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Beijar o Menino gesto tão tradicional e tão carinhoso da noite de Natal e no tempo natalício, pode tornar-se uma piedosa hipocrisia, se não leva o compromisso de amar mais e melhor todos os «cristos», todas as crianças do mundo.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer as 16 mil crianças que, cada dia, morrem de fome, por causa da maldade, do crime, da injustiça, do ódio, da exploração de povos mais pobres e mais desprezados.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer os milhares de crianças que são mortas antes de nascer, pelo crime abominável do aborto, com que tantos enriquecem por matar e tantos ficam a sofrer os horrores do crime cometido.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer os milhares de crianças que não têm família, que não têm o amor dos pais, que não têm casa, pão carinho, ternura, ajuda, compreensão, que vivem sem a dignidade que merecem.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer que, na noite de Natal, há muitos meninos e meninas a ser espancados, explorados sexualmente, a sofrer por causa do divórcio dos pais, a viver a solidão da noite sem estrelas.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer aqueles rostos e aqueles corpos esqueléticos que os écrans da televisão nos mostram, aqueles seres que mereciam carinho e ternura, mas sofrem a pancada, as ofensas, a exploração.
Beijar o Menino não nos pode fazer esquecer tantas crianças deficientes motoras ou psíquicas, que são verdadeiras pessoas humanas, que merecem a nossa ajuda, assistência cuidada, atenção amorosa.
Beijar o Menino do presépio sem nos lembrarmos de todas estas crianças, sem nos preocuparmos em fazer algo por elas, pode ser uma piedosa hipocrisia, uma tentação de fuga, um modo de dar sossego às consciências adormecidas. Mas assim não há Natal... P.e Dário Pedroso
FILHO QUE PAIS AMARGURA, JAMAIS CONTE COM VENTURA.