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Gilberto Mariano fazia, hoje, 15 de Fevereiro de 2009, 100 anos, se andasse na terra dos vivos.
Um Homem invulgar, do Pico, da terra dos gigantes dos mares. Como bem escreveu Vitorino Nemésio em «Mau Tempo no Canal» e agora este pobre escrivão parafraseia, o Homem do Pico tanto dá boa conta de si com um remo dum bote baleeiro como com um báculo de Bispo em terras do Oriente... Frases bem pintadas à entrada do "abrigo" (?) de passageiros do Canal e do Triângulo, em cima do porto da Horta!
Sem saber ler e escrever este Homem do Pico sempre cumpriu com o seu bem-fazer em favor de tantos milhares de anónimos (que parece que agora se escondem com vergonha!). Ainda me lembro da sua "carroça" puxada por ele pelas ruas da cidade da Horta. Cada envelope com missivas e dinheiro, bem como cestos e cabazes com "conduto", termo popular português para tudo aquilo que se come com pão (carne, peixe, e já agora, morcela e linguiça e torresmos...).
Soube, através do Jornal Ilha Maior, que a dita "carroça" foi recuperada pela Delegação do Pico da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos. Bem haja a quem tomou tal simpática iniciativa e que no Museu do Pico ficará como memória silenciosa e descritiva duma alma pura e de valores gigantescos. Porque das "Lanchas do Pico", em cima do Cais da Madalena, restam podridão de madeiras e ferrugem de pregos, mais vidros partidos... Bem escreveu sobre os Barcos do Pico e as Lanchas do Pico o Dr. e poeta Manuel Tomás Gaspar da Costa, num pequeno opúsculo que não se encontra à venda e apenas foi parar a mãos de amizade. Tive essa sorte.
Certamente para o Verão, o Museu do Pico e o Círculo de Amigos da Ilha do Pico, não deixarão por mãos alheias a promoção da justa homenagem a este ilustre cidadão, singular na doação às suas gentes.
Diz o jornal citado: « (...), o homem do Canal que ligou, de forma extraordinária, estas duas ilhas e tornou-as irmãs na complementaridade que elas sempre tiveram, com destaque para os picarotos que, ainda muito jovens, tinham de atravessar o Canal para ir estudar no Liceu Nacional da Horta. Muitos estudaram porque era o cabaz que Gilberto levava todos os dias que, em certa medida, o garantia, quando o dinheiro era escasso e o único recurso era aquele contributo de "conduto" e de outras especialidades oriundas da ilha do Pico.»
Que a subscrição para uma perpétua memória dignificante em cima do Cais Velho da Madalena, não morra, fruto da ingratidão daqueles que, agora bem na vida, fazem orelhas moucas dos apelos insistentes de cidadãos comuns que não deixam apagar esta dívida para com um dos nossos maiores. E Albino Terra Garcia está entre eles!
Pena é que esta causa não tenha ainda sido assumida ainda, formalmente, como uma "coisa pública". E existem, que eu saiba, autoridades por aí.
Senhor Gilberto: as tuas mãos calejadas e escuras, o teu rosto moreno e sereno e queimadíssimo pelo sol e todo enrugado pelas salsas ondas, permanecem dentro de mim.
Que não fiques representado, apenas nas «Festas de Verão», por uma simpática silhueta feita de mangueira luminosa, bem conseguida, diga-se de passagem, pela Câmara Municipal da Madalena, situada ali bem perto, a poucos metros, do lugar onde todos te viam, sentindo-se seguros, na tua vigilância atenta das ondas impetuosas num Cais sem abrigo das maresias, presa num mastro de metal e que tem um efeito deslumbrante e saudoso pelas noites dentro, de tempos que não voltam mais.
Obrigado, Senhor Gilberto! Foi com todo o prazer que celebrei hoje, pelas 12 horas, a Eucaristia Dominical na Igreja-Matriz da Madalena, a pedido do pároco P.e Marco Martinho e da Associação dos Bombeiros Voluntários da Madalena, para que a pessoa que foste na terra, continue feliz na eternidade, na visão beatífica de Deus. Pela Rádio Pico, que a transmitiu, certamente a mensagem chegou a mais corações.
Prezados(as),
Várias pessoas nos pediram a indicação de fórmulas possíveis para as mensagens aos Senhores Bispos. Aqui vão algumas ideias para a saudação e para o texto propriamente dito.
SUBJECT/ASSUNTO DO EMAIL: apoio aos senhores bispos
SAUDAÇÃO:
Excelência Rev.mª,
Graça e Paz!
Excelência Rev.mª,
Senhor Bispo,
Excelência Reverendíssima,
TEXTO:
Com posições corajosas como a recentemente assumida pela Conferência Episcopal Portuguesa em face do projecto de legalização dos “casamentos” homossexuais, cresce nos cristãos o sentimento de união aos seus Bispos.
Pensava abster-me nas próximas eleições, mas agora percebo que o meu voto pode fazer algum sentido, entregando-o ao movimento que se apresentar em nome dos Valores de Portugal, pro Vida e pro Família.
Com os meus respeitosos cumprimentos,
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Venho por este meio, na sequência das recomendações do movimento pro-vida, manifestar o meu apoio pela coragem que os bispos demonstraram ao afirmarem as posições da Igreja, face aos contínuos ataques que os actuais governantes têm feito à instituição da família e aos princípios morais que, independentemente das convicções religiosas, estão subjacentes à mesma.
Assim, espero que mais vezes, e com a mesma clareza e firmeza, possamos assistir a um claro demarcar da hierarquia da Igreja face a programas políticos associados à desresponsabilização, ao facilitismo, ao “vale tudo”, perdendo-se completamente todo o respeito por qualquer princípio e regra moral que serve de base à sustentação da sociedade.
Com os meus respeitosos cumprimentos,
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Desejo manifestar a V. Ex.iª Rev.mª o meu total apoio e apreço pela corajosa posição assumida pela Conferência Episcopal Portuguesa, convidando os cristãos a analisar os programas dos partidos e movimentos à luz da sua consciência cristã e votar em conformidade.
Rezarei para que os bispos portugueses continuem a demonstrar sempre a mesma coragem na defesa da Verdade e do bem comum da nossa sociedade.
Com os meus respeitosos cumprimentos,
COME PARA VIVER, NÃO VIVAS PARA COMER.