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«A sociedade baseia-se na inveja», afirmou paradoxalmente Helmut Schoeck num livro famoso de 1971, intitulado A Inveja e a Sociedade. E talvez não esteja errado, pois o ressentimento e a inveja são frequentemente a mola profunda de muitas acções dos homens. A inveja está presente, mesmo quando escondida por detrás de raciocínios subtis; está presente, mesmo quando se manifesta como desejo de ser invejado e move quem aspira a cargos públicos (políticos e sobretudo religiosos!) e quem procura afirmar-se em todas as actividades que dão mais prestígio que dinheiro; está presente em quem procura provocá-la nos outros com a ostentação do luxo.
A lógica do invejado é causar desprazer aos outros; ultrapassar o invejado é a aspiração do invejoso. Talvez a inveja seja característica de todos, porque é difícil encontrar uma pessoa tão generosa que não sinta um pequenino desprazer com a sorte alheia.
Então é preciso reconhecer que magnânimo não é quem não sente inveja, mas quem a vence imediatamente. Mas uma competição sadia pode estar imune de rivalidade e inveja.
Seja como for, o invejoso não só não vence imediatamente a inveja, mas até está cheio dela e é completamente dominado por ela.
Tem os olhos sempre voltados para os outros: sofre amargamente com a felicidade deles, sente uma dor profunda (sobretudo nos cotovelos!) do bem que possuem e espera que se transforme em mal.
É maior o receio de que os outros tenham êxito na sua actividade (política e sobretudo religiosa!) do que o esforço que faz para ser mais bem sucedido na sua vida pessoal.
A inveja é uma das filhas do orgulho ferido que não tolera os êxitos dos outros; talvez receie ser ultrapassado mesmo quando descaradamente afirma: «Não tenho que invejar nada a ninguém!».
Confesso que não vou ficar por aqui. Embora saiba que de nada vale insistir na tecla da inveja. Quando a ronha vem de "meninos da Igreja" (que não há maneira de crescerem!) é tempo perdido. Nem com dez anos na psiquiatria a batalhar em infantilidades, muitas vezes vícios que se aprenderam na família na mais tenra infância (como denuncia a foto abaixo!) e que o Seminário foi terreno propício ao avolumar da doença.
A RICO NÃO DEVAS E A POBRE NÃO PROMETAS.