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Que saudades, que saudades! Na diocese dos Açores tenho que ir inevitavelmente à Ilha Graciosa para "assistir" a esta obra-prima da criação litúrgica, que eu julgava oriunda do bolor medieval, mas, afinal vem dos Tempos Apostólicos (???) (!!!). E fui no Verão passado com grandes expectativas. Fiquei maravilhado! Uma Missa presidida por um "badameco" que nem tinha trinta anos! Ainda estou para saber como deixou um sacerdote velhote concelebrar com ele, coisa herética...
Eis a Missa do século XXI! Coisas velhas, sempre novas, afinal! Mas, francamente, como é possível que seja apenas a Ilha Graciosa a nos dar esta possibilidade angélica, segundo julgo saber!
Tenho que aparecer mais nas reuniões do Clero e sensibilizar os irmãos para alterar este lastimoso estado de coisas. Deve ser um direito de todos os católicos poder "assistir" a "esta" Missa. Quem me dera poder fazer boa figura com o Latim, o mesmo é dizer, ter alguma fluência com esta língua que sofreu a sua paixão e morte e agora ressuscitou! Não tive essa sorte, diria, genética. Entro sempre em levitação nestas Missas com um sentido do sagrado, do mistério, em grau de excelência. Quem estava a meu lado bem me puxava para baixo, mas sem êxito!
Após 40 anos do II Concílio do Vaticano (umas das maiores chagas da Igreja, onde o Demónio entrou em força) foi como tivessem descoberto a pólvora. Imaginem o tempo desperdiçado em que andei envolvido. Mas Deus é Pai de Misericórdia...
Valha-nos a festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, na Ilha Graciosa, carregado de colares de ouro ao pescoço, que vão da barriga até à ponta do nariz. Foi lá que tive um cheirinho intenso ao belo litúrgico. Todo aquele repenique de dedinhos, de mãos doces, de golpes suaves e elegantes de coluna... aqueles suores faciais em rios abundantes que nem Jesus no Monte das Oliveiras, a estola vermelha traçada em cruz(?!) no elegante peito e barriga, um monte de vestes, eclesiásticas e litúrgicas enfiadas pelo pescoço abaixo,...um mimo!
Quando terei outra oportunidade?! Só com as Missas papais em que carradas de castiçais gigantescos (moda antiga recuperada em feliz momento) em cima do altar tapam o essencial... nem a carinha doce e angélica e de sorriso forçado se vê. Ainda bem que deu sumisso do pálio, um pedaço amaricado, dos ombros, que rebuscou certamente de arquivos poeirentos e voltou ao usual, discreto e sem incomodar nas cerimónias.
Acima de tudo: seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo e para sempre seja louvada Sua Mãe Maria Santíssima!
P.S. Vai-se a «Videos Sapo», clica-se em "Missa" ou "Eucaristia" e aparecem os Gato Fedorento, sempre, sempre... Vai-se lá saber o que é que aqueles gajos tem a ver com semelhante realidade! O fim do mundo anda certamente próximo... e logo agora que eu me estava consolando!