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Um Verão diferente - 1

por Zulmiro Sarmento, em 28.09.07

          Pedi, por escrito, ao presidente do conselho executivo da escola cardeal Costa Nunes a dispensa de alguns dias no fim de Julho, mas antes do meu período de férias, para participar numa espécie de retiro espiritual em Fátima, com cerca de mil e quinhentos cristãos dos diversos serviços da Liturgia, no Centro Pastoral Paulo VI. Compreender melhor que por símbolos e sinais e gestos se expressa e compreende melhor a fé em Jesus Cristo. A palavra e o rito tem de ser bem explicitados. É uma oportunidade única já que outras realidades promovidas a nível de diocese, de muito interesse, são incompatíveis com o serviço de professor de educação moral e religiosa católica numa escola a nível de tempo para formação espiritual. Ser professor tem também as suas limitações neste campo durante o período lectivo. A compreensão dos dirigentes da escola tudo tem ultrapassado. Um obrigado sincero da minha parte ao sempre disponível, sensível e compreensivo professor Manuel Tomás pelo «Autorizado».

          Houve em Fátima um pequeno acidente que constou duma vértebra rachada em cima dum passeio o que me levou três semanas de algum mal estar físico mas sem me deixar ir abaixo. As obras da nova igreja implicou muita pedra de passeio fora do sítio...

          Após Fátima entra em cena a menina professora Ana Ernesto que me vai buscar à casa da Senhora das Dores para rumarmos a Taizé na França de autocarro num percurso de vinte e cinco horas,  com engano no percurso e tudo (e com uma condução péssima onde se lia o jornal «O Jogo» estendido sobre o volante enquanto se ia de vez em quando vendo a estrada...). Pela queixa apresentada por alguém anónimo, de regresso eram outros os condutores e tudo o mais. Esta professora do 1º ciclo tinha anteriormente experimentado a vivência de Taizé, dado o seu espírito tipicamente aventureiro e por isso tratou das inscrições, alojamento e alimentação, via net. E foi também a nossa tesoureira. E tudo começou pela Páscoa quando o padre Paulo Areias me falou desta sua amiga que tinha conhecido anos antes por altura duma «missa nova» em São Miguel. E que a partir daí o tem ajudado imenso quando se desloca ao Continente por questões de saúde, conhecidas de tantos. Tive oportunidade de a conhecer melhor num longo passeio pelas estradas do Pico num famoso BMW e durante a estadia na aldeia de Taizé, em algumas longas conversas, e daí concluir da sua simplidade de vida, desprendimento, serenidade, espírito serviçal sem nada querer obter em troca, da sua fé, voz bonita (canta melhor que um rouxinol!), amadurecimento humano e cristão que se reflecte no acompanhar um grupo de jovens na aldeia onde lecciona. Porta de casa sempre aberta a quem necessita de uma ajuda. Uma simpatia e empatia que irradia e onde nos sentimos bem quando estamos por perto. Testemunhos de outras pessoas me disseram o mesmo por isso julgo estar a ser objectivo. Não é muito frequente encontrarmos hoje pessoas assim, com estas características humanas e cristãs. Por exemplo, nestes dias que correm, lá está ela ao lado do padre Paulo Areias que se encontra internado num hospital de Lisboa, dado que foi sujeito a uma melindrosa (julgo eu) intervenção cirúrgica. Tratou-lhe de tudo e atempadamente dado que a qualidade de vida deste padre estava a deteriorar-se a olhos vistos. Em Taizé vi nele um rosto de sofrimento em diversos momentos.

         

          Na escola (dado que Taizé e a sua comunidade ecuménica são modelos de vida cristã a referir no programa novo a implementar) tenho mostrado imagens em powerpoint e dvd sobre o que significa milhares de jovens de mais de setenta países rumarem semanalmente àquele profético lugar donde se traz recordações de vida e desejos de levar à prática nos nossos meios aquela vivência limpidamente evangélica onde tudo é vivido e experimentado em comum. E com jovens e adultos e casais com crianças de todas as Igrejas (anglicana, luterana, calvinista, ortodoxa, católica...). Como nas primitivas comunidades cristãs referenciadas nos Actos dos Apóstolos. E os miúdos têm aderido à mensagem que fiz passar e que foram um pedacinho de vida saboroso do meu Verão diferente. E que ansiava faz tempo. Não podia mais ser adiado.

          Vou continuar com o resto do mês de Agosto porque há mais uma professora do 1º ciclo que é o meu "anjo da guarda" desde 2000, e dela tenho um testemunho muito bom.

         

 

 

 

         

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publicado às 10:10

As pessoas divididas em dois grupos. Vejamos...

por Zulmiro Sarmento, em 24.09.07

          Um psiquiatra americano diz que as pessoas se podem dividir em dois grandes grupos: aquelas que vivem pedindo amor, que vem gritando, por onde passam, por todas as expressões: amem-me! Amem-me!

          E empregam todas as estratégias para consegui-lo.

          O outro grupo é o daquelas pessoas sadias que, em vez de procurar amor para si, procuram alguém a quem dar amor.

          Se virmos alguma mudança naquelas pessoas que pedem que as amem, é porque compreenderam que, se deixarem de pedir amor e procurarem antes alguém para amar, poderão realmente ser amadas como desejam.

          Bem interessante esta observação do psiquiatra, certamente fruto da sua experiência clínica.

          Aqueles que tentam centralizar em si próprios todas as atenções dos outros estão doentes. Aqueles que tudo fazem, tudo movimentam para fazer convergir na sua pessoa a amizade ou amor dos outros: do marido ou da mulher, dos familiares ou amigos, — estão enfermos com menor ou maior gravidade.

          Mas aqueles que buscam oportunidades para dar amor aos outros, que não perdem uma ocasião para servir, para ajudar, para alegrar, para exprimir, por palavras e obras, um pouco de amor a alguém, esses são sadios e equilibrados.

          E a passagem deste hemisfério egoísta e doentio para o mundo sadio do altruísmo, é feita, talvez com muito sacrifício, lutando e vencendo o egoísmo pessoal, de forma a pensar mais em dar do que receber: em procurar mais amar do que ser amado. Assim o dizia já no séc. XII Francisco de Assis...

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publicado às 13:00

Desligar custa tanto! Que o diga o «Sr. Reitor»...

por Zulmiro Sarmento, em 19.09.07

          Setembro é geralmente o mês da mudança de cargo, sobretudo na Igreja. Uns que saem, porque a saúde ou idade lhes abriu a porta de saída. Outros porque, por razões várias, como por exemplo incompatibilidades com o povo, pensam ponderadamente que está na hora de iniciarem novas funções noutras terras, noutros lugares, noutros serviços muito mais próximos do seu feitio e habilidade. Mesmo sem ter completos os seis anos de provisão canónica. É estupidez saloia fazer finca pé no facto da provisão não ter finalizado o tempo... e de apenas sair com um processo disciplinar canónico (como se não houvesse matéria mais que suficiente para validar o dito processo!). Maldade comparável a um pecado contra o Espírito Santo.

           Hoje quero lembrar diante de Deus todo esse pessoal eclesiástico e eclesial que mudou e que se espera (desesperadamente!) que mude, para bem das almas e do Reino. Nesta gente concreta há um trauma moral mais forte, melhor ou pior sofrido. Um padre, por exemplo, que recebe uma carta do seu bispo para uma conversa presencial e que se coloca ao telefone horas infindas a lê-la com ditos amigos e a comentá-la, está, de facto, num dilema angustiante e de grande perturbação psicológica...

          As pessoas apegam-se ao seu mundo, às suas circunstâncias, às suas realizações. Por vezes ao seu autismo não assumido. E largar esse mundo para navegar noutro rumo, com outra tripulação desconhecida, noutras águas ignoradas, com muitíssimo menos dinheiro para gerir (-se), faz pensar e faz sofrer. São Paulo bem soube dizer: sei viver com muito e outras vezes com muito pouco... E quando se anda de arrasto com um montão de recortes exorbitante catalogados e  encaixotados e/ou dispersos por tudo o que é canto, fruto de milhares de horas de trabalho doentio! De facto custa, custa muito fazer as malas!!

          O primeiro sofrimento é o do desligar daquilo em que se deixou a alma. A obra que se construiu ou aperfeiçoou com incomensurável sacrifício (e que por vezes, não reconhecida, nem lembrada, nem fica escrita para memória futura!), o rebanho que se apascentou com amor (e não há como o primeiro amor!), os sonhos concretizados. Mas há, por vezes o reverso da medalha, isto é, a destruição completa de uma comunidade cristã que todos observam, comentam, preocupados, exacerbados, desiludidos, impacientes, frustrados, malcriados, iludidos outros, coniventes ainda outros porque interesseiros,...  Todos apreciam negativamente e concluem assim, menos aquele que está na berlinda. E que pensará o pai na fé?!

          Pouca gente se lembra daquela cena do filme D. Camilo. Transferido para outra paróquia, D. Camilo, na hora da despedida, com a mala na mão, vai caminhando lentamente pela igreja abaixo, olhando para trás com saudade: para o seu crucifixo, para o sacrário, para o altar, para os confessionários, para o baptistério, para as paredes, e, já na rua, lança um olhar derradeiro para o seu pequeno templo, com as lágrimas nos olhos, porque lhe borbulhavam fortemente no coração... D. Camilo era uma alma lavada! Sem apegos mundanos, nunca se considerou um pároco príncipe da Igreja...

          Tirando os casos em que é uma esmola um padre sair da paróquia, acontece com toda a gente que parte, — bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos — deixando para trás o seu esforço, seu suor, seu sangue, sua vida imolada que só o Padre Eterno sabe...

          Começar uma vida nova... Esta incerteza pode angustiar: mas a generosidade em servir é o segredo da alegria do êxito da sementeira...

          Vá lá senhor bispo: ou agora ou nunca!!

          Será impossível o futuro ser pior!

          Todos os que o rodeiam como conselheiros têm sido sinceros e práticos.

          Ámen.

          (Enfim, desabafos, como diz a minha sobrinha Sandra Lopes Amaral)

         

P.S. Não ficarei por aqui. A saga (ou será novela?!) continua e, claro!... qualquer semelhança com a realidade será pura coincidência. Não vá o diabo tecê-las e vira-se o feitiço...

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publicado às 15:31

Não ter medo...

por Zulmiro Sarmento, em 17.09.07

          Gosto de ouvir as pessoas dizerem, perante cargos difíceis, que não têm medo, porque isso revela a cultura da coragem ao longo do tempo, perante todas as situações.

          Certo indivíduo, numa hora em que tinha de tomar uma decisão arriscada, consultou um amigo bastante mais velho — os mais velhos têm mais experiência — e pediu conselho. O amigo escrevinhou umas palavras num papel e empurrou-o sobre a mesa em direcção ao outro.

          Apenas esta frase simples... «Sê destemido e forças poderosas virão em teu auxílio».

          Foi esta palavra que o ajudou naquela hora e em muitas outras pela vida fora. Sempre que tinha de decidir por opções difíceis, ele se lançava sem se deixar entorpecer pelo medo, sem deixar amarrar-lhe as asas o receio do insucesso, ou da crítica ou da opinião pública adversa. Isto que acabo de referir a maior parte das vezes paraliza-me completamente...

          E todos nós sentimos essas forças poderosas a ajudar-nos nessas horas duras: forças latentes que possuímos, como a energia moral, a clarividência, a palavra certa, a criatividade para descobrir soluções alternativas, e até energia física que desconhecíamos.

          E essas forças geram, muitas vezes, situações de êxito e até de heroísmo, como verficamos em tantos casos admiráveis de salvamento com bombeiros e outras pessoas, mesmo jovens e crianças, que nunca imaginávamos tanta adrenalina...

          Mas quantas vezes a coragem gera mais coragem e entusiasmo e dinamismo.

          Um famoso alpinista dizia que, por vezes, ao escalar uma montanha, se via numa posição tal que tinha mesmo de continuar a subir. «Quando não podemos senão subir, subimos com mais facilidade».

          Assim na vida de todos os dias: sabendo que a tarefa que assumimos é subir, mesmo cansados ou desgastados, venceremos as etapas mais duras, porque as nossas forças interiores (com a ajuda das divinas, mesmo para quem não é crente) vão ajudar-nos a subir com mais facilidade.

          Quando regressei ao Pico depois duma longa epopeia de Verão (no dizer do padre Marco Martinho) tinha no correio electrónico um convite para fazer o prefácio dum livro de pessoa minha amiga e distinta em certo tipo de literatura de formação pessoal e social, entre outras. E de ser co-autor do livro a ser publicado. Ainda sinto um gelo na espinha. E não dei ainda a resposta para o Algarve. O medo do risco, insisto, paraliza-me tantas vezes. E estou convencido que algumas pessoas chegadas me valorizam mais do que aquilo que realmente sou e tenho. Por isso, paciência... embora pareça contradizer-me.

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publicado às 12:55

A inveja

por Zulmiro Sarmento, em 13.09.07

          A inveja é um defeito escondido por detrás do nosso orgulho, perigosa erva daninha que nos prejudica imenso, até psicologicamente.

          Quando o nosso povo, na sua sabedoria empírica, diz que o invejoso não engorda, quer precisamente dizer que aquele que olha para a vida dos outros com um velado sentimento de alegria quando os desaires e a tristeza os fazem sofrer, ou então com um certo sentimento de tristeza quando os outros têm razões de alegria, esse invejoso não tem o espírito tranquilo, o que não permite que o organismo funcione bem: não aproveite o que come, não engorde...

          Mas a inveja ambiciosa leva muitas vezes o ambicioso à frustração, como verificamos nesta fábula.

          Um cão atravessava, certo dia, uma pequena ponte com um osso na boca. Parou, olhou para o rio e viu outro cão que levava na boca um osso muito maior.

          Levado pela inveja, desejou logo aquele enorme osso, com que se iria consolar. Saltou à água, largando o seu osso para apanhar o maior.

          Ilusão! O outro cão era apenas o reflexo dele próprio na água. E a sua inveja fê-lo sair molhado e com mais fome ainda...

          Uma fábula simples. Mas uma maneira de ensinar os homens com os animais. O desejo de mais riqueza, de mais dinheiro, de mais poder, muitas vezes cega, não deixa ver com objectividade as situações, donde tantas vezes se sai humilhado, derrotado e frustrado como o cão daquela fábula...

          Isto não são manias minhas! Presentemente encontro-me em investigação pela Polícia Judiciária porque uma alma penada, que agora vive como um farrapo em São Miguel, entendeu que eu ganhava demasiado como professor profissionalizado no quadro de nomeação definitiva e que seria certamente um engano crasso dos serviços administrativos da escola. Teria, segundo as suas suspeições peregrinas, de devolver milhares de euros aos cofres do Estado. O gajo nem com esclarecimentos autorizados e bem fundamentados, que almas caridosas lhe deram, se convencia.  Para mais eu era (e sou) bacharel e o dito cujo licenciado... E assim vai a vida de cada um. E não há ninguém que não tenha uma história fruto de invejidades saloias, mesmo dentro das próprias famílias... por causa, por exemplo, de heranças e testamentos! Enfim!

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publicado às 09:59

Não ter razão

por Zulmiro Sarmento, em 03.09.07

          Quantas vezes nos acontece em casa, na escola, no trabalho, nos transportes, em qualquer parte, julgamos ter razão naquilo que afirmamos ou negamos, naquilo que discutimos, naquilo que fazemos, e afinal a razão não está do nosso lado. Erramos por má informação (e esta vem de todo o lado já envenenada!), ou por má interpretação (quem conta um conto acrescenta um ponto quase sem  dar por isso!), ou mesmo por ignorância ( Deus nos livre da ignorância atrevida fonte de tanta miséria cultural, do género: quanto menos estudos mais verborreia sobre tudo e todos!).

          Quantas vezes reclamamos, até acaloradamente, num local de atendimento, ou no futebol, ou no fim de um exame ou de um concurso profissional, etc. e, refectindo serenamente, verificamos que realmente não tínhamos razão.                                                          

          E reconhecer que não temos razão é difícil, porque exige uma relativa dose de humildade e é mesmo doloroso.

          Custa aceitar o lapso ou o engano ou a ignorância, a vergonha... E surge então a tentação de buscar desculpas, de atirar as culpas para os outros, à semelhança de Adão... É a ferida da verdade que nos faz doer...

          Mas é bom aprender ou reaprender a reconhecer e respeitar a verdade dos outros e as nossas falhas.

          Reaprender a assumir as imprecisões que dizemos, os deslizes em que escorregamos, os erros que cometemos, a facilidade com que cremos em boatos, a culpa marcada pela nossas mãos.

          Reconhecer a razão dos outros: — da esposa ou do marido, dos filhos ou dos pais, do chefe ou do subalterno, do professor ou do aluno, do pobre ou do rico, do simpático ou do antipático, do árbitro ou do adversário, do pároco ou da comunidade, enfim, reconhecer a razão onde ela está, quando descobrimos, mesmo com amarga pena, que a razão não está na nossa consciência. E a nossa consciência (bem formada) é o lugar por excelência do encontro de nós mesmos. Com aquilo que realmente somos. Sem subterfúgios.

           Isto do «ter razão» e do «não ter razão» dá pano para mangas.

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