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Quem viveu (como eu) alguns anos a servir a pequena comunidade cristã católica praticante da Candelária do Pico (Açores) apercebeu-se de muitas coisas boas e menos boas. Tenho algumas anotadas que para aqui virão, doa a quem doer.
Nesta comunidade católica encontra-se uma fraternidade franciscana feminina há várias dezenas de anos a residir no património deixado pelo cardeal Costa Nunes. Esta comunidade franciscana feminina foi-se adaptando às necessidades pastorais do meio em que estava inserida dando uma resposta muito positiva às solicitações que iam surgindo. E, fiel ao carisma dos seus fundadores, esta comunidade de vida consagrada feminina continua activa, com novos projectos em virtude de novas realidades familiares e sociais que vão surgindo, infelizmente, nesta sociedade em decadência manifesta. Não faltaram bocas foleiras de pseudo-intelectuais da praça a afirmar da inutilidade de tanto investimento financeiro. Uns pobres de Cristo que não se arrumam no seu lugar. Também me fez rir o viperino e saloio comportamento dalguns candidatos aquando do recrutamento de pessoal para preencher os quadros dessas casas de acolhimento de crianças e jovens, onde as pobres freiras levaram pancadaria de criar bicho sem terem a mínima responsabilidade na escolha de quem lá trabalharia. Pareciam, alguns e algumas, como gato a bofes, espezinhando tudo e todos para conseguir tacho, mesmo sem a mínima qualificação, para tão sérios cargos. Lidar com crianças e adolescentes requer bases muito sólidas humanas, psíquicas, morais e espirituais. Já temos "casas pias" de sobra... Disse isto na igreja paroquial em alto e bom som. Hoje, estou convencido, o que não se diz não existe...
Esta referência à comunidade religiosa franciscana feminina vem, pelo facto, de reparar ultimamente, que uma bandeira portuguesa se encontra pendurada na varanda superior da chamada "casa de São José" desde o início do "Europeu 2008" de futebol, claro. Veio-me logo um sorriso a todo o rosto. Para mim era uma coisa impensável no outro "2004". Sangue novo, ou então, uma lufada de ar fresco varre os corredores da dita casa ou fraternidade. Ainda bem. Já não era sem tempo. Até se adoecia com o peso carrancudo duma ou outra "santa" que por lá passou. E mais não digo. Apenas que, o povo via e não é tolo. E o pároco levava o seu raspanete de quando em em vez porque era tido como muito liberal. Uma vez usou a palavra "preservativo" numa homilia e foi alvo de desagravos ao Coração de Jesus com novenas imediatas. A pobre da mulher até parecia que tinha tido um arrepio de frio na espinha!
Para que não restem dúvidas aqui vai o registo de quem (certamente) reza pelas cores de Poortuugaal...
Um sinal dos tempos (?) de que o Concílio de Trento, perdão, o II Concílio do Vaticano tanto insistiu pelos lábios proféticos do Papa "Bom" e dos bispos espectaculares desse tempo que parece já tão longínquo...