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Grande parte da Sua actividade decorreu à beira do mar da Galileia, cujo principal afluente — e também efluente — é o Jordão. Foi, aliás, nas margens deste rio que Ele foi baptizado (cf. Mc 1, 9).
Passava de margem para margem (cf. Mc 4, 35), mas nunca deixou as margens. E jamais abandonou os que eram postos à margem (cf. Lc 16, 19-31).
Não se trata de marginal no sentido de contestatário ou de irrelevante, mas no sentido de alternativo.
A mensagem e a conduta de Jesus foram de tal modo relevantes que muitas multidões se formaram à Sua volta (cf. Mt 5, 1).
Jesus não só não pertencia aos principais grupos do judaísmo como defendia um projecto de vida, em muitos casos, oposto ao deles.
Jesus não foge dos que falham (cf. Mt 11, 19). Sente-se bem com os doentes (cf. Mt 14, 14), os famintos (cf. Mt 15, 32), os pobres (cf. Mt 5, 1) e os perseguidos (cf. Mt 5, 10).
Enfim, nunca hesitou em tomar partido pelos mais humildes (cf. Mt 25, 40).
Quando teve de escolher, optou por quem estava em baixo e por quem ficava de fora.
Afagou as lágrimas dos pecadores (cf. Lc 7, 38) e fazia questão de tocar nas feridas dos sofredores (cf. Mc 1, 41). Jesus é o Deus que (nos) toca.
É sempre nas margens que O conhecemos. Serão os marginalizados os que melhor O entenderão?