Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quem é bom, sorri;
mas quem ama, faz sorrir.
Quem é bom, faz o que pode;
mas quem ama, faz o impossível.
Quem é bom, ajuda quando estamos aflitos;
mas quem ama, está sempre disponível.
Quem é bom, perdoa sete vezes;
mas quem ama, perdoa até setenta vezes sete.
Quem é bom, dá sempre um pouco do que é seu;
mas quem ama, dá-se a si próprio.
Quando a Terra ainda não estava completa, o hidrogénio sobrevoava sobre aquele caos. O Criador perguntou-lhe:
— Que procuras?
Ele respondeu:
— Senhor, tenho muita sede, mas não encontro sequer uma gota de água neste imenso deserto.
O Criador disse-lhe:
— Podes encontrá-la, mas com uma condição: que tu desapareças completamente naquilo que encontrares. Continua a procurar...
Passado pouco tempo, o Criador encontrou-se com o oxigénio, que também vagueva desconsolado. O Criador perguntou-lhe:
— Também andas à procura de alguma coisa?
O oxigénio respondeu:
— Senhor, tenho muita sede e não encontro sequer uma gota de água.
— Irás encontrá-la, mas apenas se estiveres disposto a desaparecer nela.
A palavra do Criador realizou-se. O hidrogénio encontrou o oxigénio, os dois gostaram um do outro, uniram-se e fundiram-se na proporção certa, até ambos desaparecerem.
A morte deles criou a gota de água, que deu início à vida.
Os dois elementos, hidrogénio e oxigénio uniram-se e começou a vida. Quando o «eu» se junta ao «tu» para formarem um «nós», surge o amor.
O sonho de um jornalista era entrevistar Deus. Já era idoso quando se encontrou com Ele face a face. Deus perguntou-lhe:
— Desejas então entrevistar-me?
— Sim, se por acaso tem tempo para este pobre jornalista.
Deus sorriu e disse:
— O meu tempo chama-se eternidade. O que queres saber?
— Desejaria saber o que nos seres humanos vos causa mais espanto?
— Deus respondeu:
— Fartam-se de ser crianças e têm pressa de crescer, mas depois suspiram por voltar a ser crianças. Primeiramente, perdem a saúde para ter dinheiro, mas depois perdem o dinheiro para ter saúde. Não se importam em poluir o ambiente, e depois anseiam por ar puro e saudável. Deixam tudo para amanhã, e depois lamentam-se do tempo perdido...
Apesar de tudo isto, continuarei a amá-los muito.
Deus, apesar das nossas limitações, ama-nos com um grande amor. Espera certamente de nós que saibamos corresponder a esse amor.
Um dia, Raoul Follereau, ao visitar uma leprosaria numa ilha do Pacífico, ficou surpreendido: entre tantos rostos desfigurados e quase mortos, havia um homem que conservava uns olhos límpidos, vivíssimos, e com um sorriso que a todos iluminava sempre que lhe diziam uma palavra amável ou lhe davam alguma coisa.
Quando quis saber o que mantinha esse leproso tão agarrado à vida, disseram-lhe que observasse o que sucedia todas as manhãs.
Raoul Follereau descobriu que, todas as manhãs, o homem descia para o pátio e sentava-se diante do alto muro que cercava a leprosaria. Esperava ali até que, a meio da manhã, aparecia durante alguns segundos outro rosto. Era um rosto de mulher, idosa e enrugada, que sorria. Então o homem comungava aquele sorriso e sorria também.
A seguir, o rosto da velhinha desaparecia e naquele breve instante o leproso tornava-se, resplandecente, já tinha alimento para aguentar mais uma jornada e aguardar que, no dia seguinte, regressasse o vulto sorridente.
Essa mulher era a sua esposa. O leproso comentava: «Ao vê-la, sei que ainda estou vivo!»
Esse olhar de amor era, de facto, suficiente para transfigurar esse doente, para lhe dar vida. Um olhar de amor faz esquecer as dores e restaura as forças. Um olhar de amor puro tem uma poderosa energia. É sinal visível do amor de Deus.