por Zulmiro Sarmento, em 08.12.08
Madre hospitaleira fundou Congregação Franciscana em Lisboa
Irmã Maria Clara vai ser beatificada
A irmã Maria Clara do Menino Jesus, natural da Amadora e fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, foi proclamada ‘venerável’, pelo Papa Bento XVI, ficando mais perto da beatificação.
O Sumo-Pontífice autorizou a publicação do decreto que reconhece as "virtudes heróicas" da religiosa, após um encontro com o arcebispo Angelo Amato, sucessor do cardeal Saraiva Martins à frente da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Aliás, este é o primeiro processo português que avança, depois de o cardeal Saraiva Martins ter abandonado a liderança do dicastério.
A decisão de Bento XVI "abre a porta ao estudo do suposto milagre, ocorrido em 2003, em Baiona (Espanha)", explica ao CM a irmã Maria Lucília Carvalho, vice-postuladora da causa de canonização da irmã Maria Clara.
No convento de Linda–a–Pastora, onde está sepultada a madre hospitaleira, as irmãs contam que Georgina Troncoso Monteagudo se curou depois de conhecer a obra em Espanha. "Foi lá que pediu a madre Maria Clara para interceder por ela junto de Deus", diz a irmã Musela Nunes, natural de Goa. Por sua vez, a irmã Glória Ferreira conta que, depois de curada, Georgina Trancoso veio a Portugal agradecer. "Sofria de pioderma grangrenoso e contou-nos que tinha o braço em carne viva, com dores horríveis", recorda. Na continuação do trabalho de apoio aos necessitados, a irmã Lurdes Barbosa refere que "são necessidades que ultrapassam o tempo".
DEVOTOS REZAM JUNTO DE TÚMULO
Madre Maria Clara do Menino Jesus está sepultada deste 1989 na Cripta da Casa-Geral da Congregação, em Linda-a-Pastora, concelho de Oeiras, onde ocorrem peregrinações pedindo a sua intercepção junto de Deus. No primeiro domingo de cada mês decorre uma cerimónia aberta ao povo. Cerca de 1600 irmãs seguem a sua obra de ajuda aos mais necessitados pelo Mundo.
A irmã Maria Clara do Menino Jesus nasceu na Amadora a 15 de Junho de 1843, no seio de uma família nobre. Órfã, entrou aos 14 anos no Internato da Ajuda. Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869. Formou a congregação em 1871, com apoio aos pobres em África e na Índia. Morreu em 1899, em Lisboa.
«Correio da Manhã»
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AO QUE TEM FOME DÁ O TEU PÃO, MAS AO TRISTE DÁ-LHE O CORAÇÃO.
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