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O mesmo acaba — quase sempre — por sufocar o diferente.
Ele irrompe na história para romper com muitas zonas de conforto da nossa vida.
Ele hospeda-Se em nós para nos desinstalar de nós.
Aliás, Jesus sempre teve uma predilecção pelas margens. Não só pelas margens dos rios (cf. Lc 8, 22), mas também pelo que ficava à margem dos grandes centros.
Em Jesus, o marginal torna-se definitivamente central.
Não nos retiramos para fazer o que fazíamos. Mudamos de ambiente para procurar mudar de vida.
Muitas vezes, é no fundo de nós que está o maior entrave à presença de Deus em nós. O egoísmo é o obstáculo mais resistente, aquele que mais custa remover.
O perfil do retiro é mais ermítico que cenobítico. Predomina o silêncio para prevalecer a escuta. Rareiam as palavras para melhor acolher a Palavra.
Só que o convívio do retiro é com Deus. É este convívio que antecede — e alimenta — todo o convívio.
Um retiro ajuda a esvaziar o eu que ainda subsiste em nós. E começa a levar Deus até (mais) além de nós!