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«Estava um cego sentado numa calçada em Paris, com um boné aos pés, e um pedaço de madeira onde alguém tinha escrito com giz branco:
— "Por favor, ajude-me, sou cego."
Um publicitário, da área da criação, passou diante dele e notou que o mendigo tinha poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou no pedaço de madeira e no giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar a tabuleta aos pés do cego e foi-se embora.
Ao cair da tarde, passou novamente em frente do mendigo cego e verificou que o boné estava cheio de moedas e notas.
O cego reconheceu os passos do publicitário e perguntou-lhe se tinha sido ele quem tinha escrito um novo anúncio naquele pedaço de madeira e principalmente o que tinha escrito que tornara as pessoas mais generosas.
O publicitário respondeu:
— Não escrevi nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas fi-lo com outras palavras.
E sorrindo continuou o seu caminho.
O cego só mais tarde soube o que estava escrito. O seu novo cartaz dizia:
"Hoje é Primavera em Paris e eu não posso vê-la!»
Pois é!
É sempre bom mudarmos de estratégia sobretudo quando as coisas não correm bem. No que diz respeito à Igreja Católica muita coisa, ao nível da linguagem, tem muito (mas mesmo muito) que mudar, para chegar à mente e ao coração: dos baptizados praticantes, indiferentes, agnósticos, ateus, aos necessitados de nova evangelização (se é que alguma vez foram verdadeiramente evangelizados e catequizados!) - que são a maioria! - pelo processo catecumenal , doutras Igrejas irmãs e doutras Religiões. Ou o pessoal eclesiástico e laical não se apercebe ou não tem pachorra. Porque dá trabalho estudar. E é preciso gozar a vida gastando horas pela noite dentro e dormindo de dia, enquanto se é novo... porque os mais velhos têm é inveja (!). Até que rebente a saúde, se é que... Bom, jantaradas e mais jantaradas e ainda mais jantaradas para em seguida se pensar noutra jantarada! Que tempo resta!? Sinal dos tempos: "pastoral das jantaradas"... mas também há a "pastoral da água de colónia" e a "pastoral da roupa de marca" e a "pastoral do orgulhosamente só"!
Estou numa ânsia para ver aonde isto vai dar.
Michael Heller, sacerdote católico, cosmólogo e matemático, polaco de nascimento, recebeu o prémio académico mais reconhecido do mundo por um estudo que mostra como a matemática pode oferecer provas indirectas da existência de Deus. O prémio é de 1 milhão e 170 mil Euros.
As teorias do Pe. Heller não se centram tanto em oferecer provas da existência de Deus, mas em suscitar dúvidas acerca da realidade. A sua especialidade são as fórmulas complexas, desenvolvidas há mais de 40 anos, capazes de explicar qualquer coisa, inclusive a sorte, através do cálculo matemático.
O júri distinguiu-o pelas suas concepções originais sobre "a origem e a causa do universo". Através de uma "teológica da ciência" colocou a visão cristã do universo no quadro mais amplo do contexto cosmológico.
Michael Heller, de 72 anos, é professor na Faculdade de Filosofia da Academia Pontifícia de Teologia de Cracóvia, Polónia e foi amigo pessoal do Papa João Paulo II. As suas pesquisas «ampliaram o horizonte metafísico da ciência», segundo fontes da Fundação Templeton, que há 35 anos concede o prémio ao progresso para a pesquisa ou desenvolvimento de realidades espirituais.
O prémio será oficialmente entregue pelo Príncipe Filipe, duque de Edimburgo, numa cerimónia privada em 7 de Maio, em Londres. Anteriormente foram agraciados com este prémio a Madre Teresa de Calcutá (Beata), o escritor Alexander Solzhenitsyn, o reverendo Billy Graham e o líder espiritual indiano Pandurang Shastri Athavale.
— Eis o meu segredo, ele é muito simples: não se vê bem senão com o coração: o essencial é invisível aos olhos.
- Saint-Éxupery
— Há momentos em que, diante de certas aflições, as palavras não ocorrem... Sorri com todo o teu coração, com toda a tua alma compassiva...
- Guy de Larigaudie
— Não é de um frente a frente, nem de um corpo a corpo: é de um coração a coração do que nós temos necessidade.
- Teilhard de Chardin
— O espírito enriquece-se com o que recebe, o coração enriquece-se com o que dá.
- Victor Hugo