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Bispos afirmam que o resultado do referendo vai prejudicar convivência entre as religiões
O Senhor Reitor do Santuário do Bom Jesus do Pico sofre há imensos anos de amnésia grave. Cai em saco roto tudo o que lhe é dito verbalmente. Entre cada frase que constrói leva aproximadamente dez a vinte segundos a se despachar. Seja em conversa ou homilia. Tanto faz. Assim, foi-lhe comunicado várias vezes, com carácter oficial, por quem de direito, mas verbalmente, como acontece na maioria de semelhantes questões eclesiásticas, que a sua provisão canónica estava a chegar ao fim (de seis anos) e que não seria renovada, como o foi anteriormente por três vezes. Não queiram saber que o pobre homem se fez esquecido, pela tal doença ou de propósito, tal a sua velhacaria! Tem-se revelado o dito Senhor como um sargo velho que só pega no anzol com isca caranguejada...
Não esqueça: os episódios continuam.
A Igreja de São Mateus do Pico ia receber hoje o seu novo Pároco. Tal não aconteceu. Que se passou? Por que motivo foi marcada esta data?
O actual pároco, mais uma vez, "desapareceu" do mapa, por tempo indeterminado. E agora que se segue?
Leia os próximos capítulos...
Este fim-de-semana marca o início do tempo do Advento, um dos denominados "tempos fortes" do ano litúrgico. A sua história, no Rito Romano, começa no Século VI, no sentido de espera jubilosa do Natal, e a sua pré-história remonta às Gálias e à Espanha dos fins do Século IV, como preparação ascética para o Natal e a Epifania. No Século V o começo do Advento era na festa da Anunciação (18 de Dezembro - hoje, a Anunciação é comemorada em a de Março). Apenas no Século X o seu início passou a ser no Domingo, quatro semanas antes do Natal. O tempo litúrgico de preparação para o Natal começa no domingo mais próximo da festa de Santo André Apóstolo (30 de Novembro) e abarca os quatro domingos seguintes. O primeiro Domingo pode começar desde o dia 27 de Novembro - o Advento terá 28 dias - até o dia 3 de Dezembro - como este ano, caso em que terá apenas 21 dias. A "feliz expectativa" do Advento assinala de forma clara que o tempo da festa não chegou; aliás, no início do Cristianismo a palavra "adventum" (“parusia”, em grego) utilizava-se para denominar não a primeira vinda de Jesus, mas a sua vinda definitiva no fim dos tempos, como Senhor do Universo. Quem participar nas celebrações dos primeiros três Domingos do Advento notará que esta perspectiva continua a dominar, com destaque para os profetas e para João Baptista. No entanto, a partir do dia 17 de Dezembro, a preparação do Natal fixa-se nos antecedentes próximos do nascimento de Jesus e na figura da Virgem Maria, com as célebres antífonas do "Ó" na Liturgia das Horas ou as tradicionais "missas do Parto", na ilha Madeira. Do Oriente para o Ocidente Apesar desse Tempo ser muito peculiar nas Igrejas do Ocidente, o seu impulso original provavelmente veio das Igrejas Orientais, onde era comum, depois do Concílio Ecuménico de Éfeso em 431 dedicar sermões nos domingos anteriores ao Natal, ao tema da Anunciação. Em Ravena, na Itália (onde era grande a influência Oriental) São Pedro Crisóstomo fazia esses sermões. A primeira referência sobre o Advento é a do Bispo de Tours, França, chamado Perpétuo (461-490) que estabeleceu um jejum antes do Natal, que começava a 11 de Novembro (Dia de São Martinho de Tours). O Concílio de Tours (567) faz menção ao tempo do Advento, costume que se conhecia como a "Quaresma de São Martinho". Este carácter ascético para a preparação do Natal devia-se à preparação dos catecúmenos para o Baptismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 Domingos. Um período de seis semanas foi adoptado pelas Igrejas de Milão e pelas Igrejas da Espanha. Na Itália somente aparece no século VI, quando foi reduzida, provavelmente pelo Papa São Leão Magno (590-604), para as quatro semanas antes do Natal. O Advento é hoje celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal os fiéis se unam aos anjos e entoem este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o directório litúrgico orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, "para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus". As vestes litúrgicas (casula, estola, etc.) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal, com excepção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é o rosa, para revelar a alegria da vinda do libertador que está próxima. Lugar espiritual Em 2008, na celebração inicial do Advento, Bento XVI citava um texto no qual Paulo exorta os cristãos de Tessalonica a conservar-se irrepreensíveis "para a vinda" do Senhor. Ali lê-se "na vinda" (en tê parousia), como se, frisou o Papa, “o Advento do Senhor fosse, mais que um ponto futuro do tempo, um lugar espiritual pelo qual caminhar já no presente, durante a espera, e dentro do qual precisamente ser conservados perfeitos em cada dimensão pessoal”. “A palavra que resume esta condição particular, em que se espera algo que deve manifestar-se, mas que ao mesmo tempo se entrevê e se antegoza, é «esperança». O Advento é por excelência a temporada da esperança, e nele a Igreja inteira é chamada a tornar-se esperança, para si mesma e para o mundo”, disse. Octávio Carmo - AE |
Cáritas cria fundo de apoio aos novos desempregados
A Cáritas Portuguesa apresenta Esta Terça-feira, pelo sétimo ano consecutivo, a iniciativa “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz” que este ano, a título excepcional, criou um projecto específico para ajudar as vítimas da crise em Portugal - o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados. Segundo refere a organização católica na sua página oficial, o projecto de Natal “consiste numa iniciativa de angariação de fundos a nível nacional, através da venda de velas pelo preço simbólico de 1 Euro, cujo resultado final reverte a favor dos mais necessitados, aqueles que, no decorrer deste ano, ficaram sem meios de subsistência por causa da alarmante vaga de desemprego. Das verbas recolhidas com a venda das velas, 35% serão especialmente canalizadas para o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados e suas famílias; os restantes 65% serão aplicados, por cada uma das Cáritas Diocesanas, em projectos nacionais direccionados para a mesma temática. “Num ano marcado pelo agudizar de uma crise económica gravíssima, com dolorosos reflexos na vida dos cidadãos mais carenciados, a operação “10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz 2009” assume um papel premente na resposta a um conjunto de novas situações de grande carência que atingiram pessoas por todo o país”, afirma Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas. No dia 6 de Dezembro, realizar-se-á, no Santuário de Fátima, uma Eucaristia presidida por D. Carlos Azevedo alusiva aos “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz”, com a presença das Cáritas Diocesanas que, nessa data, estarão em Fátima, reunidas em Conselho Geral. Para o dia 19 de Dezembro está agendada a já habitual Manifestação Pública que reunirá pessoas por todo o país, num apelo solidário à Paz no mundo. Contando com o apoio activo das Cáritas Diocesanas de Portugal, esta acção volta a desafiar todos os cidadãos portugueses, independentemente das suas convicções religiosas ou políticas, a adquirirem e a acenderem, no próximo Natal, uma vela da Cáritas, símbolo do desejo de Paz para o Mundo. História É no ano de 2003 que, pela primeira vez, Portugal adere à operação “10 Milhões de Estrelas”, uma iniciativa de génese francesa que, desde a década de 90 tem vindo a ganhar espaço e visibilidade por toda a Europa. A proposta da Cáritas Portuguesa foi aceite com entusiasmo por várias Cáritas Diocesanas que, desde logo, responderam ao desafio de implementar esta operação, sensibilizando toda a população para a importância dos valores da Paz, Solidariedade e Reconciliação. Volvidos sete anos, a operação “10 Milhões de Estrelas” continua a ser uma importante campanha de ajuda aos mais desfavorecidos, quer a nível nacional, quer em diversos países em vias de desenvolvimento. Muitos foram os projectos de sucesso, repletos de sorrisos e sonhos infindáveis – conheça as iniciativas que levámos a cabo nos últimos anos e junte-se a nós nesta nobre causa, onde esperança e realidade andam sempre de mãos dadas. ECCLESIA |