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Instalar os idosos nas prisões e os infractores em lares...
Assim, os idosos têm acesso a um chuveiro, passeios, medicamentos, exames odontológicos e médicos regulares.
Receber cadeiras de rodas, etc
Receber o dinheiro em vez de pagar o seu alojamento.
Terão direito a vídeo vigilância contínua, que permite imediatamente receber assistência depois de uma queda ou outra emergência.
Limpeza do quarto, pelo menos duas vezes por semana, roupas lavadas e passadas regularmente.
Um guarda faz visita a cada 20 minutos e podem também receber refeições directamente no seu quarto.
Ter um lugar especial para atender a família.
Ter acesso a uma biblioteca, sala de ginástica, fisioterapia e espiritual, bem como a piscina e até mesmo ensino gratuito.
Pijamas, sapatos, chinelos e assistência jurídica gratuita, mediante pedido.
Quarto, casa de banho e segurança para todos, com um pátio de exercícios, rodeado por jardim.
Cada idoso teria ainda direito a um computador, rádio e televisão.
Teria um "conselho" para ouvir denúncias e, além disso, os guardas têm um código de conduta a ser respeitado!
Agora vem o pensamento:
Politicamente é correcto dar condições de existência a todos, mesmo aos reclusos.
Agora, o que não é admissível é a inversão dos valores em que se assiste à defesa dos mais fortes contra o desleixo dos que não se conseguem defender, como é o caso dos idosos e doentes.
Além do mais, é imoral que a sociedade se preocupe mais com aqueles que a não respeitam, que a atacam a cada dia e que a subvertem.
Que tal se sentem os que passaram uma vida a trabalhar para receberem umas migalhas em troca na sua velhice e sejam atacados directamente por aqueles a quem têm de sustentar???
A vida não é justa... mas não é necessário exagerar …
Três dias antes do Natal, assistia calmamente ao Telejornal da RTP1
quando vi a grande notícia da noite. Entre os atentados em Bagdade e
as agências de rating, uma voz off anuncia o que as câmaras filmam: o
presidente da maior empresa pública portuguesa a levar dois saquinhos
de papel com roupa usada e um brinquedinho (usado) para uns caixotes
de cartão, cheios de coisas usadas para oferecer no Natal. Fiquei
comovida. Que imagem de boa pessoa, que gesto bonito: pegar num
fatinho usado do seu guarda-vestidos que deve ter uns 200 e num
pequeno brinquedo de peluche, e depositar tudo no caixote de cartão
para posteriormente ser redistribuído? À administração da empresa?
Não, a notícia explica que é para oferecer aos pobrezinhos, que estão
a aumentar com a crise. A RTP, Telejornal à hora nobre, filma o
comovente gesto. Em off, o locutor explica o sentido dizendo que
alguém vai ter no sapatinho um fato de marca. Olhando para os sacos de
papel, percebe-se que esse alguém também receberá umas meias usadas e
talvez mesmo uma camisa de marca usada.
Primeiro, pensei que estava a dormir e um pesadelo me fizera voltar ao
tempo de Salazar, à RTP a preto e branco ou à série da Rita Blanco
«Conta-me como foi».
Mas não, eu estava acordada e a ver o presidente da EDP no Telejornal
da RTP 1 (podem ver o filme na net) posar sorridente para as câmaras,
a levar um saquinho a um caixote, que não era de lixo, mas de oferta.
Por acaso, estava à porta da EDP a RTP a filmar o gesto. Iam a passar
e filmaram, certamente, porque para os pobres os fatos em segunda mão
de marca assentam como uma luva. Um velhinho num lar de Vila Real
vestido Rosa & Teixeira sempre é outra coisa. Ou o homeless na sopa
dos pobres com Boss faz outra figura, ou o desempregado com Armani
numa entrevista do fundo de desemprego... Mentalidade herdada do
Estado Novo, foi a minha primeira análise, teorizando imediatamente
que os ricos em Portugal, os que recebem prémios de milhões em
empresas públicas e ordenados escandalosos e que puseram o mundo e o
país como se vê, são os mesmos com a mesma mentalidade salazarenta.
Mas nem é verdade, pois, mesmo nesse tempo, as senhoras do regime
organizavam enxovais novos nas aulas de lavores do meu liceu para dar
no Natal aos pobres que iam nascer.
Tantos assessores de imprensa na EDP, tantos assessores na Fundação
EDP, milhões de euros gastos em geniais campanhas de marketing, tantas
cabeças inteligentes diariamente pagas para vender a imagem do
presidente da EDP, tudo pago a preço de ouro, e não concebem nada
melhor do que mandar (!?) filmar, no espaço do Telejornal mais
importante do país, um gesto indigno, triste, lamentável, que
envergonha quem vê. Não têm vergonha? Não coraram? E a RTP que
critérios usa no Telejornal para incluir uma notícia?
Há uns meses escrevi ao presidente da EDP e telefonei-lhe mesmo, a
pedir ajuda da empresa para reparar a velha instalação eléctrica,
gasta pelo uso e pelo tempo, de uma instituição, onde vivem 40 adultas
cegas e com deficiências e que têm um dos mais ricos patrimónios
culturais do país. A instituição recebeu meses depois a resposta: a
Fundação EDP esclarecia que esse pedido não se enquadrava nas suas
atribuições. Agora percebi. Pedia-se fios eléctricos, quadros
eléctricos novos e lâmpadas novas. Devia-se ter escrito ao senhor
presidente da maior empresa (pública) portuguesa, com os maiores
prémios de desempenho, cujo vencimento é superior ao do presidente dos
Estados Unidos, para que oferecesse uma lâmpada em segunda mão, que
ainda acendesse e desse alguma luz. Talvez assim mandasse um dos seus
motoristas, com um dos geniais assessores de imprensa e um dos
fantásticos directores de marketing, avisar a RTP (a quem pagamos uma
taxa na factura da luz) para virem filmar a entrega da lâmpada num
saquinho de papel.
2011 anuncia-se um ano duro para os portugueses e sê-lo-á tanto mais
quanto os responsáveis pelo estado a que se chegou não saírem da nossa
frente.
Zita Seabra
A liturgia deste domingo coloca a questão da vocação; e convida-nos a situá-la no contexto do projecto de Deus para os homens e para o mundo. Deus tem um projecto de vida plena para oferecer aos homens; e elege pessoas para serem testemunhas desse projecto na história e no tempo.
A primeira leitura apresenta-nos uma personagem misteriosa – Servo de Jahwéh – a quem Deus elegeu desde o seio materno, para que fosse um sinal no mundo e levasse aos povos de toda a terra a Boa Nova do projecto libertador de Deus.
A segunda leitura apresenta-nos um “chamado” (Paulo) a recordar aos cristãos da cidade grega de Corinto que todos eles são “chamados à santidade” – isto é, são chamados por Deus a viver realmente comprometidos com os valores do Reino.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro, investido de uma missão pelo Pai; e essa missão consiste em libertar os homens do “pecado” que oprime e não deixa ter acesso à vida plena.
ECCLESIA, padres dehonianos
'ADEMUS AD MONTEM FODERE PUTAS CUM PORRIBUS NOSTRUS'
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Quero, portanto, agradecer a todos os e-mails muito educativos que recebi durante o ano. Estou convencido que sou um caso perdido e que as minhas hipóteses de cura são quase nulas. Isso porque: 1. Já não consigo abrir a porta da casa de banho sem usar um toalhete de papel;
2. Também já não confio na empregada do bar para me pôr rodelas de limão no meu copo de água com gelo sem ficar preocupado com as bactérias que certamente estarão na casca de limão; 3. Já não consigo sentar-me sobre a colcha da minha cama de hotel sem imaginar o que aconteceu sobre ela desde que foi lavada pela última vez; 4. Tenho relutância em apertar a mão de alguém que tenha estado a conduzir porque, estatisticamente, o passatempo favorito de muitas pessoas quando conduzem sozinhas, é esgravatar o nariz; 5. Já não saboreio o meu petisco favorito em paz porque fico preocupado imaginando quantos litros de gordura transgénica tenho ingerido nos últimos anos; 6. Não consigo tocar na bolsa de qualquer mulher, com medo que ela o tenha posto no chão de uma casa de banho pública qualquer; 7. Sinto-me na obrigação de enviar os meus agradecimentos a quem me enviou um e-mail sobre a tendência que os ratos têm de fazer cocó na cola dos envelopes, pois agora tenho de usar uma esponja molhada para fechar cada envelope; 8. Além disso e pelo mesmo motivo, já não consigo evitar esfregar furiosamente a parte superior de qualquer lata de refrigerante antes de abri-la; 9. Gastei todas as minhas economias, porque as fui enviando para uma menina muito doente (Penny Brown) que está prestes a morrer pela 1.387.258ª vez; 10. Estou teso, mas isso vai mudar quando eu receber os $15.000 que o Bill Gates / Microsoft e a AOL vão enviar-me por participar no seu programa especial de e-mail; 11. Tenho medo de ir tomar uma bebida a um bar, com receio de acordar numa banheira cheia de gelo com os rins estripados; 12. Não consigo comer um KFC porque fico imaginando que as suas galinhas são horríveis aberrações mutantes sem olhos, nem pés, nem penas; 13. Não consigo usar desodorizantes porque causam cancro, mesmo que eu possa ficar a cheirar como um búfalo de água num dia de intenso calor; 14. Graças a vocês aprendi que as minhas orações só são respondidas, se enviar um e-mail para sete dos meus amigos e fizer um desejo dentro de cinco minutos; 15. Por causa das vossas preocupações eu já não bebo Coca-Cola porque ela tem também a capacidade de remover manchas da sanita; 16. Já não meto gasolina sem ter alguém por perto para tomar conta do carro para evitar que algum maluco de um assassino em série possa entrar sorrateiramente no banco de trás enquanto eu atesto o depósito; 17. Já não uso filme plástico no micro-ondas porque provoca sete tipos diferentes de cancro; 18. E obrigado por me dizerem que não devo ferver um copo de água no micro-ondas porque pode explodir na minha cara, desfigurando-me para sempre; 19. Já não vou ao cinema porque poderia ser picado por uma agulha infetada com SIDA ao sentar-me; 20. Já não vou aos centros comerciais para evitar ser drogado com uma amostra de perfume e ser de seguida roubado; 21. Não atendo o telefone, com medo de que alguém me peça para discar um número qualquer que me vai fazer receber uma conta absurda de uma mão-cheia de chamadas para a Jamaica, Uganda, Singapura e Uzbequistão, etc.; 22. Já não compro biscoitos no Continente pois agora tenho a sua receita sem transgénicos; 23. Graças a vocês eu agora apenas uso a minha sanita porque tenho um medo de morte que uma enorme serpente preta possa estar escondida sob o assento e trincar o meu traseiro causando-me morte instantânea; 24. Também já não apanho moedas perdidas no chão porque provavelmente foram lá colocadas por algum molestador sexual à espera que eu me abaixe para atacar; 25. Já não faço jardinagem, com medo de ser picado pela aranha viúva negra e não chegar a tempo a um centro de socorro; Se vocês não re-encaminharem este e-mail para, pelo menos, 144 mil pessoas nos próximos 70 minutos, uma grande pomba com diarreia fará uma descarga direta sobre as vossas cabeças amanhã, às 17:00, e as pulgas de 120 camelos infestarão as vossas costas provocando o nascimento de uma enorme bossa cheia de pelos. Sei que isso irá ocorrer, porque na verdade aconteceu com o melhor amigo da cabeleireira do amigo do primo do segundo marido da ex-sogra do meu vizinho que por acaso é casado com a irmã de um amigo meu... Oh! já agora... Um cientista alemão da Argentina, após estudo aturado, descobriu que as pessoas com atividade cerebral insuficiente leem os seus e-mails com os dedos no rato. Não se preocupem em tirá-los agora... é tarde demais. PS: A partir do momento que me foi dito num e-mail que os salpicos da água do autoclismo atingem uma distância de mais de dois metros passei a guardar a minha escova de dentes na sala de estar. Desejo a todos vocês um 2011 muito bom ...... e uma vida muito saudável ...... Vocês são o máximo! |
No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Europeia declarou oficialmente 2011, Ano Europeu das actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa. Em Portugal, a coordenadora nacional é a jornalista Fernanda Freitas, que em entrevista à ECCLESIA fala dos projectos para os próximos meses e da intenção de promover o que chama de “voluntariado de proximidade”.
Ecclesia (E) - Depois de um ano marcado pela Luta contra a Pobreza e Exclusão Social, sucede um ano dedicado ao Voluntariado. Há uma complementaridade entres estes dois temas? É importante estimular o voluntariado, neste quadro social e económico que vivemos? Fernanda Freitas (FF) - É interessante o facto de o ano europeu do Voluntariado suceder ao ano de combate à pobreza e exclusão social. No ano passado, fizemos o que eu chamo um diagnóstico. Este ano iremos encontrar parte das respostas, não digo todas. Uma delas pode ser o voluntariado. Há acções, não apenas no voluntariado social e assistencialista, que podem ser desenvolvidas em prol da sociedade. O povo português é muito generoso, gosta de ajudar. Penso que falta compromisso, ou seja, ser generoso mas numa lógica de compromisso, não apenas quando se é solicitado. Quando o português assumir o compromisso de ser um povo voluntário, para além de solidário, estaremos no bom caminho para resolver grande parte dos problemas sociais, sobretudo de exclusão social.
E - O que vai caracterizar estes próximos meses? FF - O Ano Europeu de Voluntariado começou oficialmente no mês de Dezembro, mas cada país europeu marca o seu ritmo. Em Portugal, o ano começa, oficialmente, a 3 de Fevereiro com uma iniciativa – «A volta do voluntariado». É uma feira de voluntariado, que começa em Lisboa. O desafio da Comissão Europeia é situar esta volta nas capitais, mas a comissão portuguesa de acompanhamento do ano, quis ser mais ambiciosa. Em Portugal esta iniciativa, em maior ou menor escala - dependendo do espaço onde se realize - vai espalhar-se pelo país, chegando também às ilhas. Esta vai ser uma grande acção de voluntariado. Não pretendemos angariar fundos, mas voluntários. Estas «voltas» querem transmitir a disponibilidade que as entidades têm para receber, mas também provocar o inverso – as pessoas devem dirigir-se às entidades e oferecer-se como voluntários. O mais importante deste ano é divulgar o voluntariado e, sobretudo, o voluntariado de proximidade. Antes de atravessar o mundo, para desenvolver projectos em países em vias de desenvolvimento, pergunto se não deveríamos atravessar a rua e perceber o que podemos fazer pela comunidade, bairro ou prédio. O grande desafio do ano vai ser lançar a semente do voluntariado, que pode estar no espírito dos portugueses, mas falta concretizar. Na comissão de acompanhamento estão representadas entidades de todo o país – paróquias, bombeiros, Juntas de Freguesia, Autarquias, Santas Casas – e vão espalhar a notícia. Acredito que vai ocorrer uma contaminação positiva do que é ser voluntário em Portugal.
E - Ser voluntário é um desafio íntimo que exige um compromisso? FF - Ser voluntário é fazer a diferença, começando pela vida pessoal. Uma coisa é ajudar, outra é um compromisso. Quando se assume interiormente o voluntariado, está a assumir-se um compromisso de missão para concretizar uma ajuda que não é apenas espontânea. Quando fazemos uma acção de voluntariado ficamos mais cheios e felizes. Não há que ter medo de o assumir. É uma entrega extraordinária que nos torna diferentes e melhores pessoas, com mais competências sociais e afectivas.
E - A entrega ao voluntariado exige um passo diferente que os portugueses têm ainda de dar? FF - Sinto que a grande lacuna está na educação. Estamos habituados a ver pais e amigos a ajudar no Natal, a participar com bens consumíveis, no multibanco através de transferências... mas, e depois? É importante ser solidário também em época de Natal, mas não exclusivamente. É importante ser generoso, solidário e voluntário o ano todo. Uma acção pontual surge numa época, mas no restante ano a instituição vai continuar a precisar de ajuda – não apenas de dinheiro ou de arroz, mas das nossas competências. Ninguém é obrigado a fazer voluntariado. É legítimo pensar que se faz o que se deve – paga-se impostos e contribuiu-se com algo no Natal. Mas somar uns pontos à nossa capacidade de ser humano, encontrar um projecto que se adeque à nossa personalidade, estar feliz nesse projecto, é perceber que ser voluntário é um desafio.
E - As instituições têm também um caminho a fazer neste ano? FF - As instituições têm um grande trabalho a fazer no campo voluntário, sobretudo no dar respostas. O que mais retenho nestes primeiros meses de trabalho, é que muita gente procura ser voluntário e não recebe resposta. Isto não pode acontecer. Não podemos desperdiçar potencial humano. As instituições precisam de abrir espaço ao voluntariado, saber que os voluntários não vão falhar e perceber que um voluntário não vai substituir um trabalhador. Há espaço para toda a gente. Outro caminho a explorar este ano é o voluntariado empresarial. São muitas as empresas que procuram formação para constituir «Bancos» empresariais de voluntariado, ligando-se a uma instituição ou acção.
E - Como vive este desafio de somar este voluntariado a outro que já vinha fazendo? FF - Em Agosto, o Ministério do Trabalho e Solidariedade Social desafiou-me a ser coordenadora nacional deste Ano Europeu do Voluntariado. É um prazer estar a trabalhar em prol do voluntariado, algo em que acredito piamente. Significa muito trabalho, mas também muito orgulho e, sobretudo, sentido de missão. Quando as pessoas encontram respostas como «não tenho tempo ou dinheiro», costumo dizer «Quem quer fazer, arranja maneira. Quem não quer fazer, arranja desculpa».
in ECCLESIA |