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A rentabilidade dum Santuário

por Zulmiro Sarmento, em 12.08.11

 

               Vai para três anos que o novo reitor do Santuário do
Senhor Bom Jesus, em São Mateus, tomou posse do cargo.

               O Padre Marco Martinho tentou criar uma nova dinâmica
no Santuário com particular incidência na festa do Senhor Bom Jesus.

Desde o começo que acompanho esta transformação, modéstia à parte, também dei o meu
contributo, por isso gostaria neste apontamento elogiar a forma como em mais um
ano decorreu a festa. O meu elogio não é para o pavoneamento do Senhor Reitor,
mas para mostrar como alguns velhos do Restelo estavam enganados, inclusivé, o
anterior reitor e os abutres que andavam à volta dele.

Parece que se humanizou a festa, despedindo um certo misticismo doentio à volta da imagem
do Senhor, muito contribuiu as várias vezes que foi exposto o Santíssimo
Sacramento, convidando os crentes a entender que o Senhor da Imagem está de
forma privilegiada na hóstia consagrada. Os peregrinos naquela semana tem a
Igreja aberta até às vinte e quatro horas e na vigília toda a noite com alguém
que os acompanhe na oração, evitando bater com o nariz na porta. O dia da festa
não se resume a uma missa e uma procissão, na Vigília houve adoração
Eucarística e Celebração do Sacramento da Reconciliação, Eucaristia e não
celebração da palavra, pela noite dentro celebração do Sacramento da
Reconciliação, uma peregrinação organizada da Igreja da Madalena e da Silveira,
Eucaristia de Acolhimento às Peregrinações, Vigília de Oração e alvorada pela
Filarmónica Lira de São Mateus, primeira eucaristia às oito da manhã,
Celebração do Sacramento da Reconciliação toda a manhã, segunda Eucaristia
pelas onze horas, continuação da Celebração do Sacramento da Reconciliação até
à hora da Eucaristia Solene que aconteceu pelas 16h30, podendo mais gente
participar e não, de manhã só para velhos e abandonados e procissão ao fim da
tarde.

Este ano paralelamente houve algumas actividades musicais e culturais para além das
filarmónicas como era tradição.

Estas mudanças não são nada, comparado com o árduo trabalho que ainda há para fazer.
O Santuário não pode reduzir as suas actividades somente à festa ao longo do
ano, deverá ser um centro agregativo de actividades a nível Ilha, digo mais uma
vez, aí devem sediar-se os movimentos pastorais da ilha, talvez aí deva construir-se
o Centro Pastoral da Ilha. Deve criar-se uma escola de formação cristã, ali
devem reunir-se todos os que buscam um aprofundamento da fé.

O Santuário do Senhor Bom Jesus ainda não está explorado em dez por cento daquilo
que ele pode dar à ilha, para tal é necessário uma mudança de mentalidade, em
primeiro lugar nas pessoas de São Mateus, devem pensar no Santuário para a ilha,
não para a paróquia, inclusivé na parte financeira, em segundo lugar, os de
fora devem assumir aquela estrutura como sua e não como somente uma Igreja
paroquial.

O Santuário do Senhor Bom Jesus não é pertença de ninguém, é de todos os
picoenses e de todos os devotos do Senhor Bom Jesus Milagroso.

Dou uma sugestão para se criar uma maior consciência de universalidade do Santuário, a criação
da Irmandade do Senhor Bom Jesus, masculina e feminina, que se comprometa em
promover o culto do Senhor, mas, sem mexer em dinheiro, para ver se é uma
verdadeira Irmandade de oração, devoção, adoração do Santíssimo, só para não
criarmos um monstro como é a Irmandade do Senhor Santo Cristo que mais parece
um clube privado de “gente de bem”.

Em tempos disponibilizei-me para ajudar a construir esta obra, hoje renovo a minha
disponibilidade, pois continuo a ser devoto do Senhor seja em São Mateus seja na
Calheta, para mim não há rivalidades, o que há é um só Senhor, vivido em dois
lados, o que não anula a importância do Santuário, pelo contrário aumenta-a.
Que os padres de hoje sejam capazes de dar o passo contrário que deram outros
no passado e em vez de separarem saibamos incluir. Jesus não é desculpa para
separações mas para incluir.

 

P. Paulo Silva

 

(Escrito que saíu na última página do Jornal «O Dever» de 11 de Agosto de 20011 e que transcrevo na íntegra. O que não significa que concorde com tudo. Considero-o uma achega significativa para a verdade do Culto ao Senhor Bom Jesus Milagroso e a Pastoral de Conjunto na Ouvidoria do Pico.)

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publicado às 16:40


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