “Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos” (n. 2442).
Compartilho também com a posição do Papa Bento XVI, hoje emérito, quando ensinou que “a Igreja não tem soluções técnicas para oferecer e não pretende de modo algum imiscuir-se na política dos Estados, mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo…” (Caritas in Veritate, 9).
É claro que, na crise atual, há quem não siga nessa matéria o critério do Magistério da Igreja. Mas são vozes fora do caminho, mesmo que muitas. Não se pode apoiá-las.
Se há pessoas na Igreja que não seguem seus ensinamentos, temos a obrigação de não segui-las e, se tivermos ciência e competência para tal, de respeitosamente manifestar isso aos Pastores da Igreja (CIC cânon 212, §3), ressalvando a reverência que lhes é devida.
É nesse último ponto que pecam gravemente alguns que se intitulam católicos. Na ânsia de defender coisas corretas, perdem o respeito devido às autoridades da Igreja e as desprestigiam, para alegria dos inimigos dela.
Junto com o combate ao erro, até querendo fazer o bem, acabam destruindo a autoridade, com ofensas, exageros, meias verdades e até mentiras, caindo assim em outro erro. A meia verdade pode ser pior do que a mentira deslavada.
Não quero dizer que não existam os erros que combatem. O que é preciso é evitar as generalizações, ampliações e atribuições indevidas e injustas, onde acontecem faltas ou excessos. A justiça e a caridade, mesmo no combate, são imprescindíveis. Qualquer pessoa não católica que lesse certos sites e postagens de alguns católicos críticos, injuriando os Bispos e autoridades da Igreja, certamente iria raciocinar: “é impossível que tais pessoas sejam católicas, pois não se fala assim da própria família!”.
Como diz o provérbio: “Não se pode jogar fora o bebê, junto com a água suja do banho!”.
(Dum blogue tridentino, ultraconservador, onde um Bispo põe na ordem estes puritanistas que nem parecem católicos)