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Não importa a morte... o 'prof' até era louco!

por Zulmiro Sarmento, em 31.03.10

 

autor

Ricardo Miguel Vasconcelos

 

Segundo os jornais 'Público' e 'i', o professor de Música que se suicidou a 9 de Fevereiro deste ano, parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, e atirou-se ao rio Tejo. No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: 'Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio', disse o licenciado em Sociologia.
O 'i' coloca o 9B no centro deste caso, escrevendo que os problemas do malogrado professor tinham como foco insultos dentro da sala de aula, situações essas que motivaram sete participações à direcção da escola, que em nada resultaram.
E à boa maneira portuguesa, lá veio o director regional de Educação de Lisboa desejar que o inquérito instaurado na escola de Fitares esclareça este caso. Mas também à boa maneira deste país, adiantou que o docente tinha uma 'fragilidade psicológica há muito tempo'.
Só entendo estas afirmações num país que, constantemente, quer enveredar pelo caminho mais fácil, desculpando os culpados e deixar a defesa para aqueles que, infelizmente, já não se podem defender.
É assim tão lógico pensarmos que este senhor professor, por ter a tal fragilidade psicológica, não precisaria de algo mais do que um simples ignorar dos sete processos instaurados àquela turma e que em nada deram? Pois é. O 'prof' era maluco, não era? Por isso, está tudo explicado.
A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), à boa maneira portuguesa, colocou psicólogos na tal turma com medo que haja um sentimento de culpa. E não deveria haver? Não há aqui ninguém responsável pela morte deste professor? Pois é, era maluco, não era?
José Joaquim Leitão afirmou que os meninos e meninas desta turma devem ser objecto de preocupação para que não haja traumas no futuro. 'Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Trata-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa', afirmou. 
Toca a tomar conta dos meninos e meninas porque não pode haver um sentimento de culpa. É verdade! O 'prof' era louco, não era?
Não estou a dizer que haja aqui uma clara relação causa-efeito. Mas alguma coisa deve haver. Existem documentos para analisar, pessoas a interrogar, algumas responsabilidades a apurar. Por isso, neste 'timing', a reacção da DREL é desequilibrada. Só quem não trabalha numa escola ou não lida com o ambiente escolar pode achar estranho (colocando de lado a questão do suicídio em si) que um professor não ande bem da cabeça pelos problemas vividos dentro da sala de aula em tantas escolas deste país.
Não se pode bater nos meninos, não é? Os castigos resultantes dos processos disciplinares instaurados aos infractores resultam sempre numa medida pedagógica, não é? Os papás têm sempre múltiplas oportunidades para defenderem os meninos que não se portaram tão bem, não é? É normal um aluno bater no professor, não é? É normal insultar um auxiliar, não é? É normal pegar fogo à sala de aula ou pontapear os cacifes, não é? É normal levar uma navalha para o recreio, não é? É também normal roubar dois ou três telemóveis no balneário, não é? E também é normal os professores andarem com a cabeça num 'oito' por não se sentirem protegidos por uma ideia pedagógica de que os alunos são o centro de tudo, têm quase sempre razão, que a vida familiar deles justifica tudo, inclusive atitudes violentas sobre os colegas a que agora os entendidos dão o nome de 'bullying'?
De que valem as obras nas escolas, os 'Magalhães', a educação sexual, a internet gratuita ou os apelos de regresso à escola, uma espécie de parábola do 'Filho Pródigo' do Evangelho de São Lucas (cap.15), se as questões disciplinares continuam a ser geridas de forma arcaica, com estilo progressista, passando impunes os infractores? 
Só quem anda longe do meio escolar é que ficou surpreendido com o suicídio do pequeno Leandro ou com o voo picado para o Tejo do professor de Música. Nas escolas, antigamente, preveniam-se as causas. Hoje, lamentam-se, com lágrimas de crocodilo, os efeitos. O professor era louco, não era? Tinha uma clara fragilidade psicológica, não tinha? Pobre senhor. Se calhar teve o azar de ter que ganhar a vida a dar aulas e não conheceu a sorte daqueles que a ganham a ditar leis do alto da sua poltrona que, em nada, se adequam à realidade das escolas de hoje.

 

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publicado às 07:22

Esta é uma homenagem à turma dos cabelos brancos. À nossa turma!

por Zulmiro Sarmento, em 30.03.10

 


Um jovem muito arrogante, que estava a assistir a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um  senhor já maduro, próximo dele, porque era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

"Vocês cresceram num mundo diferente, um mundo quase primitivo!", o estudante disse alto e claro de modo a que todos em volta pudessem ouvi-lo.
"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, telemóvel, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens caminhando na Lua e as nossas naves espaciais a visitar Marte. Nós temos energia nuclear, carros eléctricos e a hidrogénio, computadores com grande capacidade de processamento e ...,"

- fez uma pausa para tomar outro gole de cerveja.
 O senhor aproveitou-se do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante na sua ladaínha e disse:
- Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas, quando éramos jovens, porque estávamos ocupados em inventá-las.
E você,  arrogante dos dias de hoje, o que está a fazer para a próxima geração?
Foi aplaudido de pé!


 

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publicado às 07:31

Escolher o futuro

por Zulmiro Sarmento, em 29.03.10

Confrontado com um conjunto de situações que em nada dignificam a Igreja Católica e aqueles que a têm de servir, na linha da frente, a opção de Bento XVI foi escolher o futuro

 

Para quem esperava uma espécie de “manual contra os abusos sexuais”, a carta com que Bento XVI aborda a questão da pedofilia entre o clero da Irlanda pode parecer surpreendente. Não é propriamente um conjunto rígido de instruções e procedimentos, mas uma reflexão mais ampla, marcada pela exigência de mudança e a certeza de que é possível acreditar, ter esperança, mesmo depois de uma crise tão grave.

Agiram muito mal os que trataram destes abusos como um “assunto de família”, no pior sentido, escondendo, relativizando, colocando acima dos valores da verdade e da humanidade para com as vítimas questões como a imagem da Igreja ou dos seus ministros.

O choque provocado pela revelação de tais abusos ultrapassa, em muito, o âmbito da Igreja. Como reconhece o próprio Papa, o caminho para recuperar a confiança na Igreja e curar as feridas provocadas a tantas pessoas é longo e doloroso. Mas é possível. A Igreja é mais, muito mais do que padres pedófilos – que aliás, não têm nela lugar.

Confrontado com um conjunto de situações que em nada dignificam a Igreja Católica e aqueles que a têm de servir, na linha da frente, a opção de Bento XVI foi escolher o futuro.

Explico: slogans como “tolerância zero” ou “nunca mais” dizem pouco se não forem acompanhados de uma acção concreta, que procure não só resolver o que de mal se fez no passado – atendendo em primeiro lugar às vítimas, logicamente -, mas também mudar comportamentos, pessoais e institucionais.

A dor provocada deve servir, neste momento, para potenciar uma revolução de largo alcance, que não se limite à visão “sexualista” dos acontecimentos. Em pleno Ano Sacerdotal, uma provação desta dimensão tem de ajudar a perceber que padres é que a Igreja quer para o século XXI. Outro ponto essencial é cultivar uma cultura de transparência, de verdade, em todas as dimensões eclesiais. Assumir o que está errado para que possa ser rapidamente reparado e haja espaço – aos olhos de todos – para observar também o que de bom e importante é realizado por toda a Igreja. Com coragem e determinação.

 

Octávio Carmo

in ECCLESIA

 

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publicado às 07:14

IGREJA CELEBRA SEMANA SANTA

por Zulmiro Sarmento, em 28.03.10

Domingo de Ramos inicia percurso mais importante do ano litúrgico



A celebração dos mistérios da Redenção, realizados por Jesus nos últimos dias da sua vida, começa pela sua entrada messiânica em Jerusalém. O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da Paixão do Senhor.
Duas celebrações marcam a Quinta-Feira Santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor. Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em quarta-feira de cinzas. A manhã foi preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do Bispo o clero da Diocese e são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma.
A origem da bênção dos óleos santos e do sagrado crisma é romana, embora o rito tenha marcas galicanas. Em conformidade com a tradição latina, a bênção do óleo dos doentes faz-se antes da conclusão da oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e do crisma é dada depois da comunhão. Permite-se, todavia, por razões pastorais, cumprir todo o rito de bênção depois da liturgia da Palavra, conservando, porém, a ordem indicada no próprio rito.
Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. É comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos "o pão" e "o vinho". Esse evento do mistério de Jesus também se tornou manifesto no gesto do lava-pés. Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta o Glória.
No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.
Na Sexta-feira Santa não se celebra a missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz. O silêncio, o jejum e a oração marcam este dia. A celebração da tarde é uma espécie de drama em três actos: proclamação da Palavra de Deus, apresentação e adoração da cruz, comunhão.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor. A única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja. Celebra-se a Ressurreição de Cristo, a Luz que ilumina o mundo, e para transmitir esse simbolismo deve ser celebrada não antes do anoitecer e terminada antes da aurora. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Baptismo e, por fim, a liturgia Eucarística. Ainda hoje continua a ser a noite por excelência do Baptismo.

História
O ano litúrgico como hoje o conhecemos pretende levar os católicos a celebrar sacramentalmente a pessoa de Jesus Cristo como "memória", "presença", "profecia". Na Igreja primitiva, o mistério, a celebração, a pregação, a vida cristã tiveram um único centro: a Páscoa - o culto da Igreja primitiva nasceu da Páscoa e para celebrar a Páscoa. No início da vida cristã encontra-se o Domingo como única festa, com a única denominação de "Dia do Senhor". Por influência das comunidades cristãs provenientes do judaísmo, surgiu depois um "grande Domingo", como celebração anual da Páscoa.
A partir do séc. IV, com os decretos que garantiam a liberdade de culto aos cristãos, começaram-se a celebrar na Terra Santa os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus Cristo, nos locais e às horas em que eram relatados nos Evangelhos. Nasceu assim a Semana Santa e os peregrinos estenderam este uso a todas as igrejas.
A celebração do baptismo na noite de Páscoa, já em uso no século III, e a disciplina penitencial com a reconciliação dos penitentes na manhã de Quinta-feira Santa, já no século V, fizeram nascer também o período preparatório da Páscoa, ou seja, a Quaresma, inspirada nos "quarenta dias bíblicos".
A Semana Santa apresenta-se, neste contexto, como a Semana Maior do ano litúrgico. Graças à peregrina Egéria, que viveu no final do século IV, conhecemos os rituais que envolviam estas celebrações no princípio do Cristianismo.
Ela descreve em seu livro "Itinerarium" a liturgia que se desenvolveu em Jerusalém, teatro das últimas horas de vida de Jesus, e compreende o intervalo de tempo que vai do Domingo de Ramos à Páscoa.
Na Idade Média, esta semana era chamada a "semana dolorosa", porque a Paixão de Cristo era dramatizada pelo povo, pondo em destaque os aspectos do sofrimento e da compaixão. Actualmente, muitas igrejas locais dão ainda vida a essa tradição dramática, que se desenrola em procissões e representações da Paixão de Jesus.

São factos repletos de realismo, os que se celebram na Semana Santa. Vividos num mistério de fé, são também dramatizados em diferentes expressões e para reviver os quadros da paixão e morte de Cristo na cruz.

As outras Igrejas
Paixão, morte e Ressurreição de Cristo são as doutrinas comuns a todos os ramos do Cristianismo e que, ao mesmo tempo as distingue das outras religiões. A Quarta-feira de cinzas marca o início da Quaresma para todas as Igrejas cristãs, mas apenas a tradição católica a assinala obrigatoriamente com a simbologia da imposição das cinzas.

A Igreja Lusitana de comunhão Anglicana e também a Presbiteriana diferem pouco da tradição católica. Pequenos detalhes marcam a diferença. “A Igreja Lusitana é católica mas não é romana, ou seja, não reconhecemos a autoridade a Roma. A actividade litúrgica é, por isso, muito semelhante”, explica o Bispo Fernando Soares. O tempo de Quaresma principia na Quarta-feira de cinzas com o rito de imposição das cinzas. Não é uma prática de todas as igrejas, “dependerá da sensibilidade das comunidades”. Também a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa não tem doutrinas nem normas específicas sobre este culto, mas em alguns países, “apenas em sentido tradicional e voluntário, há uma cerimónia nesta data, com ou sem imposição de cinzas”, explica o Pastor Jorge Barros.

Talvez a maior “detalhe” nas celebrações da Igreja Lusitana aconteça no Domingo de Ramos. Durante a Quaresma, são feitas, em folhas de palmeira, pequenas cruzes que no último Domingo da Quaresma, são abençoadas e distribuídas aos fiéis que, durante a leitura do Evangelho sobre a crucificação de Jesus, as seguram na mão. “É uma cruz pequena que se usa para marcar os livros. Algumas pessoas gostam inclusivamente de levar para alguns familiares”. Um pequeno símbolo que pretende “reforçar a relação de cada um com a cruz de Cristo”, explica o Bispo Fernando Soares.

A tradição Presbiteriana aponta como diferença a leitura do Evangelho no Domingo de Ramos. Enquanto a tradição católica revive toda a paixão de Cristo neste Domingo, a Igreja Presbiteriana apenas lê a entrada de Jesus em Jerusalém, deixando o restante relato para a Semana Santa. Os sete dias antes da Páscoa são um tempo especial de preparação para os fiéis presbiterianos e também para os metodistas. “A Semana Santa é a época do ano em que temos mais serviços religiosos, em especial nas igrejas paroquiais maiores, onde há serviços durante toda a semana, excepto no Sábado”, explica o pastor Jorge Barros.

Semana Santa
Todas as Igrejas têm um culto especial na Quinta-feira e na Sexta-feira Santa. Algumas comunidades Presbiterianas encontram-se todos os dias da Semana Santa. “A organização fica dependente de cada comunidade que poderá organizar actividades para os mais novos e mais velhos”, explica Eva Michel.

Durante a Quaresma a atenção principal centra-se nas passagens bíblicas e na reflexão pessoal de cada um, “para que possamos viver com maior atenção aos outros, a nós próprios, com a natureza e com Deus”. Este é o centro da prática quaresmal da Igreja Presbiteriana.

Tradicionalmente, nas Igrejas protestantes, a espiritualidade centrou-se na Sexta-feira Santa e na redenção. Eva Michel recorda a devoção que leva as pessoas ao culto na Sexta-feira santa, mesmo que estejam ausentes durante o resto do ano. No entanto, o diálogo ajudou a corrigir os extremos e, a pastora Eva explica que, hoje entende-se a necessidade de ampliar os horizontes. “A cruz sem ressurreição é muito vazia, mas a celebração da ressurreição sem olhar para o sofrimento na cruz também é insuficiente. Para ver a morte de Jesus temos de a perceber enquanto consequência da sua vida e não isolá-la. Isto significa redescobrir o profundo mistério que é a Páscoa”.

Na tradição baptista, durante a Semana Santa, há cultos vespertinos ou serviços religiosos à noite, em especial na Quinta-feira e Sexta-feira santa, onde são lembradas, através de textos e hinos, as últimas 48 horas de Jesus, a última ceia com os discípulos e a crucificação. “Existem muitos sermões sobre a descrição histórica do que aconteceu”. Os cânticos e os textos sagrados centram-se no sofrimento de Jesus. “Os evangélicos consideram que a salvação é de graça, mas não a foi para Jesus. Teve um alto preço e por isso os pastores recordam aos crentes que este foi um sofrimento atroz e dão ênfase ao preço do sofrimento para a salvação”, afirma Fernando Loja.

Das Igrejas cristãs, apenas a Católica realiza a Via-sacra na tarde de Sexta-feira santa, reconstruindo os último passos de Cristo. Na Sexta-feira Santa, a Igreja Lusitana prepara um momento devocional pelas 15 horas nas comunidades e também à noite, onde o culto se debruça sobre a crucificação. “A reflexão é conduzida pela pregação, pelos textos sagrados e por cânticos”. O culto de Quinta-feira santa termina com a desnudação do altar. “Todas as alfaias litúrgicas, a cruz, as flores, velas, a toalha são retirados com o objectivo de lembrar que Jesus foi sepultado e tudo ficou nu”. Na Sexta-feira o culto decorre na austeridade e apenas na Vigília Pascal de Sábado os elementos litúrgicos são repostos. Quando anunciada a ressurreição, acendem-se as luzes, “começando uma nova vida”. Um rito semelhante à tradição católica que habitualmente inicia a celebração com a bênção do fogo no exterior da igreja. No Domingo celebra-se o dia da Ressurreição. O convívio após o culto, num almoço familiar, é uma tradição que o Bispo da Igreja Lusitana lamenta estar-se a perder. “Até no Natal as pessoas já optam por ir ao restaurante ou a hotéis porque não querem cozinhar”.

A tradição Metodista celebra um culto na Sexta-feira santa “muito solene e por vezes emotivo e são realçados os acontecimentos centrados na crucificação e morte”, explica o Pastor Jorge Barros. Leituras bíblicas longas e apropriadas e hinos de sofrimento e tristeza, “embora de fé” conduzem os fiéis. Este é um dia em que a frequência na Igreja é “muito maior que o habitual, incluindo crentes pouco assíduos e visitantes”.

OC/LS

in ECCLESIA

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publicado às 07:31

Um Domingo, um pensamento (Ramos)

por Zulmiro Sarmento, em 28.03.10

No seu aparente fracasso, o caminho de Jesus manifesta-se na total obediência à vontade do Pai e num sentido novo dado ao sofrimento, que a primeira leitura já prefigura. Se até os discípulos, em vez de O compreenderem, O atraiçoaram, como podemos nós presumir que seremos fiéis, ofuscados como andamos por mil luzes que nos prometem uma felicidade passageira? Ousaremos fixar o olhar em Cristo, pelo menos nestes dias santos? Ousaremos caminhar até aos pés da cruz para que em nós renasça uma fé mais madura? Ou ficaremos mais uma vez pelas boas intenções?

 

 

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publicado às 07:30

LIMPAR E «LIMPAR» PORTUGAL

por Zulmiro Sarmento, em 27.03.10

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publicado às 07:00

Bento XVI visita os católicos de Portugal

por Zulmiro Sarmento, em 26.03.10

 

Do meu ponto de vista, quando o Papa se desloca a um País onde haja cidadãos que professam a religião católica é para esses cidadãos que se orienta toda a componente pastoral da presença papal.

Por isso desejo que haja muitas oportunidades de o Papa nos dizer, a nós, os católicos, como vê o futuro do catolicismo - e do cristianismo em geral - nesta Europa que parece ter esquecido as suas raízes que, durante séculos, beberam a seiva dos valores cristãos.

Tempo, também, para o Papa nos dizer o que devemos fazer para que a morte do homem pelo homem desapareça da cultura europeia, designadamente em Portugal onde, todos os dias, pelo menos uma pessoa é morta por outra pessoa. Como combater o ódio que continua a germinar no coração de homens e mulheres, que se dizem crentes mas matam para satisfazer paixões doentias

Bento XVI vai falar para nós e connosco das suas preocupações pastorais com a fidelidade aos diferentes ministérios, dos que se consagram à transmissão da Palavra e dos que têm como missão educar para a Fé os jovens que se preparam para a vida profissional

A sua presença é, por isto, uma ocasião soberana para confrontar ideias e propostas, para nos recordarmos que o catolicismo tem de ser, para nós, reflexão e acção e para nos ajudar a reconhecer, com humildade intelectual, os nossos erros, a nossa enfatuada omnisciência e a nossa propensão para tratar as questões da convivência social no plano abstracto das teorias e dos conceitos.

Na sua primeira Encíclica como na mais recente, Bento XVI enfatiza o significado da relação entre as pessoas concretas como via real para a descoberta de Deus. Se é certo que nunca ninguém viu a Deus em si próprio, Ele está a revelar-se no interior do amor que uma pessoa manifesta a outra pessoa.

Este amor há-de manifestar-se de muitas maneiras, mas todas hão-de conduzir ao melhor bem do outro que é meu irmão. Bento XVI vai recordar-nos este seu ensinamento luminoso e, por isso, a sua visita é momento bem apropriado para que estes dois documentos sejam lidos e comentados; e, depois, reflectidos na nossa vida de todos os dias. Para além da erudição filosófica e teológica há neles uma linha directa que nos conduz à acção.

Bento XVI estará entre nós para uma pastoral de dinamização da moderna cultura católica. A sua presença e a sua palavra terão um efeito poderoso nas acções dos católicos em todos os campos de intervenção como os cuidados de saúde, a educação para a felicidade e o optimismo, e o apoio a todos os vulneráveis, do embrião humano ao idoso dependente.

Por isto, é nosso dever, como católicos, ouvir a sua palavra e transformá-la em acção.

Se os portugueses que não se consideram católicos se dispuserem a ouvi-lo, reconhecerem, nas suas palavras e gestos simbólicos algo de bom e decidirem levar à prática as suas propostas - alguém poderá dizer que se trata de manipulação das consciências ou intromissão na política?

Certamente que ninguém.

Portanto será bom que o Papa dialogue com a cultura laica e apresente a sua leitura pessoal dos grandes temas sociais como contribuição qualificada para a sua compreensão. Sem nenhuma arrogância intelectual mas com o empenho de tornar claro um pensamento que tantas vezes tem aparecido deformado por quantos lhe prestam uma atenção distraída.

Para além das celebrações litúrgicas dirigidas aos católicos que nelas rememoram os mistérios da Fé, Bento XVI estará entre nós como a pessoa simples que é. Como o intelectual e o estudioso da cultura cristã, que também é, e como o farol que ilumina muitos milhões de pessoas em todos os Continentes.

Que seja bem-vindo, é o meu voto de católico e a minha disposição como cidadão.

Daniel Serrão

in ECCLESIA

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publicado às 07:23

CAPUCHINHO VERMELHO... Versão Acordo Ortográfico de 2058

por Zulmiro Sarmento, em 25.03.10

 

Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver?

E então disse-lhe:
- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das  árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod...
É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:
- Yoo, tá td? Dd tc?
- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse? - disse a pita
- Yah! E atão, q se faz?
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!
- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...
- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha 'quem é e o camano' e ele 'ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...'.
A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos...
O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.
- Basa aí cá pa dentro! - grita o dog.
- Yo velhita, tásse?
- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...
- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí...
- Bacano, pa ver se trato esta cena.
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?
- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?
- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?
- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir agaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo alí, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...
 
JoCortez 

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publicado às 07:00

«Perdestes a estima do povo da Irlanda e lançastes vergonha e desonra»

por Zulmiro Sarmento, em 24.03.10

 

Lamentou Bento XVI em relação aos sacerdotes que abusaram sexualmente de menores

Na Carta Pastoral de Bento XVI aos católicos na Irlanda sobre o abuso sexual de menores, o Papa enumera alguns factores que contribuíram para esta situação: “procedimentos inadequados para determinar a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa; insuficiente formação humana, moral, intelectual e espiritual nos seminários e nos noviciados; uma tendência na sociedade a favorecer o clero e outras figuras com autoridade e uma preocupação inoportuna pelo bom nome da Igreja e para evitar os escândalos, que levaram como resultado à malograda aplicação das penas canónicas em vigor e à falta da tutela da dignidade de cada pessoa”.

Na carta - divulgada hoje (20 de Março), Bento XVI afirma que “é com grande preocupação que vos escrevo” e “fiquei profundamente perturbado com as notícias dadas sobre o abuso de crianças e jovens vulneráveis da parte de membros da Igreja na Irlanda, sobretudo de sacerdotes e religiosos”.

Agir com urgência
Perante as notícias e actos “é preciso agir com urgência para enfrentar estes factores, que tiveram consequências tão trágicas para as vidas das vítimas e das suas famílias e obscureceram a luz do Evangelho a tal ponto, ao qual nem sequer séculos de perseguição não tinham chegado”.

Na realidade, “como muitos no vosso país revelaram, o problema do abuso dos menores não é específico nem da Irlanda nem da Igreja”. Contudo, a tarefa que agora “tendes à vossa frente é enfrentar o problema dos abusos que se verificaram no âmbito da comunidade católica irlandesa e de o fazer com coragem e determinação. Ninguém pense que esta dolorosa situação se resolverá em pouco tempo. Foram dados passos em frente positivos, mas ainda resta muito para fazer” – lê-se na carta pastoral de Bento XVI.

Com o intuito de propor um caminho de “cura, de renovação e de reparação”, Bento XVI considera estes casos graves, mas lamenta também “a resposta muitas vezes inadequada que lhes foi reservada da parte das autoridades eclesiásticas no vosso país”.

Depois de escrever sobre a história heróica do povo irlandês nos séculos passados, Bento XVI aponta as transformações e desafios à que surgiram rapidamente. “Verificou-se uma mudança social muito rápida, que muitas vezes atingiu com efeitos hostis a tradicional adesão do povo ao ensinamento e aos valores católicos” – sublinha o documento.

O programa de renovação proposto pelo Concílio Vaticano II foi, “por vezes, mal compreendido e na realidade, à luz das profundas mudanças sociais que se estavam a verificar, não era fácil avaliar o modo melhor de o realizar”. E acrescenta: “houve uma tendência, ditada por recta intenção mas errada, a evitar abordagens penais em relação a situações canónicas irregulares. É neste contexto geral que devemos procurar compreender o desconcertante problema do abuso sexual dos jovens, que contribuiu em grande medida para o enfraquecimento da fé e para a perda do respeito pela Igreja e pelos seus ensinamentos”.

Com esta Carta, Bento XVI pretende ajudar na melhor forma de sarar “as feridas infligidas ao corpo de Cristo, sobre os remédios, por vezes dolorosos, necessários para as atar e curar, e sobre a necessidade de unidade, de caridade e de ajuda recíproca no longo processo de restabelecimento e de renovação eclesial”.

«Lançastes vergonha e desonra»
Os últimos pontos do documento do Papa dirigem-se às vítimas de abuso e às suas famílias; aos sacerdotes e aos religiosos que abusaram dos jovens; aos pais; aos meninos e aos jovens da Irlanda; aos sacerdotes e aos religiosos da Irlanda e aos bispos.

Aos sacerdotes que abusaram de menores, Bento XVI realça que estes traíram a confiança “que os jovens inocentes e os seus pais tinham em vós. Por isto deveis responder diante de Deus omnipotente, assim como diante de tribunais devidamente constituídos. Perdestes a estima do povo da Irlanda e lançastes vergonha e desonra sobre os vossos irmãos”.

Aos sacerdotes e aos religiosos da Irlanda, o Papa compreende-lhes a desilusão, no entanto “é essencial que colaboreis de perto com quantos têm a autoridade e que vos comprometais para fazer com que as medidas adoptadas para responder à crise sejam verdadeiramente evangélicas, justas e eficazes”.

Cooperação com as autoridades civis
Na Carta, Bento XVI ao dirigir-se aos bispos irlandeses explica que compreende “como era difícil lançar mão da extensão e da complexidade do problema, obter informações fiáveis e tomar decisões justas à luz de conselhos divergentes de peritos. Contudo, deve-se admitir que foram cometidos graves erros de juízo e que se verificaram faltas de governo. Tudo isto minou seriamente a vossa credibilidade e eficiência”. E pede-lhes: “continuai a cooperar com as autoridades civis no âmbito da sua competência”.

“É obrigatório que as normas da Igreja na Irlanda para a tutela dos jovens sejam constantemente revistas e actualizadas e que sejam aplicadas de modo total e imparcial em conformidade com o direito canónico” – lê-se na carta de Bento XVI

No final do documento, o Papa propõe algumas iniciativas para enfrentar a situação: “convido todos vós a dedicar as vossas penitências da sexta-feira, durante todo o ano, de agora até à Páscoa de 2011, por esta finalidade. Peço-vos que ofereçais o vosso jejum, a vossa oração, a vossa leitura da Sagrada Escritura e as vossas obras de misericórdia para obter a graça da cura e da renovação para a Igreja na Irlanda”.

“Peço que as paróquias, os seminários, as casas religiosas e os mosteiros organizem tempos para a adoração eucarística, de modo que todos tenham a possibilidade de participar deles”.

Bento XVI visita a Irlanda
E finaliza: “tenciono anunciar uma Visita Apostólica a algumas dioceses da Irlanda, assim como a seminários e congregações religiosas. A Visita propõe-se ajudar a Igreja local no seu caminho de renovação e será estabelecida em cooperação com as repartições competentes da Cúria Romana e com a Conferência Episcopal Irlandesa”
 
in ECCLESIA
 

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Pico: Unidade Eclesial! (Ou como o padre Paulo Silva me faz lembrar alguém e que, por isso, não estou sozinho!)

por Zulmiro Sarmento, em 23.03.10

 

De alguns anos para cá a Ilha do Pico vive na vanguarda da unidade eclesial. Antes o Pico estava dividido em três Ouvidorias que correspondiam aos três concelhos, agora está unida numa só Ouvidoria correspondendo ao mandato que o Evangelho nos exige e que muito bem o nosso bispo assumiu como lema na sua acção pastoral: «Que todos sejam um».

Já vai irritando a falta de compreensão de alguns cristãos desta ilha relativamente a este tema. Alguns ainda não perceberam que não há outra Ouvidoria por cá além da Ouvidoria do Pico, cujo Ouvidor é o P. Marco Martinho e a sua sede é, finalmente, o Santuário do Senhor Bom Jesus, Santuário Diocesano. O tempo dos Afonsinhos e a disputa do lugar de «ouvidor» já acabou e ainda bem, pois passámos da divisão à união e a um trabalho em conjunto onde todas as comunidades podem estar ligadas por um fio condutor. Sei que no Pico não andamos todos à mesma velocidade, encontramos vivências de fé diferentes, mas podemos afinar todos pelo mesmo nível.
Ainda há por aí alguns saudosistas, carreiristas e aristocratas decadentes que ignoram o Evangelho, que continuam a bater nesta tecla e exigem uma coisa que hoje não faz sentido.
A vivência eclesial não se faz por meio de cargos ou instituições presentes neste ou noutro concelho, mas na unidade da fé que nos une em Cristo ressuscitado.
Ao olhar o futuro não podemos ter outra posição que não seja defender esta ideia, uma ilha e quatro zonas pastorais, uma unidade de trabalho que se concretiza em lugares diferentes conforme a capacidade de resposta de cada comunidade.
O Pico no que respeita à vivência da fé anda a quatro velocidades: A Zona da Madalena fervorosa mas muito tradicionalista, São Roque um pouco apático, Lajes muito morta e a Ponta da Ilha isolada como se de um microclima se tratasse.
Nos últimos tempos esta situação tem vindo a alterar-se com o trabalho que se vai fazendo a nível Ilha e com a partilha que vai acontecendo. Muitos se vão sentindo interpelados a criar novas dinâmicas nas suas paróquias, a partilha que há entre os padres leva a que se aceitem as boas ideias e é possível ver actividades idênticas em muitas paróquias. Graças a esta unidade eclesial no Pico há uma unidade na celebração do Crisma, há uma regra para os funerais nas Santas Casas, o CPM é a nível Ilha como mandam as regras internacionais, há já uma caminhada catequética em conjunto, a Cáritas é uma realidade Ilha e não concelhia e os padres já são mais unidos e mais amigos sem anularem as suas diferenças (sei que isto causa muitas inquietação a muita má gente).
De uma vez por todas é altura de olharmos para o bem da Igreja e não para os joguetes de interesses, gostos ou birras pessoais. A Igreja é de Jesus Cristo e Ele é o único pastor e nós somos o único rebanho. O Pico é uma Ilha e infelizmente tem três concelhos que vivem do egoísmo e de bairrismos infantis que impedem o nosso desenvolvimento. Vejamos: onde está o Hospital do Pico, a estratégia para o turismo na Ilha, o porto comercial em condições, onde está o Terminal Marítimo de passageiros longe da “bosta” das vacas e contentores e onde está a rentabilização do Aeroporto do Pico.
Uma coisa sei e dela não abdico: o Pico é uma ilha, uma unidade, uma Igreja e não uma manta de retalhos como alguns pobres de espírito, teimam em defender.
 
P.e Paulo Silva
 In Jornal «O Dever»

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