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Como viver o «mês de Maria» em pleno tempo da Páscoa?
Maio é chamado o «mês de Maria». No entanto , mais importante é que estamos a viver o Tempo Pascal. Mas nenhuma dificuldade haverá se soubermos orientar a nossa devoção a Maria em sentido pascal.
O verdadeiro «mês»
A Liturgia da Igreja não conhece ritmos mensais: tem um ritmo anual, semanal e diário. Além disso, na Liturgia o verdadeiro «mês de Maria» é Dezembro. O ciclo festivo do Natal é o tempo mais mariano de todo o ano litúrgico . A figura de Maria é, de facto, inseparável do mistério do nascimento de Jesus.
Os meses devocionais («mês de Maria», «mês de Coração de Jesus», «mês do Rosário», «mês das Almas») nasceram em períodos de um certo afastamento do povo cristão em relação às celebrações litúrgicas. Mas elas são mais importantes que essas devoções. Contudo, não é errado celebrar o «mês de Maria».
Maria e a Páscoa
O «Directório sobre a Piedade Popular e a Liturgia» dá a seguinte orientação:
«Durante o mês de Maio, que em grande parte coincide com os cinquenta dias da Páscoa, os exercícios de piedade deverão evidenciar a participação da Virgem Maria no mistério pascal e no evento pentecostal que inaugura a caminhada da Igreja; uma caminhada que ela, tornada participante da novidade do Ressuscitado, percorre guiada pelo Espírito» (nº191).
Por conseguinte, os exercícios de piedade devem estar iluminados pela luz de Cristo Ressuscitado, apresentando Nossa Senhora como uma crente que se associou ao seu Filho na sua paixão e ressurreição, assim como esteve presente no Pentecostes, quando nasceu a Igreja.
Assim sendo, nada de caldeações com cânticos devocionais (não litúrgicos) dentro da Eucaristia dominical , mas antes ou depois dela com alguma «celebração mariana» ou noutros momentos separados; nada de realces exagerados de «imagens marianas devocionais» na Páscoa, mas sim, os símbolos pascais em evidência, tais como: círio pascal, água pascal, cruz florida, imagem do Ressuscitado, flores, muitas flores, dísticos pascais, a realização da moderna, frutuosa e bem conseguida «Via Lucis», - a via sacra da Páscoa -, ...
Muito há a fazer nas nossas Comunidades Cristãs Católicas. Mas muito já está a ser feito. Não há dúvidas que muitas Comunidades ficam esfalfadas na vivência da Quaresma que a exaustão física, psicológica, espiritual e devocional, não os deixa ter forças para viver o Tempo Pascal, a não ser com sopas, carne e vinho... (isto nos Açores onde há o "espírito santo" das sopas que é outra coisa diferente ainda da 3ª pessoa da Trindade e da Teologia Dogmática).
Vivenciar os grandes Dons que nos oferece o Ressuscitado em Tempo Pascal!... isso é outra conversa que não interessa a cristãos com cultos paganizados.