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Quando a Terra ainda não estava completa, o hidrogénio sobrevoava sobre aquele caos. O Criador perguntou-lhe:
— Que procuras?
Ele respondeu:
— Senhor, tenho muita sede, mas não encontro sequer uma gota de água neste imenso deserto.
O Criador disse-lhe:
— Podes encontrá-la, mas com uma condição: que tu desapareças completamente naquilo que encontrares. Continua a procurar...
Passado pouco tempo, o Criador encontrou-se com o oxigénio, que também vagueva desconsolado. O Criador perguntou-lhe:
— Também andas à procura de alguma coisa?
O oxigénio respondeu:
— Senhor, tenho muita sede e não encontro sequer uma gota de água.
— Irás encontrá-la, mas apenas se estiveres disposto a desaparecer nela.
A palavra do Criador realizou-se. O hidrogénio encontrou o oxigénio, os dois gostaram um do outro, uniram-se e fundiram-se na proporção certa, até ambos desaparecerem.
A morte deles criou a gota de água, que deu início à vida.
Os dois elementos, hidrogénio e oxigénio uniram-se e começou a vida. Quando o «eu» se junta ao «tu» para formarem um «nós», surge o amor.