Crianças e adolescentes mais próximos da Palavra de Deus e mais experientes na Lectio Divina. Este é o objectivo central das Jornadas Nacionais dos Catequistas que decorreram em Fátima.
Em cada formação, o Secretariado Nacional de Educação Cristã está atento às solicitações e necessidades de formação que os catequistas sentem. O Sínodo sobre a Palavra, que decorreu em Outubro passado, no Vaticano, “é muito oportuno e vem de encontro às expectativas dos catequistas que sentiam necessidade de eles próprios se confrontarem com a Palavra”, explica à Agência ECCLESIA Cristina Sá Carvalho, do departamento de formação do Secretariado Nacional de Educação Cristã.
O primeiro passo é “falar da Palavra ao catequista enquanto pessoa. Se ele vai falar da fé na catequese, essa mesma fé tem de ser cultivada pessoalmente”.
Os catequistas estiveram organizados em trabalhos de grupo, na óptica das crianças e adolescentes para, “de acordo com as fases estabelecidas, os catequistas encontrarem formas de, adequadamente, falar com as crianças e adolescentes sobre a Lectio Divina”.
“Os cristãos têm uma ideia «arqueológica» da Palavra de Deus. É bela mas não é de hoje”, traduz Cristina Sá Carvalho. As Jornadas Nacionais, com a reflexão de D. Anacleto e do Pe. Garrido Mendes “conseguiram mostrar que a Palavra é uma interpelação de hoje e para hoje”. O Bispo auxiliar de Lisboa propôs inclusivamente, que no confronto com a Palavra de Deus cada pessoa esteja aberta ao que o texto diz, para que consiga perceber o eco que faz na sua vida e a transformação que desencadeia.
“A primeira preocupação é que os catequistas sejam essencialmente cristãos maduros e fortalecidos”, explica Cristina Sá Carvalho, sublinhando que apesar das dificuldades organizacionais das paróquias, “há um espírito de renovação e transformação” e esta deve ser a tónica a dominar a formação dos catequistas.