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Para esta semana

por Zulmiro Sarmento, em 30.11.08

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publicado às 19:08

Uma voz sensata no meio dalgum deserto...

por Zulmiro Sarmento, em 30.11.08

 

IGREJA, SEXUALIDADE E BIOÉTICA

Anselmo Borges
Padre e professor catedrático de Filosofia
 
No lançamento do livro A Sexualidade, a Igreja e a Bioética. 40 anos de Humanae Vitae, de Miguel Oliveira da Silva, procurei reflectir sobre o paradoxo de, sendo o cristianismo uma religião do corpo - não diz a Bíblia que Deus criou os seres humanos em corpo e viu que era muito bom e não confessa a fé cristã que Deus assumiu em Jesus a corporeidade humana e que ela está presente, pela ressurreição, no seio da Trindade? -, em boa parte a má vontade contra a Igreja radicar na sua relação com o sexo. Como admitir, por exemplo, mesmo quando a saúde e a própria vida ficam ameaçadas, a proibição do preservativo?

O que envenenou a relação da Igreja com a sexualidade foi o choque entre o poder e o prazer, porque o prazer pode abalar o poder.

Concretamente, há a doutrina do pecado original, entendido não como o primeiro de todos os pecados - todos pecam -, mas como um pecado herdado de Adão e transmitido por geração, portanto, no acto sexual.

Depois, com a reforma gregoriana, século XI, foram-se erguendo as três colunas sobre as quais assenta, segundo Hans Küng, o paradigma católico-romano: papismo (poder centrado no Papa), celibatismo (celibato obrigatório por lei para os padres), marianismo (devoção a Nossa Senhora como compensação).

Como se determinou que tudo o que se refere ao sexo é por princípio matéria grave e como, por outro lado, não há ninguém que não tenha pelo menos pensamentos relacionados com o sexo e só o sacerdote ou o bispo podem perdoar os pecados, a confissão acabou por tornar-se não um espaço de reconciliação e paz, mas tantas vezes de opressão, e raramente uma instituição acabou por deter tanto poder sobre as consciências, criando infindos complexos de culpabilização. Quando se lê os manuais dos confessores e todos aqueles interrogatórios inquisitoriais, quase reduzidos ao campo sexual, percebe-se que muitos tenham começado a abandonar a Igreja por causa da confissão, considerada ofensiva dos direitos humanos.

No universo sexual, que, como escreve Miguel Oliveira da Silva, continua a ser "um imenso, incómodo e multifacetado mistério", é evidente que não vale tudo. Ele reconhece que "a sociedade ocidental vive um profundo e grave vazio ético em matéria de sexualidade".

De qualquer modo, a Igreja precisa de reconciliar-se com o mundo e a ciência, o corpo e a sexualidade. Mas enquanto se mantiver a lei do celibato obrigatório não estará todo o discurso eclesiástico sobre o tema debaixo do fogo da suspeita?

Nos seus Jerusalemer Nachtgespräche, o Cardeal Carlo Martini interroga precisamente esta lei e, depois de considerar os estragos da encíclica Humanae Vitae, reconhece que muitos esperam do Magistério uma palavra de orientação sobre o corpo, a sexualidade, o casamento e a família. "Procuramos um caminho para, de modo fiável, falar sobre o casamento, o controlo da natalidade, a procriação medicamente assistida, a contracepção."

Neste domínio da contracepção, o equívoco fundamental da encíclica Humanae Vitae encontra-se numa concepção de lei natural fixa, estática e centrada na biologia. Ora, por natureza, o ser humano é cultural e histórico e a própria realidade é processual. A sexualidade humana não pode ser vista apenas na sua vertente biológica. Como pode o Magistério fixar--se na biologia, esquecendo que, para ser verdadeiramente humana, a sexualidade envolve o biológico, o afectivo, a ternura, o amor, o espiritual?

Por outro lado, na perspectiva bíblica, não criou Deus o Homem como criatura co-criadora? Não é o Homem, por natureza, interventivo, aperfeiçoador e transformador da natureza? Então, no juízo moral, o critério não pode ser o natural identificado com o bem e o artificial identificado com o mal, mas a responsabilidade digna e a dignidade responsável. Aliás, quem defende os métodos contraceptivos naturais como os únicos legítimos deverá ser confrontado com a objecção: para lá da sua falibilidade, ainda serão naturais os métodos que têm a ver com uma descoberta e aproveitamento humanos dos períodos inférteis da mulher?
 

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publicado às 18:56

EU CONHEÇO O AMOR

por Zulmiro Sarmento, em 30.11.08

Eu conheço pessoas pobres

que distribuem sorrisos.

 

Eu conheço pessoas que sofrem

que comunicam alegria.

 

Eu conheço pessoas incompreendidas

que sabem compreender.

 

Eu conheço pessoas puras

que conquistam pelo olhar.

 

Eu conheço pessoas pacíficas

que caminham levando paz.

 

Eu conheço pessoas bondosas

que a todos têm o que dar.

 

Eu conheço pessoas injustiçadas

que souberam perdoar.

 

Eu conheço essas pessoas,

o seu segredo é AMAR.

 

N. Maccari

 

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publicado às 17:32

Cada dia um

por Zulmiro Sarmento, em 30.11.08

AMOR FORASTEIRO, AMOR PASSAGEIRO.

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publicado às 17:31

Um Domingo, um pensamento

por Zulmiro Sarmento, em 29.11.08

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publicado às 11:17

Cada dia um

por Zulmiro Sarmento, em 29.11.08

ANTES MORRER DA DOENÇA QUE DA CURA.

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publicado às 11:17

Se o exemplo pega não há mãos a medir...

por Zulmiro Sarmento, em 29.11.08

 

Padres colaboram em operações-stop

 

Os infractores nas estradas da região russa de Penza, a mais de 600 quilómetros de Moscovo, arriscam-se a “ser autuados” por um padre ortodoxo.
Perante o alto índice de sinistralidade e infracções ao código da estrada, a polícia local convidou um padre ortodoxo a acompanhar as brigadas da polícia, uma vez por mês. Os polícias fazem parar os condutores, mas não os multam. Em vez disso, o padre toma conta da situação e conversa com o infractor, tentando convencê-lo a mudar de comportamento na estrada.

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publicado às 10:56

Não há dúvida!

por Zulmiro Sarmento, em 28.11.08

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publicado às 21:49

Excelente a tudo menos em artes marciais!...

por Zulmiro Sarmento, em 28.11.08

Uma professora da Escola EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi hoje agredida a murro, estalada e pontapé por um aluno de 16 anos, tendo recebido tratamento hospitalar, disse à Lusa fonte da GNR.

A agressão terá ocorrido em retaliação por a professora o ter levado à presença do Conselho Executivo, por alegado comportamento incorrecto.
Lesões numa perna e num olho são algumas das mazelas da professora, que foi assistida no Hospital de São João, no Porto.
Em declarações à televisão regional Porto Canal, a docente, que exerce há 28 anos, contou que chamou a atenção do aluno quando este se encontrava no perímetro escolar a proferir palavrões.
"Chamei-o à atenção e ele insultou-me. A partir daí, disse que teria que ir comigo ao Conselho Executivo (CE). Ele resistiu e acabou por ir, enquanto eu fui dar a minha aula", afirmou.
"Finda a aula, e ao passar junto à porta de acesso à sala do CE, ele viu-me, começou a correr para mim desenfreado e agrediu-me com murros, estalos e pontapés, além de partir os óculos", acrescentou.
JGJ.
 

 

 

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publicado às 21:48

OS VOSSOS FILHOS NÃO SÃO VOSSOS FILHOS

por Zulmiro Sarmento, em 28.11.08

 

 

Os vossos filhos não são vossos filhos,

são filhos e filhas do apelo à própria vida.

Vêm por meio de vós, mas não são propriedade vossa.

Embora estejam convosco,

não vos pertencem.

Vós podeis dar-lhes o vosso amor,

mas não os vossos pensamentos,

porque eles têm os seus próprios pensamentos.

Vós podeis acolher os seus corpos,

mas não as suas almas,

pois as suas suas almas habitam a casa do amanhã,

que vós não podeis visitar

nem mesmo nos vossos sonhos.

Vós podeis fazer esforço para serdes como eles,

mas não tenteis torná-los iguais a vós,

porque a vida não anda para trás

nem se retarda como o ontem.

Vós sois arcos através dos quais

os vossos filhos são projectados como flechas vivas.

Que a sua mira pela mão do Arqueiro

seja para a alegria.

 

                                                                     Kahlil Gibran

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publicado às 10:59

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