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Agradecer, — dizer «obrigado» — ou mais ainda, manifestar gratidão pelas acções é uma atitude que vem rareando nestes tempos de egoísmo que vamos vivendo.
Há pessoas que recebem uma expressão de atenção, de generosidade, mas uma esponja mágica apaga rapidamente da lembrança o bem que receberam, a ajuda que lhes foi concedida, o favor que obtiveram.
Há também pessoas que , pagando os serviços prestados, julgam saldar tudo, sem dívida nenhuma de gratidão. Esquecem que não há dinheiro que pague o espírito de colaboração de um empregado, a dedicação de um servente, o carinho que a esposa põe no tratamento do marido, ou o sacrifício que o marido faz para ganhar o pão para o seu lar, tantas vezes num trabalho cansativo e desgastante.
Dizer «obrigado» — é mais que um gesto rotineiro, de verniz social.
Tem de sair de dentro, do coração.
E se sair do coração, cria um ambiente de harmonia, de compreensão recíproca, de bem-estar, abrindo para mais generosidade o coração da pessoa a que se agradece. Receberá muito quem for grato por pouco...
A gratidão é uma virtude cada vez mais rara que devemos ensinar — pela palavra e pelo exemplo — aos mais novos, pois muitos deles nunca ouviram seu pai ou sua mãe dizer entre si «obrigado».
A ingratidão tanto para com as pessoas como para com Deus viceja e cresce nos nossos ambientes como erva daninha...
Por isso termino, como crente, com esta súplica: «Senhor, deste-me tudo. Dá-me uma coisa mais: um coração agradecido».
P.S. Toda a gente que me conhece sabe o quanto tenho sido agraciado ao longo de toda a minha vida por Deus e por aqueles e aquelas que Ele foi colocando no meu caminho. Irei contando alguns exemplos.