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Se uma criança vive a ser criticada
aprende a condenar
Se uma criança vive na hostilidade
aprende a guerrear
Se uma criança vive envergonhada
aprende a sentir-se culpada
Se uma criança vive na tolerância
aprende a ser tolerante
Se uma criança vive a ser estimulada
aprende a confiar
Se uma criança vive com apreço dos outros
aprende a apreciar
Se uma criança vive com equidade
aprende a ser justa
Se uma criança vive com segurança
aprende a ter fé
Se uma criança vive com aprovação
aprende a gostar de si própria
Se uma criança vive com aceitação e amizade
aprende a encontrar amor no mundo
Diário de viagem
Vivem em nove belas Ilhas no
meio do Oceano Atlântico.
Dizem ser o centro do Mundo, os últimos
picos da Atlântida - o Continente perdido,
a terra de Neptuno.
Falam de forma diferente.
Cozinham a comida em buracos
na terra, com o calor dos vulcões.
Fazem jogos com touros e perdem
quase sempre.
Nadam com golfinhos.
Mergulham com baleias que antes caçavam
em pequenos barcos e depois
gravavam-lhes os dentes.
Há 500 anos que resistem a tremores de terra,
a tempestades com ventos de 250 Km por hora,
a ondas do mar com 20 metros.
Pescam os maiores peixes do
Mundo - espadartes e atuns.
Dividem os terrenos com flores,
principalmente hortênsias.
Criam vacas e chamam-nas
pelo nome próprio.
Comem comida temperada com especiarias
vindas das Índias, Áfricas e Américas.
Festejam o "Espírito Santo" que
dizem ser o seu "Senhor".
Usam uma ave - Milhafre - como seu
símbolo mas chamam-se
Açorianos.
São uns estranhos e simpáticos loucos!
Este conteúdo escrito foi extraído do postal com edição do Peter Café Sport e é da autoria de José Henrique Azevedo, agora seu digníssimo proprietário. Este estabelecimento comercial tem várias valências. Para muitos visitantes, o museu, o café mais o seu gin tónico, a observação de cetáceos e outros percursos, e a loja de souvenirs, são algo que não dispensam se a visita é a Horta (Faial, Açores). Da referida loja de recordações tenho sido razoável cliente adquirindo de tudo um pouco, ou uma peça, desde loiças fabulosas, carteiras de cabedal, roupas entre uma imensa variedade de produtos ao gosto de cada um. E todos sempre com o conhecido mundialmente logotipo azul que dá aos produtos um valor acrescentado. Tenho amigos que ao receberem de mim uma peça do "Peter" ficam radiantes e guardam-na como uma relíquia.
Nunca vi nada tão tocante e escrito para definir os Açorianos ( os "Açoriános", como pronunciam alguns continentais atoleimados, como ouvi duns arruaçeiros em viagem na cauda dum avião).
Neste Dia da Autonomia ( da Região Autónoma dos Açores), da consciência de que «antes morrer livres que em paz sujeitos», da certeza do que mais nos une - a devoção ao Espírito Santo - de Santa Maria ao Corvo, passando pela Califórnia, Santa Catarina do Brasil, Havai, Casas dos Açores por tudo o que é cidade ou região de concentração destes ilhéus que somos, das Comemorações grandiosas que se fazem nesta "2ª feira do Espírito Santo" (este ano de 2007 em São Roque do Pico), queria sublinhar da minha alegria incontida por ser Açoriano e picoense e, também, por referir esta realidade com os povos (comunidades cristãs católicas) a quem tenho servido ao longo destes mais de vinte anos nos Impérios, Coroações, e Missas Votivas do Espírito Santo.
Sempre peço a uma instituição que se faça representar com a bandeira azul e branca nas cerimónias religiosas, que os paus de bandeira engalanando caminhos tenham o branco e azul como cores predominantes juntamente com o vermelho e branco das Irmandades que servem o Divino, que as nossas Festas Maiores são o nosso genuíno cartão de visita para quem vem até nós com curiosidade e respeito. A arte de bem receber tem o expoente máximo nestas festividades. Indiscutível.
Não gosto da expressão, algo jocosa para assunto tão sério, de "dia da pombinha". Revela, para mim que alguma fé esclarecida foi chão que já deu uvas.
Orgulho-me dos corajosos governantes que instituíram este dia fabuloso já em ritmo de Autonomia. Que Deus lhes pague pelos valores humanos e cristãos que quizeram sublinhar de forma tão efusiva.
E que me desculpe o senhor José Henrique Azevedo do «Peter Café Sport» pelo atrevimento de o citar a partir do postal tão símbolo do que nós somos! E já agora não deixem de fazer uma visita às suas lojas e museu e comprar o dito postal se ainda existe à venda. Quando saio da Região levo sempre algo para vestir que me fale de baleias, golfinhos e do logotipo que inspira alguma vaidade em quem o transporta...
Somos únicos. Vivamos esta diferença como identidade muito nossa. Sem complexos de qualquer natureza.
Açores e açorianos: SEMPRE!
Muito mudou no modo de falar nos dons e nos frutos do Espírito Santo. E há exemplos eloquentes disso mesmo. Do sentir e do saber de experiência feito do homem e mulher simples dos nossos meios açorianos que têm mais sabedura teológica que alguns eclesiásticos de grande faladura balofa.
De facto, da importância que a devoção ao Espírito Santo tem nos Açores ninguém dirá o suficiente agora e na hora. Nos gritos de aflição mais espontâneos dos açorianos quem vem à cabeça é o Espírito Santo. Também já aconteceu comigo. E cumpri a minha promessa (bom, o povo é que a cumpriu quando soube que eu a tinha, e isto lá para a Piedade do Pico!).
Gostava de citar um notável depoimento de um trabalhador do campo octogenário da ilha Terceira, chamado Gregório Machado Barcelos, recolhido por José Orlando Bretão, em 1996. Este depoimento apresenta toda a súmula doutrinária e de bom comportamento social que tem por centro e por representação o Espírito Santo.
Quando questionado sobre o que sabia acerca dos dons do Espírito Santo o venerando ancião acima citado assim respondeu logo ali na ponta da língua: «É bom que o senhor me pergunte, porque acho que na cidade falam, falam e acertam pouco. Sem ofensa, até acho que não sabem nada, de nada. Mas eu digo como é que meu pai dizia e o pai dele lembrava muitas vezes como era. Eu digo que os dons do Espírito Santo são sete e são sete porque é assim mesmo, é um número que vem dos antigos, como as sete partidas do Mundo ou os sete dias da semana e não vale a pena estar a aprofundar muito porque não se chega a lado nenhum e só complica. E o primeiro dom do Espírito Santo é a Sabedoria - é o dom da inteligência e da luz. Quem recebe este dom fica homem de sabença. Os Apóstolos estavam muito atoleimados e cheios de cagança e veio o Divino que botou o lume nas cabeças deles e eles ficaram mais espertinhos. Depois vem o dom do Entendimento. Este está muito ligado ao outro ,mas aqui, quer dizer mais a amizade, o entendimento, a paz entre os homens. Este é assim: o Senhor Espírito Santo não é de guerras e quem tiver pitafe dum vizinho deve de fazer logo as pazes que é para ser atendido. E o terceiro dom do Espírito Santo é o do Conselho - o Espírito Santo é que nos ilumina e indica o caminho. É a luz, o sopro, ou seja, o espírito. É por isso que tem a forma de uma Pomba, porque tudo cria e é amor e carinho. O quarto dom é o da Fortaleza, que vem amparar a nossa natural fraqueza - com este dom a gente damos testemunho público, não temos medo. Quem tem o Senhor Espírito Santo consigo tem tudo e pode estar descansado. Depois vem o dom da Ciência, do trabalho e do estudo. O saber porque é que as coisas são assim e não assado. É não ser toleirão nem atorresmado como muitos que há por aí. O senhor sabe. O dom da Piedade e da humildade é o sexto dom. Quer dizer que o Senhor Espírito Santo não faz cerimónia nem tem caganças. Assim os irmãos devem ser simples e rectos. E depois, por derradeiro, vem o sétimo que é o Temor mas não é o temor de medo. É o temor de respeito - para cá e para lá. A gente respeita o Espírito Santo porque o Senhor Espírito Santo respeita a gente. Temor não é andar de joelhos esfolados ou pés descalços a fazer penitências tolas: é fazer mas é bodos discretos com respeito mas alegria que o Espírito Santo não tem toleimas nem maldades escondidas. É isto que são os sete dons do Espírito Santo e o senhor se perguntar por aí ninguém vai ao contrário, fique sabendo».
Que dizer mais?! Se afinal, já dizia assim o pai de meu pai. E com toda a fé.
Muitos eclesiásticos (alguns pelo menos) deviam entrar mais dentro da religião popular antes de lhe darem com os pés ou tolerá-la hipocritamente. Pelo menos se soubessem disfarçar!
Aqui fica o que não posso dizer na homilia de Pentecostes... mas é seu complemento autêntico.
O livro do professor Ávila Coelho (falecido há muitos anos) da freguesia da Piedade do Pico ajudou-me imenso a entender o Divino celebrado por aquela gente briosa, da qual ele fazia parte; dos seus costumes e tradições seculares. Foi muito bom ter vivido nove anos com o povo da Piedade do Pico. Só guardo estupendas recordações.
Para manifestar a minha gratidão para com esse povo na hora de passar o testemunho deixei como oferta uma coroa do Espírito Santo em prata com gravação dos meus sentimentos. Auxiliarem-me de todas as casas da comunidade aquando do raio que se abateu em noite de tempestade sobre o passal e me deixou vivo, em Domingo do Espírito Santo, e o restante destruído e, também, contribuirem na totalidade para o jantar em honra do Divino Espírito Santo que naquela hora terrível me veio à mente e ao coração, são coisas que jamais esquecerei!
Até uns escassos inimigos de estimação, que qualquer pessoa de bem que se preze tem, disseram daquela noite: «não há raio que o parta!».
Amén.
Um abraço do tamanho do mundo a todos os pais (mesmo não sendo médicos, nacionais ou estrangeiros, tanto faz!!) que continuam a acreditar no futuro e que a esperança é a última a morrer.
Uma zelosa funcionária superior da DREN ( Direcção Regional de Educação do Norte), senhora dona Margarida Moreira, do Ministério da (des)Educação ficou absolutamente cumpridora dos seus deveres ao fazer a vida negra a um professor que trabalhava nessa mesma Direcção por um alegado «INSULTO» à licenciatura do primeiro-ministro.«Um comentário jocoso» (uma graçola, digo eu), afirmou o malfadado professor Charrua...
Uma afloração evidente do antigo respeitinho, portanto, e que impedia anedotas públicas sobre o Almirante Américo e o "Botas" (Salazar). Embora naquele desditoso tempo o "culto da personalidade" não chegava ao extremo absurdo a que chegou hoje. Naquele tempo muita gente ostentava um desprezo pelo regime e o seu chefe, sem consequências de maior.
«Foi no seu local e horário de trabalho...», invocou a zelosa burocrata que até pelas fotos dos media tem um ar bem posto. Não me admiro que o "fantasma" de Salazar ganhe o concurso "grandes portugueses"!
Pergunto: que professor ou funcionário público já não fez um comentário semelhante sobre o dito cujo no seu local de trabalho? Ou sobre a... (não há adjectivos no meu fraco vocabulário!) ministra da (des)educação? Suspenda-se toda a gente, bando de linguarudos! E, já agora, promovam-se os poucos que babam elogios a suas excelências.
Tantos nos media têm falado com indignação e tristeza do "ar que se respira" em Portugal: um "ar" de subserviência, oportunismo, intimidação e medo.
Uma suspensão exagerada e ridícula, dizem todos o que têm algum bom senso.
Se a moda pega, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos e deveres, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia...
Passa fora! Um acontecimento só digno do 24 de Abril de 1974! Quando ainda havia censura, mas que mesmo assim não chegava a tanto.
Ridendo castigat mores..
Salazarismos de repartição...
Suspenda-se toda a gente...
A "nossa" democracia...
São coisas destas...
E o senhor presidente da república com a sua proverbial incapacidade de articular bem as palavras quando bota discurso ou outro dito (que até dá uma aflição ouvi-lo) lá vai metendo a cabeça na areia perante estas pequenas grandes coisas, contribuindo para calar e "alinhar" o país! O rei vai nu!
Contra evidências quem se atreve a tapar o sol com uma peneira só porque a sua "cor" o exige?!
Amén.
que só o tempo conseguirá realizar.
em benefício da tua própria felicidade.
jamais acrescentarão nos outros uma só grama de simpatia por ti.
construindo e reconstruindo sempre para o bem.
1 - Ginástica de relaxamento:
Entrega ao Pai Celestial todas as tuas cargas, preocupações e tristezas.
2 - Ginástica respiratória:
Respira apenas a atmosfera de paz, amor e felicidade.
3 - Ginástica ocular:
Vê somente o bem nos teus semelhantes.
4 - Ginástica auditiva:
Escuta frequentemente a Palavra de Deus.
5 - Ginástica para a mente:
Exercita exclusivamente ideias construtivas.
6 - Ginástica para a língua:
Pronuncia apenas palavras edificantes e caridosas.
7 - Ginástica facial:
Sorri, sorri, sorri o dia inteiro.
8 - Ginástica para as pernas:
Anda sem temer pelos caminhos que Deus te indicar.
9 - Ginástica para as mãos:
Une-as diariamente, para uma oração filial.
10 - Ginástica para o coração:
Irradia sentimentos de amor.
11 - Ginástica para a alma:
Contacta com Deus todos os dias.
Mais uma vez a jovem, esposa e mãe, Sandra Lopes Amaral, distinta surfista da blogosfera, residente na progressiva freguesia de São Mateus (Pico, Açores), me surpreendeu com a atenção não merecida de nomear este «portonovo» para o seu quadro de honra (deve ser assim que se diz, penso eu) do "Thinking Blogger Award," com o logotipo abaixo referido.
Sensibilizou-me a adjectivação sucinta que ela usou para definir pessoalmente cada blogue que nomeou. Muito bonito e que só se podia esperar de uma alma lavada!
Como tenho de nomear também cinco blogues e por serem os que mais vejo e aprecio, pela coragem e desafio, aqui vão eles:
http://saomateus2005.blogspot.com/
http://www.perdidosnopico.blogspot.com/
http://www.casteletesempre.blogspot.com/
http://www.magdala.blogs.sapo.pt/
http://www.cristao-do-asfalto.blogspot.com/
Estava na sacristia da Igreja Matriz de Santa Maria Madalena, a igreja no Pico por excelência da Ressurreição, a paramentar-me para a Eucaristia Exequial da Marisa da Conceição neste 15 de Maio quando me surge a simpática adolescente Ana Rocha, minha espevitada e atenta aluna de EMRC, vestida de escuteira e com um papelinho nas mãos. Logo percebi. Disse-lhe que aguardasse pela chamada do seu nome no decorrer da celebração para se apresentar à assembleia e ler o seu testemunho. Assim foi. Com uma voz segura e bonita assim se expressou e que calou bem fundo em quantos a ouviram e eram centenas e centenas. Pedi-lhe nesta manhã o papelinho. Para partilhá-lo com todos. E ela aceitou. Foi a sua boa acção de hoje. Eis o conteúdo do dito papelinho:
«Houvesse corações como o teu! Tão puro e sincero!
Queria gritar ao Mundo e dizer o quanto tu és especial para todos nós, mas não consigo.
Mas consigo uma coisa: gravar-te no meu coração para sempre;
por mais que esteja concorrido tu estarás sempre lá.
Se me ouves, se sentes a minha dor ou se ouves o meu pensamento!
Não preciso dizer mais nada!
Já deves ter percebido que és única e especial!
Eu gostava de poder parar o tempo para te tirar essa dor e tudo o que te impediu de ser feliz!
Mas não posso!
A vida é assim! E temos de sofrer! Injusta ou não todos nós nascemos e morremos.
Marisa, quero que saibas que todos nós estamos aqui a pensar em ti, na tua alegria, na tua maneira de encarar a vida. E serás um exemplo para todos nós!»
Devemos sentir orgulho nos jovens que temos. Mesmo que sejam adolescentes de catorze anos. E que escrevem coisas destas. E com tanta serenidade e unção espiritual. Fico envaidecido por ela ser minha aluna por tudo e mais esta revelação. Obrigado, menina, disse eu em voz alta ao terminar, interpretando assim o sentimento de todos.
Gostaria de transcrever para aqui a minha homilia. Mas seria fastidioso. Agradeço já nesta manhã, ao chegar à Cardeal, os testemunhos de apreço pela simplicidade e profundidade que dei às palavras que proferi na altura própria da celebração. Procuro primar com todas as minhas forças pela simplicidade, frontalidade e beleza da fé cristã. Penso ser um dos caminhos da Nova Evangelização.
Impressionou-me, deveras, a atitude serena e amadurecida de todos os que participaram nas exéquias cristãs da Marisa. O silêncio, o respeito pela dor dos familiares... Espero ter contribuído para tais comportamentos e atitudes manifestamente exemplares. Estávamos na Madalena...!
O Pároco Marco Martinho ausente em serviço pastoral, mais propriamente a ajudar o venerando ancião Júlio da Rosa na preparação da Senhora das Angústias, deu-me esta oportunidade de celebrar a vida da Marisa da Conceição. E fiquei mais fortalecido na fé.