Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Mensagem de Natal -1

por Zulmiro Sarmento, em 21.12.08

«Desperta, ó homem; por ti, Deus fez-se homem»: O Natal de Cristo é de todos e para todos
 

1. O Natal, festa da fraternidade e da paz

O Natal é a festa mais alegre, mais familiar, mais calorosa do nosso calendário.

A ceia em família, a missa da meia noite, os cânticos tradicionais, a troca de presentes, os votos de Boas Festas, o presépio, a árvore de Natal, a partilha com os pobres... Tudo isto nos mostra que o Natal é uma festa diferente das outras. É símbolo da alegria do reencontro, da fraternidade e da paz dos corações; é a festa de crentes e não crentes, de todos os que esperam um mundo mais fraterno, mais acolhedor e mais justo!

Mas ao falar assim do Natal, não estaremos, porventura, a reduzi-lo à fantasia de um sonho que, uma vez por ano, nos reconcilia com realidades em que, de facto, não se acredita? Não será que corremos o risco de reduzir o Natal a uma recordação nostálgica do passado, a uma fantasia poética, a um mero jogo de sentimentos? Será que o Natal é apenas celebração poética duma página convencional do calendário?

2. O Natal de Cristo, novidade e coração da fé cristã

De facto, o Natal cristão, para além das expressões culturais a que deu origem, é sobretudo a celebração dum profundo mistério, que constitui a novidade e o coração da fé cristã: o mistério da Encarnação de Deus. Deus entrou no mundo dos homens num sentido inaudito! Não só por via psicológica, no ânimo de uma pessoa profundamente piedosa; não só em termos espirituais, nos pensamentos de uma grande personalidade. Mas, em Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai, Deus entrou em pessoa na história dos homens: fez-se homem, filho duma mãe humana, sem deixar de ser o que Ele é eternamente.

É Deus connosco, Deus junto de nós, com rosto e coração humanos, para contagiar os nossos corações e os nossos dias com o Seu Amor Eterno e Santo, partilhá-lo connosco, criando uma família de irmãos, uma nova fraternidade.

“Desperta, ó homem; por ti, Deus fez-se homem”(Santo Agostinho)! É deste acontecimento que fala o Natal. Tudo o resto tira sentido a partir daqui. A nossa fé não é um pensamento, uma ideia, uma opinião. É o acolhimento humilde e maravilhado deste dom incalculável e incrível: Jesus Cristo, Deus connosco.

3. O Natal e os direitos humanos

De Deus feito homem, aprendemos a verdadeira humanidade. Por isso “quem coloca a afirmação da sua fé na Encarnação do Filho de Deus, pode ser protector dos homens, pode levar a felicidade às crianças, às famílias, aos aflitos. A fé na Encarnação ajuda a salvar os homens e a realizar os direitos humanos” (Th. Schniltzer). Eis o apelo forte do Natal deste ano de 2008 em que comemoramos os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos humanos!

Vivemos este Natal num contexto de profunda crise económico-social que se reflecte em várias formas de pobreza. Que o “Menino-Deus” desperte em todos uma onda de ternura e caridade, de partilha e solidariedade a favor de quantos fazem a experiência dura da fragilidade: os pobres, os doentes, os idosos, os sós, os sem trabalho e sem casa, os marginais, os recusados e os desesperados. O Natal de Cristo é de todos e para todos: é plural. Ou o fazemos juntos ou não é verdadeiro Natal!

A todos os diocesanos cheguem os meus melhores votos de Santo Natal e Feliz 2009!

Leiria, 10 de Dezembro de 2008

D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:16

Para esta semana

por Zulmiro Sarmento, em 21.12.08

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:16

Cada dia um

por Zulmiro Sarmento, em 21.12.08

BOM EXEMPLO, MEIO SERMÃO.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:15


formar e informar

Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Dezembro 2008

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031



Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2012
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2011
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2010
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2009
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2008
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2007
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D