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Uma jovem, num momento menos feliz, ofendeu gravemente um amigo. Ele não reagiu às ofensas e ela regressou a casa. Porém, não se sentia nada bem, tal era o remorso que sentia.
Decidiu libertar-se dessa tristeza e foi ter com um Sábio. Entrou em sua casa e disse-lhe:
— Ofendi um amigo com palavras malcriadas e mentirosas. Diga-me o que devo fazer para reparar o erro cometido.
O Sábio pegou numa grande folha de papel e recortou-a em muitos papelinhos. Entregou-os depois à jovem, dizendo:
— Vai e espalha esses papéis pela rua abaixo. Depois volta aqui.
A jovem fez o que ele mandou. Logo que terminou de espalhar os recortes de papel, veio uma rajada de vento que os levou para longe, até se perderem de vista.
Quando a jovem voltou, disse-lhe o Sábio:
— Jovem, agora vai e traz todos os papelinhos que espalhaste.
A jovem foi à rua mas, por mais que tentasse, não conseguiu encontrar um sequer. Regressou contando o sucedido. O Sábio explicou:
— É isso o que acontece às palavras que dizemos. Por mais que queiramos, logo que saem da boca, já não se conseguem apanhar. Por isso, o silêncio é tão importante. Pede perdão a esse jovem e não tornes a utilizar a palavra para ofender o teu próximo. Quando sai da boca, já ninguém a consegue apanhar.
A NOITE É BOA CONSELHEIRA.